quinta-feira, 14 de junho de 2018

14 - Hominho por uma Noite

Depois de ser abandonada sem roupas e sem condução naquela manhã de domingo em Camboriú, ainda sentia que estava nua enquanto ia de carona naquele barco, posto que a camiseta molhada ficou transparente e o micro shortinho mal cobria minhas partes. Se a princípio os elogios do barqueiro alimentaram minha vaidade, no minuto seguinte fiquei receosa com suas cantadas obscenas e olhares gulosos de pura tara.
Felizmente ganhei uma aliada e nova amiguinha, Carina, uma graça de menina e filha do "pirata". Ela posicionou-se entre nós com seu jeitinho inocente e amenizou o ímpeto sexual do seu pai controlando a situação.
Eles se dirigiam a um hotel onde pegariam hóspedes e os levariam a um passeio, não haveria tempo de a garota ir comigo até a pousada para eu entregar sua roupa. Disse para ela onde estava hospedada e que iria embora naquela tarde, mas deixaria na recepção a roupa que ela me emprestou, adicionaria mais uns presentinhos e ela poderia pegar tudo quando quisesse. Era um shortinho jeans e uma camiseta que eu adorava, além de umas bijuterias e maquiagem. Ainda bem que no lugar onde desembarquei tinha um ancoradouro e não precisei entrar na água novamente. Agradeci ao homem e fui para a pousada já pensando na mentira que contaria para o Matheus.

Por sorte cheguei antes dele, tomei uma ducha gostosa e fiquei toda gata esperando meu coroa… O dia passou, não sai daquela pousada e ele não apareceu.

Por sua recomendação, eu não telefonava para ele quando estava em Blumenau, mas já eram 5 horas da tarde e meu voo sairia em duas horas. Eu teria que ir embora e não sabia se fechava a conta e nem o que faria com as roupas e a bolsa que ele deixou na pousada.

Foda-se! Eu liguei. Só deu caixa postal nas três tentativas, esperei mais meia hora e novas três tentativas… Caixa postal novamente. Caraca! Não poderia esperar mais, iria para o aeroporto, porém ainda estava na dúvida se levava suas coisas comigo ou deixava na recepção. Recordei que ele tinha comentado sobre ter alugado um guarda volumes no aeroporto. Pensei: "e se fosse de chave e a mesma estivesse na bolsa. O bagulho estava fechado com um cadeado e eu não tinha como verificar seu conteúdo. Se o pessoal da recepção sumisse com ela eu iria ouvir muitão do homem". Por precaução levaria tudo, ele pegaria depois em meu apto.

Fechei a conta e paguei as despesas; claro que iria querer o reembolso mais tarde. Fui pra casa pensando o que poderia ter acontecido para o homem sumir assim. Minhas novas tentativas de telefonema também não deram resultado.

Durante o voo de volta relembrei a manhã anterior (sábado), ainda em Campinas: primeiramente passamos em meu prédio para eu pegar umas roupas, o Matheus ficou esperando no táxi e disse que eu só teria 5 minutos ou perderíamos o voo. Vesti uma roupa mais praiana e peguei outras para levar… "Puta merda! Meus brincos e minha grana (que recebi do Paulo Henrique) ficaram em minha bolsa no táxi". Eu não queria levar nada de valor para a praia, já que no domingo eu voltaria sozinha e de noitão. Assim que desci com a mochila falei que subiria novamente para guardar os pertences no apto. Disse que era rapidão, mas o apressado e impaciente disse que não haveria mais tempo. Recomendou que eu deixasse minhas coisas no guarda volumes que ele alugou no aeroporto, onde ele também deixaria sua valise que estava portando, visto que só precisaria dela em alguns dias quando retornasse à Campinas.
O carro já estava em movimento quando falei que não queria voltar sozinha do aeroporto com os brincos — estávamos próximo à rodoviária —, então sugeri em deixar minhas coisas lá, em um guarda volumes. Por ser nas imediações do meu prédio, facilitaria a retirada na segunda-feira durante o dia. Ele gostou da ideia e pediu para eu deixar sua valise junto, mas que na volta eu pegasse somente minhas coisas e deixasse a maleta dele, ele a retiraria posteriormente e pagaria pelos dias extras.

