quinta-feira, 14 de junho de 2018

11 - Adestrando um Cavalo

Adoro manhãs de domingo, mesmo as mais frias, e aquela manhã parecia especial por ter vindo na sequência de uma noite extremamente agradável desfrutada ao lado de uma ótima companhia… Paulo Henrique, o quarentão da construção civil. Sentia meu corpo satisfeito e agradecido pelos momentos de delícias e prazeres que ele proporcionou-me…

Desci das nuvens quando cheguei defronte ao meu prédio. Paguei o taxista, saí do carro e dei uma passadinha na padaria que ficava do outro lado da rua. Comprei doces e salgados para o café da manhã e uma refeição pronta para o almoço. Na saída encontrei minha colega que voltava de sua caminhada matinal, Yasmin, a apressadinha, ela estava sempre agitada e com pressa. 17 anos, jeitinho de menina com um bundão de mulher, seios fartos e meio doidinha das ideias. Morávamos no mesmo andar e era uma das raras pessoas do prédio com quem eu conversava, além do rapaz da portaria que arrumava as coisas que davam defeito em meu apartamento; ele era um verdadeiro marido de aluguel. Os demais, inclusive os pais da Yasmin, eu apenas cumprimentava educadamente.
Convidei-a para o café em minha casa e durante nosso desjejum ela insistiu na conversa que se repetia há alguns dias, tentava convencer-me a fazer uma matrícula, junto com ela, em uma academia que ficava algumas quadras de distância do nosso prédio. A garota era tão apressada em falar que eu zoava com ela:
— Calma! Toma mais um gole de suco e respira.
Eu estava a fim de ir, precisava manter a forma e, quem sabe, seria uma oportunidade de fazer novos contatos, já que a academia era uma das mais caras da redondeza e com certeza era frequentada por clientes com o mesmo nível dos que tínhamos na agência. O problema é que eu estava fazendo contenção de gastos, porém, cedi aos pedidos da garota que falava como uma metralhadora. Eu usaria parte da grana que ganhara horas atrás, a situação estava sob controle por pelo menos um mês, deixaria para decidir se continuaria na malhação mais tarde.

E lá fomos nós no dia seguinte (segunda-feira) para passearmos pelas instalações da academia e conhecermos o lugar — e principalmente os alunos — depois fizemos a inscrição, acertarmos os detalhes e tivemos a primeira aula no dia seguinte (terça-feira) 10 horas da manhã. Percebi que o horário não era o preferido dos "senhores" do meu interesse, contudo, era só o primeiro dia, continuaria com minhas observações.
Fizemos um pouco de musculação, sem exageros, pois éramos iniciantes. Posteriormente fomos para a parte final da aula que era o alongamento. Naquela sessão de relaxamento esqueci momentaneamente da academia e da busca de clientes para o meu negócio paralelo como "Freelancer", curti a música suave e viajei com meus pensamentos revivendo cada momento que passei ao lado do Paulo Henrique. Então fiquei me questionando: "Será que foi só mais um programa? Será que ele poderia ser meu cliente fixo e secreto em minha atividade independente? Ou será que este desejo de encontrá-lo novamente é porque ele mexeu comigo?". Perguntas como estas borbulhavam em minha cabeça desde o instante que sai de sua casa no domingo. No final da aula fui embora com a Yasmin caminhando aquele quase 1 km.

Mais tarde, sozinha em meu apartamento, toda ensaboada durante uma ducha gostosa e ouvindo a melodia romântica que vinha do rádio, viajei novamente com a lembrança do homem que não saia da minha cabeça, minha mão deslizou em meu sexo e comecei a me tocar relembrando nossa transa na banheira perfumada e misteriosa. Com a perna levantada e o pé apoiado na borda da banheira, ombro apoiado na parede de azulejos, gemia ronronando como uma gatinha pressentindo o momento do clímax… Voltei ao mundo real ao ouvir o toque do meu celular, minha expressão de raiva por interromperem meu prazer solitário se transformou em um sorrisão ao atender. Era ele. O destino estava conspirando a meu favor, mas procurei não demonstrar muita ansiedade. Depois da introdução ele rasgou elogios referentes ao nosso encontro do último sábado e a seguir convidou-me para almoçar naquela tarde. Puta merda! Eu estava cheia de trabalho até quinta-feira e não poderia cancelar nada. Passava um pouco do meio dia e infelizmente tive que recusar o convite, expliquei que não gostaria de ter um encontro às pressas com uma pessoa tão especial quanto ele, eu teria que ir para o meu trabalho de promotora e o evento começaria às 14 horas. Achei melhor adiantar outros esclarecimentos dizendo que tinha trabalho agendado até quinta-feira à noite, evitaria novas recusas e constrangimentos caso ele trocasse o convite de almoço para jantar.
Ele foi muito simpático e cavalheiro, após uma conversa agradável nós concordamos que nosso reencontro deveria ser sem correria para podermos nos curtir com tempo. Combinamos o almoço para sexta-feira e passaríamos a tarde juntos, já que não haveria eventos e eu estaria de folga o dia todo.
Encerrada a ligação, o normal seria que eu pensasse no dinheiro extra que poderia ganhar e no cliente novo que estava conquistando, no entanto, eu só pensei no prazer da sua companhia. "Caraca! Será que este cara mexeu mesmo comigo?" Continuei com meus pensamentos e antevendo a diversão que teríamos no próximo encontro. Aguardaria ansiosa a sexta-feira.
Jesus! Só então me lembrei do Matheus, ele vinha quase todas as sextas, contava com a sorte de que ele me procurasse somente no início da noite, assim ele tinha feito ultimamente.
 
