segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Almas Gêmeas - Parte 14

<< AINDA ROLAVA A NOITE de sexta-feira, a qual o mestre Vilânio tentou, mas não conseguiu fazer amor comigo. Foi tenso e embaraçoso, mas pelo menos descobri o seu segredo, eu acho. Será que isso acontecia com todas as garotas? Ou foi só comigo? Dane-se! Não me importava sua vida sexual. Só não queria que ele tentasse novamente.
O que desejava dele, é que me deixasse assistir ao meu vídeo com o Amir, também a todos os outros já produzidos com a minha participação. Ele nunca me deixou ver as imagens captadas durante os “trabalhos”. Qual seria o propósito daquelas filmagens? Era exibido para os outros membros pervertidos do grupo? Guardava para ter material de chantagem no futuro? Assistia para se masturbar? Era disponibilizado em sites pornográficos? Aí, meu Deus! E se ele estivesse postando isso na internet? Acabaria de vez com minha vida, mais do que já acabou.

Minutos após meu encontro com o professor Rodrigo na quadra de esportes, saímos em seu carro e ele parou em uma praça fora das dependências do instituto. Seria para uma conversa rápida, a fim de decidirmos para onde ir. Águas Turvas é um vilarejo com predominância rural e de vida diurna. O maior contingente da população pertence ao instituto: alunos, professores, pessoal administrativo, comerciantes e outros ligados à religiosidade. Inexistem atividades fora do instituto durante a noite.

Não rolou uns amassos dentro do carro, pois, mesmo sendo mínima a chance, ainda assim havia o risco de sermos vistos por alguém em trânsito, podendo gerar consequências graves. As relações amorosas entre alunos eram proibidas dentro do perímetro do instituto. Ainda mais agravante seria o namoro entre aluna e professor, seja dentro ou fora daquele universo castrador, seríamos condenados à crucificação e queimados em praça pública, provavelmente.

Meu estado letárgico causou-lhe estranhamento, a ponto de ele iniciar um interrogatório. Tentei tirar a importância da situação, respondendo apenas superficialmente. O assunto era delicado e nem todos podiam saber de tudo.
— O que realmente acontece nesse treinamento remunerado, Gisele?
— Eu aprendo técnicas de desenho, pintura e passo parte do tempo posando para o mestre produzir suas obras de arte.
— Vestida?
— Claro. — Por que todo mundo me pergunta isso?
— Talvez devido aos boatos a respeito de abusos sexuais acontecidos no ateliê, e até o desaparecimento de uma aluna, em um passado recente. — E você voltou tão diferente após o treinamento… Fala para mim, Gisele. — O que realmente acontece dentro daquele espaço?
— Não acontece nada de mais, professor Rodrigo, além disso, eu tenho um compromisso de confiabilidade, não posso comentar nada a respeito. O que acontece no ateliê, fica no ateliê.
— Me chame só de Rodrigo, por favor, linda — disse ele, com simpatia. — E o que acontece fora do ateliê? Também soube que levam estudantes para reuniões em outros locais.
— O que acontece fora é tão top secret quanto. Se te contar, terei que te matar. Hahaha! Brincadeira.
— Se é brincadeira, então conta. Confia em mim, Gisele, eu sei guardar segredo.
— Na real? Preferia estar transando com você agora, ao invés de ficar respondendo esse questionário.
— Uau! Gostei da sinceridade, você é bem direta e de atitude.
Pedi-lhe para esquecer o ateliê e o instituto até segunda-feira, pelo menos.
— Por favor, tira a gente daqui, professor, antes de virarmos assunto de fofoqueiros.
— Tem razão, não quero te complicar. Onde você mora?
— Eu moro em Mogi, mas durmo no alojamento durante a semana e vou para casa só no sábado de manhã.
— Eu também moro em Mogi. — Não gostaria de ir para sua casa agora?
— Adoraria, mas ouviria um monte após darem por minha falta no alojamento. Principalmente dos meus pais.
Quando ele pôs o carro em movimento a caminho do instituto, eu pensei melhor a respeito. “Foda-se!”
— Mudei de ideia. Bora pra Mogi, professor, digo, Rodrigo.
— Tem certeza, linda?
— Tenho. Pensarei numa desculpa depois.

Durante o trajeto, já na metade do caminho rumo a Mogi das Cruzes, perguntei-lhe se poderia dormir na sua casa. Havia ficado encorajada imediatamente após ele dizer que morava sozinho num puxadinho nos fundos do terreno onde reside a sua irmã mais velha.