Meus pensamentos deram um tempo durante o pouso em Viracopos. Cheguei em casa naquela noite de domingo por volta das 22 horas e voltei a pensar com preocupação no Matheus. Começava a acreditar em algum acidente com o carro que ele alugou para ir até Blumenau, o homem dirigia como um doido. Aguardaria seu contato um pouco mais, depois veria uma maneira de contactar alguém para obter notícias.

Demorei muito a dormir e acordei tarde no dia seguinte, não era dia de academia, mas não haveria tempo de ir até a rodoviária, já que iria direto para a agência e o caminho era em sentido contrário.

Naquela segunda eu trabalhei no stand bancando a promotora de evento até às 21 horas. Os 120 reais para permanecer horas em pé e sorrindo até sentir cãibras estavam garantido. De última hora disseram que havia um programa agendado para mim naquela noite, e um cachê a mais, claro.

No caminho para o motel atendi uma ligação do Paulo Henrique e fiquei toda animada: "Que bom que ele não demorou em ligar". Enchi-me de esperança de poder agarrar-me ao homem em mais um momento difícil.
Recebi o convite para jantarmos no dia seguinte, ele tinha fechado um grande negócio e queria comemorar comigo. Nem cogitei em não aceitar e mesmo que tivesse algo na agência eu recusaria inventando um mal estar repentino. Valia tudo só para ficar com o quarentão, falei que a noite seguinte seria toda dele… (e que não precisaria pagar, eu só queria sua companhia) eu teria dito isto, contudo, pensei rápido, poderia afastar o homem que só queria se divertir e, não, uma garota de programa se apaixonando por ele.
Então eu disse que cobraria por uma hora apenas, mas comemoraria com ele a noite toda se quisesse. Ficou combinado nosso encontro.
Cheguei ao motel para o programa daquela noite, rolou um papo descontraído enquanto eu acompanhava o cliente em um scotch 18 anos; ele havia pedido uma garrafa e gelo extra. O cara contratou e pagou por um sexo básico, porém, antes de começarmos a brincadeira sexual ele perguntou se poderia rolar um oral com pedrinha de gelo e balas de menta.
— Tranquilo — respondi —, o oral faz parte do básico.
Começamos nossas carícias e parti para o tipo de oral que ele disse adorar: passei uma pedra de gelo ao redor do seu membro até perceber que ele estava arrepiado e incomodado com o frio, a seguir o engoli todinho aquecendo e punhetando com minha boca. Repeti o ritual algumas vezes e a seguir fiz o inverso chupando uma bala de menta enquanto massageava seu pênis com as duas mãos o aquecendo. Abocanhei seu membro com minha língua ainda ardendo com o sabor da menta forte e transferi para o seu sexo todo o frescor de minha boca.
Aquele joguinho estava me excitando, também queria sentir como seria o frescor de um membro melado de menta em minha boceta, no entanto, deixaria para outro momento, pois o homem quis conversar novamente.
Sentei na cama vestida somente com minha calcinha e ouvi uma nova proposta. Ele tirou da sua bolsa uma cinta com um pênis falso e quando me pediu para colocar aquilo e penetrá-lo eu disse: "nananina não. Estas coisas são combinadas antes; no momento em que se marca o programa, pois nem todas as meninas curtem bancar o hominho." 
Ele me ofereceu o dobro do que eu estava ganhando para fazer aquele programa:
— Não! Respondi.
Quando ele ofereceu o triplo, pensei: "sempre tem uma primeira vez pra tudo". Aceitei bancar o hominho e só vesti a coisa depois que ele me pagou.

Foi bem esquisito enrabar aquele quase cinquentão másculo e forte, posicionado de quatro mordendo a fronha enquanto eu enfiava o cacete de silicone em sua bunda.

Aqui entre nós, eu curti de montão, principalmente por saber que ele não era gay e que apenas curtia prazeres em outras partes do corpo. Ver aquele grandalhão gemendo igual a uma putinha e rebolando ao mesmo tempo em que eu socava em seu buraco, foi mágico.
Bombei por mais de meia hora e também o punhetei nos instantes finais. Quando ele gozou meu tesão era tanto que me fez gozar junto com ele. A seguir deitei a seu lado, cansadinha com minha primeira experiência como hominho.
Eu sorri comigo mesma, pois tive o desejo de fazer uma pergunta clichê: "Foi bom pra você?". Porém deixei quieto. 

Continua…

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