quinta-feira, 14 de junho de 2018

2 - Noiva de Mentirinha

Revisado 07/01/2021
O resultado da brincadeira e primeira experiência como garota de programa foi gratificante e muito além das minhas expectativas. Curti muito transar com um estranho e ainda ser paga enquanto me divertia, diante disso interessei-me pela atividade e naveguei pelo Google para aprofundar-me no assunto. É um ofício perigoso, eu já sabia. A profissional fica exposta a várias situações de risco como: doenças sexualmente transmissíveis, agressões físicas, além de poder topar com algum maníaco sexual. Entretanto, meu vício por adrenalina dizia que poderia ser tanto ou mais divertido quanto foi com o cara da rodoviária. 

Fazer ponto na rua ou em um prostíbulo estava fora de cogitação, inocentemente pensei em descolar um local onde conseguisse clientes privilegiados financeiramente, seria lucrativo e também reduziria alguns riscos da profissão. Apostava em minha boa aparência e corpo de novinha para ter facilidades nas abordagens. Não usaria de imediato as redes sociais com medo de colocar em risco meu segredo, adiaria minha ideia inicial de criar um blog somente com este propósito. Continuaria gastando meus sapatinhos correndo atrás de emoções até decidir qual seria a melhor estratégia de Marketing. 

O início não foi exatamente como imaginei. A primeira escolha foi o aeroporto de Viracopos, as tentativas iniciais foram frustrantes. Não me atentei ao detalhe das pessoas estarem sempre apressadas indo e vindo, e cansadas da viagem. 
Consegui o primeiro programa e não foi dos melhores. Não curti, tive que fingir um orgasmo, o cara não pagou o combinado e foi bem grosseiro comigo. Era cedo para desistir, o próximo será melhor, pensei positivamente. 

Fiquei mais animada em outro dia e nova tentativa, consegui um cliente logo na primeira hora de passeio pela ala internacional e disparando olhares sedutores a supostos interessados. O serviço trouxe lucro, diversão e prazer. Definitivamente peguei gosto pela atividade.
Então… Aconteceu assim: fui abordada por um cara após o assediar descaradamente, expliquei de imediato que era garota de programa, o informei do preço e o que ele teria. Ele disse ter entendido, mas fez sua contraproposta, contrataria os meus serviços com outro intuito.
Descrição do cara e nosso acordo: vou chamá-lo de Adrian, 1,75 m, caucasiano de cabelos claros e cacheados, 30 anos, é gay e estava em uma relação estável com um parceiro no Chile — de onde ele acabara de chegar de viagem — Ele tinha a necessidade de manter sua homossexualidade em segredo, ou não progrediria na empresa onde trabalhava. O chefão da multinacional, o "CEO" como ele disse, é tipo homofóbico (sem se declarar oficialmente) e não o aceitaria na diretoria da empresa. Fingiria ser sua noiva durante um bufê que aconteceria no dia seguinte na mansão do chefão. Acertamos o valor.

No dia seguinte fui encontrá-lo em seu hotel, horas antes do evento. Conversamos e ensaiamos alguns detalhes básicos.
Chegando ao casarão fomos recebidos pelo empresário espanhol e sua esposa. Eu tinha sido uma assediadora de homens nos últimos dias, mas naquela roda social passei a ser a assediada. Recebi muitos elogios do coroa anfitrião e de outros membros da festa.
Acho que valeu minha escolha por um vestido curto com corpete. Mesmo representando o papel de jovem noiva recatada, quis estar bonita e sensual, pois adoro ser notada e elogiada.