Momentos após ele concordar em hospedar-me por uma noite, soube que o jovem adulto já foi casado por cinco anos e separou-se faz dez meses.
— Nossa! Você casou com quantos anos, 18?
— Quantos anos você acha que eu tenho?
— Tem cara de uns 23… 24.
— Tenho um pouco mais, já fiz 29.
— Nossa! Igualzinho à minha mãe. Ela também tem 29 e não parece nem um pouquinho. Todos perguntam se ela é a minha irmã mais velha. Somos muito parecidas.
— Então sua mãe também deve ser muito linda.
— Obrigada! — Que mês você nasceu, Rodrigo?
— Em março.
— Minha mãe nasceu no Dia Mundial do Rock, 13 de julho.
— Eu nasci em 3 de março, numa terça de carnaval.
— Então você é do dia Mundial do Samba, né?
Após os risos, fez a observação de estarmos na rua de sua casa. Passava muito das 10h da noite quando saímos do carro que ficou estacionado na rua. Havia pouca iluminação no sobrado, provavelmente todos estavam em seus quartos. Seguimos pelo corredor lateral sem fazermos barulho. Entramos num puxadinho bem legal, construído nos fundos, com cheirinho de novo e também de limpeza. O térreo era composto por uma cozinha pequena e equipada. Ao lado, uma micro sala e banheiro. Uma escada caracol, de tubos e chapa de ferro, no espaço entre a sala e a cozinha, levava para um quarto de tamanho razoável no piso superior. Naquele cômodo havia uma cama de casal bem convidativa. Incluso no cômodo, havia um lavabo.
— Quer uma camiseta para dormir?
— Não ri de mim, mas… você tem uma camisa social de mangas compridas? Eu sempre morri de vontade de dormir vestida com uma.
Ele me deu uma camisa social branca e desejou-me bom sono e lindos sonhos.
— Eu vou dormir lá no sofá, fica à vontade, meu anjo.
Ganhei um selinho e ele desceu as escadas carregando um travesseiro e um edredom. “Sério que vai me tratar como uma namoradinha virgem e recatada?” Pensei, decepcionada. Vim com a maior intenção de ser a putinha do professor e transar a noite toda com ele.

Minutos depois, trajando apenas a camisa do homem, fiquei deitada na expectativa do seu retorno.
Não demorou e o som do chuveiro ligado no piso térreo me encheu de ideias.

Quando o professor retornou do banho com a toalha lhe cobrindo da cintura para baixo, encontrou-me deitada no sofá, coberta com o edredom.
— Vim dormir com você, mas preferiria que fosse dormir comigo lá no quarto.
— Você é mesmo muito maluquinha, Gisele.
— A propósito, eu não sou mais virgem, tá? — falei e joguei o edredom no chão, exibindo meu corpo nu, em razão da camisa encontrar-se totalmente aberta.
— Uau! Que perfeição. Você é magnífica, princesinha — disse ele, pouco antes de agachar-se para me beijar muito gostoso.
Na subida para o quarto, pelos degraus estreitos, fiz graça rebolando o bumbum parcialmente à mostra. Ele vinha imediatamente atrás, me dando tapinhas na bunda e falando safadezas.
O bonito pegou-me nos braços na porta do quarto e carregou-me até a cama como se fosse nossa noite de núpcias.
Pelo nível das carícias preliminares, minhas expectativas de gozar gostoso naquela noite pareciam estar garantidas. Retribui-lhe o prazer que sua boca proporcionou-me, percorrendo com a minha as suas áreas íntimas e sensíveis. Dei maior atenção ao seu órgão volumoso.
A seguir, o atrito de nossas peles durante o esfregar safado dos corpos incendiou de vez a ambos, induzindo à primeira introdução de arrepiar e arrancar o meu gemidinho longo.

Após receber uma série maravilhosa de estocadas, executadas em sintonia com os movimentos circulares dos meus quadris, percebi seu esforço em segurar o gozo, e como consequência, o sêmen.
— Não precisa segurar, estou protegida. — Você quer gozar?
— Você quer que eu goze?
Meu, sim, foi longo e convidativo. Queria sentir um pouquinho mais dele dentro de mim.
Deus! Foi incrível ouvi-lo uivando como um lobo ao abrir a comporta. Acabei-me no prazer do meu clímax, gozando e tentando conter os gritinhos enquanto ele ejaculava litros.

Ainda estávamos recuperando o fôlego e conversávamos. Isso, instantes após o ápice da transa animal. Amei sua observação sobre a minha desenvoltura na cama, senti-me empoderada.
— Garota do céu! Como você consegue ser tão gostosa? Essa foi a melhor transa da minha vida.
O homem demonstrava surpresa com a minha sexualidade precoce.
— Para, vai! Está me deixando envergonhada — falei, fazendo charminho.

É tão bom quando transamos por prazer e não por obrigação. Ainda mais com um parceiro como o Rodrigo, gostoso e generoso. Devo ter feito a maior cara de boba após os momentos deliciosos que acabara de viver em seus braços. Principalmente após seus elogios, enaltecendo meu desempenho. Fiquei muito feliz e orgulhosa de mim mesma.
Essa desenvoltura adquiri em parte com os rituais sexuais dos quais fui obrigada a participar, tanto na sala secreta do ateliê quanto nas orgias da mansão. Pelo menos soube tirar algum proveito dos contratempos infernais que já passei com o grupo de sádicos. Aprendi alguns segredinhos e consegui usar a meu favor, principalmente quando estou fora daquele universo autoritário e abusivo. Transar ficou ainda mais gostoso após ter aprendido a perceber os sinais e adaptar-me ao meu parceiro, assim consigo satisfazê-lo e também deliciar-me com momentos únicos.

O professor Rodrigo ficou com seu pau entre minhas coxas após ter gozado pela última vez naquela noite. Dessa vez, a transa foi na posição de ladinho e assim permanecemos. Adormecemos de conchinha, enquanto eu nem lembrava que existia o instituto.

“Onde não há olhos para vigiar ou lei para punir, os instintos sexuais despertam.”

Continua.


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