Escolhi esse ofício principalmente pelos momentos de prazer, ainda assim era um trabalho. Havia programas que fazia sem a menor diversão ou vontade, o negócio rolava só profissionalmente. Sentia vontade de dar um foda-se, mas acabava fazendo pelo dinheiro. Acontecia geralmente quando o cara chegava bêbado e com atitudes bem desagradáveis, alguns brochavam e culpavam a gente, ou então choravam, não sei o que era pior.
O que bloqueia mesmo o tesão são os machões estúpidos que tratam uma mulher como se fosse uma mula. Ainda tem os casos de deformações físicas — órgão gigante, por exemplo — encararia um assim naquele fim de noite.
Sexo é o meu passatempo preferido e adrenalina o meu combustível para acelerar e intensificar o orgasmo, curtia a maioria dos programas e chegava ao clímax.

Depois do trabalho de promotora em um evento eu ganhei uma carona para casa e iria preparar-me para o encontro, seria a primeira vez com este cara. Fiquei toda delicinha e fui para o motel onde encontraria com o cliente.

Aff! Que cara grande, um metro e noventa eu supus, até que não era um gigante. No entanto, assim que vi seu pênis monstro, quase desisti do programa, pois duvidei que aquilo coubesse dentro de mim. Considerei que seria impossível gozar naquele encontro, pois aquele elemento desproporcional inibiu os meus sentimentos de tesão.

É gente! Engana-se quem pensa que vida de puta é só abrir as pernas e simular um orgasmo com gemidinhos. Tive que ser muito profissional e aguentar o tranco.

Peguei o maior preservativo que tinha, um extra largo para mais de 20 cm, ainda assim entrou apertado no pau do cara que além de enorme era bem grosso.
Prolonguei o quanto deu as carícias preliminares tentando fazer que o tempo de penetração fosse o menor possível, e o sofrimento também. Depois caprichei no gel e quase fiz o Sinal da Cruz quando ele mirou aquele "extintor" em minha boceta… Deeeuus! Gemi e gritei bem puta mesmo. Aquela coisa me penetrou forçando, alargando e parecia não ter fim. Santa dilatação que permitiu que coubesse tudo sem que me rasgasse ao meio. O desconforto foi enorme ao sentir que tocou o meu colo do útero.
 
O homem começou com as bombadas golpeando meu sexo, meus gritos de dor só aumentava o ânimo e as estocadas do monstro. Minutos depois eu caprichei na simulação de um orgasmo tentando induzi-lo ao gozo. Não bastava apenas dar gritinhos e gemer, pois ele me encarava, alojado que estava entre minhas pernas e sentado sobre as suas. Mãos enormes agarraram minha cintura e mantiveram meu corpo no ar na posição horizontal enquanto minhas pernas envolviam sua cintura. Seus movimentos de braços puxava meu corpo de encontro ao dele e o impacto era forte e torturante. Recuava meu corpo e as estocadas brutas se repetiam cada vez mais rápido.
Minha encenação de gozo com os olhinhos revirando e expressão de deleite falhou, nem sempre essa tática funciona. Ele deitou sobre mim e continuou com o castigo. Eu não aguentaria aquele espancamento por muito mais tempo.

Enfim o grandalhão gozou, eu simulei outro orgasmo para que ele saísse logo de cima de mim, dei meu último gemido (de alívio) após levar "porradas" no sexo por mais de meia hora. Além de toda dolorida, minha vagina ficou parecendo uma flor que desabrochou e escancarou toda. Estes caras de tamanho gigante deveriam pagar dobrado.

Felizmente era meu único cliente daquela noite. Achei que precisaria de um banho de imersão e 24 horas de repouso para me recuperar e aguentar um novo dia de trabalho e de bombadas.

Continua…

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