Após as pessoas se servirem da mesa farta e continuarem com a ingestão de bebidas alcoólicas, os homens comentaram sobre o futuro profissional do Adrian. Seu cargo de diretor e transferência de Santiago do Chile para São Paulo começava a engatilhar.
Neste meio tempo o chefe quis saber qual minha preferência por bebidas, falei da minha paixão por champanhe e vinho. Ele tinha uma adega no subsolo da mansão, pediu permissão ao meu "noivo", pois iria levar-me para conhecer suas preciosidades líquidas (palavras dele) com o intuito que eu escolhesse um vinho especial.
Fiquei impressionada ao adentrarmos aquele recinto enorme, cheio de garrafas e alguns barris gigantes feitos de madeira. Perguntei se todas as pipas estavam cheias de vinho. Ele respondeu que tinha uns com vinho e outros com uísque ou cachaça de uma reserva especial.
— Gente! Eu ia adorar morar aqui — comentei ainda maravilhada com tamanha quantidade de bebidas.
— A gente pode pensar no caso se for o seu desejo — Insinuou com uma expressão séria.
Putz! Seu modo de falar deixou-me arrepiadinha.
Sem mais cerimônias ele deu o bote, todo confiante agarrou-me em um abraço e procurou minha boca. Eu sabia que o convite para descer até o porão não era apenas para pegar uma garrafa de bebida. Como se já rolasse uma intimidade, correspondi ao beijo e ansiei pelo que viria a seguir, estava de pilequinho por causa das taças de champanhe que havia tomado pouco antes. Foi fácil mergulhar de cabeça naquele convite ao perigo. Não escolhi fazer programas apenas pelo dinheiro, diversão e prazer seriam fundamentais para continuar praticando o ofício. Um calor estava consumindo minhas partes baixas, era evidente que não rolaria nada com o Adrian, de jeito nenhum terminaria a noite na saudade. Nem cogitei desperdiçar aquele momento.
O homem tinha pegada, além de ser charmoso. Com sua experiência percebeu de imediato a minha submissão, estava entregue e pronta para ele. Continuou sua investida com beijos ardentes e apertos em meu corpo. Acendeu de vez meus desejos de fêmea ao deslizar suas mãos pelos meus quadris e penetrar no interior do meu vestido tocando minhas coxas nuas. Os apertos seguintes foram em meu bumbum, ao mesmo tempo, ele disparava um monte de frases sedutoras em meu ouvido. Segurou no cós da minha calcinha e a desceu até passar pelos meus pés. Com delicadeza segurou-me pelas axilas colocou-me sentada em um tipo de mesa bem legal, era um barril cortado ao meio. Fiquei sentada na superfície de madeira lisinha e encerada. Enquanto ele abria suas calças percebi que a mesa fora feita sob medida para ficar na altura do órgão sexual do coroa safado.
Em segundos suas calças e cueca estavam arriadas aos seus pés e partiu pra cima de mim com seu membro ereto. Ao erguer meu vestido e visualizar minha xoxota lisinha, fechadinha e cheirosa, notei uma expressão de surpresa e felicidade no rosto do homem. Desistiu momentaneamente de me penetrar com seu membro pulsante, e sua voz foi quase um murmúrio:
— Meu deus, o que tirei de você não foi uma calcinha e sim um porta-joias, você é um anjinho.
Suas mãos ergueram minhas pernas me deixando arreganhada e caiu de boca em meu sexo. Deitei meu corpo naquela madeira e deliciei-me quando me lambeu seguidamente e me transportou para outra galáxia remexendo intensamente sua língua no interior da minha vagina. Ah! Êxtase e delírio, e o danado ainda tinha deixado a porta aberta fazendo com que esse detalhe aumentasse minha libido ao imaginar ser flagrada por sua mulher durante nossa promiscuidade.
Quase gozei na boca do homem enquanto viajava em meus pensamentos. Infelizmente ele parou antes que eu chegasse ao clímax. Tirou um preservativo do bolso do paletó, removeu rapidamente a embalagem e cobriu seu membro duro.
Foram inúmeras as frases de safadeza e sem nexo proferidas por nós. Olhou fixamente para meu rosto de cadelinha pidona com minhas perninhas no ar e arreganhadinhas. Meu olhar suplicava por uma penetração. Ajeitou seu pênis em minha vagina e arrancou-me um gemido gostoso quando nossos sexos começaram a se fundir. Suguei seu membro inteirinho para dentro de mim e a entrega foi total.
Novas posições, a volúpia dos orgasmos, e o tempo voou… Grudei em seu pescoço enquanto era sustentada por ele agarrado em minha bunda. O homem reduziu suavemente a intensidade das suas estocadas após gozar pela segunda vez sem tirar de dentro.
Deeeus! Quase me joguei dos seus braços quando percebi a sombra de alguém se aproximando descendo as escadas em nossa direção. Alertei-o com um sussurro e aflita tentei melhorar minha aparência. Ele foi para um canto discreto para se livrar do preservativo cheio de sêmen e recompor sua roupa. Eu já tinha ajeitado meu vestido e esforcei-me em parecer tranquila quando sua mulher entrou na adega seguida do meu falso noivo. A mulher informou sobre alguns convidados estarem se retirando e esperavam pelo anfitrião para as despedidas. Ela até tentou fingir não perceber o que acabara de acontecer ali. Não conseguiu, já que me fulminou com seu olhar de fêmea traída. Meu penteado bagunçado e a falta de batom em meus lábios eram as provas do crime.
Não sabia como funcionava a relação deles, se era aberta ou não. Fiquei constrangida, sempre fico depois de orgasmos em momentos proibidos, volto à realidade da vida de pudores, mas o sentimento de culpa não dura muito tempo. "Que se danem. Eles que se entendam depois." pensei.
Ele pegou duas garrafas de vinho rose frisante em uma prateleira — já havia lhe dito a minha preferência — e nós quatro voltamos para junto dos outros convidados.

A mulher não desgrudou mais da gente, juntos tomamos uma das garrafas. A conversa entre os dois homens foi proveitosa para o meu acompanhante, ele estava praticamente garantido em seu cargo pretendido. Minutos depois durante nossa despedida e após ser presenteada pelo coroa com a outra garrafa de vinho, fui embora de táxi com o Adrian.
Quando chegamos ao local em que eu ficaria, meu cliente deu-me um envelope. Conferi e falei que tinha dinheiro a mais.
— Seu trabalho foi ótimo, o extra é um regalo. — Depois apontou para o embrulho onde estava o vinho e acrescentou:
— É o segundo presente que você ganha hoje.
Em tom de farra expliquei que o vinho não foi um presente e, sim, uma troca pela minha peça íntima. Levantei o vestido para mostrar que estava sem calcinha. O taxista discretamente, porém, com agilidade, ajeitou o retrovisor para tentar ver minha nudez. Cobri com o vestido, não sei se a tempo, pois meu lado exibicionista retardou meu movimento, hahaha.
— Não foi uma troca justa, já que ele ficou com meu porta-joias — resmunguei em tom de brincadeira.
Com cara de quem não entendeu, meu acompanhante desceu do carro e gentilmente abriu a porta para eu descer. Agradeceu mais uma vez dizendo que fui perfeita. No beijinho de despedida ele sentiu um perfume em minha pele e fez uma graça.
— Ummm! Este perfume é familiar, e não é seu.
Concluiu dizendo que minha demora com o homem na adega não teria sido apenas por indecisão na escolha do vinho, como dissemos. Confessei ter me pegado com o coroa na adega.
— Ele deve estar com o meu perfume também. Será melhor eu permanecer longe daquela mulher — falei não segurando uma risada.
Adrian deduziu que eu era a razão da pressa repentina do chefão para que ele se transferisse para São Paulo.
— Você é danadinha, acho que precisarei dos seus serviços novamente muito em breve.
Respondi que estaria a sua disposição sempre que precisar.

Ele seguiu com o táxi, e eu para casa, pensando com meus botões e com um sorriso bobo no rosto: "acho que o espanhol gostou do brinquedinho novo".

Continua…

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