domingo, 29 de setembro de 2019

Entregas Especiais 4 – Motel

Segunda-feira
O Edgar, meu patrão, combinou comigo de encontrá-lo em um restaurante. Cheguei depois dele, que já estava à uma mesa. Bancou o cavalheiro levantando-se e puxando uma cadeira para mim. 
Aproveitamos para falarmos de assuntos que geralmente não entravam em pauta quando estávamos na loja. Como ele tinha mais experiência de vida e mais quilometragem, falamos dele quase o tempo todo.

Daisy se divertia ao perceber a mudança de comportamento do patrão quando sua mulher não estava presente. Até parecia que a dona era a mãe dele, uma mãe má e autoritária que intimidava e reprimia o menino com um simples olhar. 
Na época em que o Edgar conheceu a Luana, ele acabara de receber o pedido de divórcio de Irene, sua ex-esposa e mãe de suas duas filhas, estava falido e sem a perspectiva de um futuro digno. O casamento com a Luana foi sua tábua de salvação.
Era um homem sem atrativos e de conversa monótona. Se não fosse o trabalho que lhe tomava quase todo o tempo, os seus dias seriam de um grande vazio existencial, já que sua vida afetiva com a mulher era uma rotina entediante. Sua postura era de inferioridade e conformismo perante a esposa que havia herdado os investimentos, o comércio e também a personalidade forte do pai. Ela era a dona do dinheiro e era quem mandava. Com um nível plus de obesidade ela não dava grande importância à aparência ou futilidades. Estava sempre buscando a possibilidade de ascensão material: “Possuir é mais importante que usufruir”, era o seu lema. Solidariedade e tolerância seriam atitudes que ela nunca entenderia. Essa era a patroa.

Após o almoço delicioso, fui com o Edgar para passarmos o restante da tarde em uma suíte adorável. Era minha primeira vez no interior de um motel, tudo era novidade. Não foi bem o que eu havia imaginado daquele tipo de comércio, quero dizer, não era tipo um ambiente que remetia a pecado com cama redonda, cores quentes e rodeado de espelhos.  Parecia mais um quarto normal de casal com predominância de tom cerejeira e bege. Luxuoso, sim, mas com apenas um espelho no teto, sobre a cama. A parte que amei foi a hidromassagem. Sempre desejei deitar-me naquilo e relaxar esquecendo da vida.

Infelizmente o meu acompanhante não era a pessoa que eu gostaria que estivesse comigo naquele luxo. Suas atitudes também não combinavam com o ambiente tão convidativo e aconchegante. O patrão não foi nada romântico e muito apressado.; após alguns beijos e apertos em meu corpo, arrancou o meu vestido sem cerimônia,  o mesmo que ele me dera para a tal ocasião. Apreciou por algumas frações de segundos o conjunto de lingerie que fazia parte do presente, para na sequência proferir sua expressão “poética“:
— Você está um puta de um tesãozinho vestida assim. 
Seu próximo movimento foi induzir-me a ajoelhar para que abocanhasse seu pau. Permaneceu em pé, agarrado aos meus cabelos e forçando o negócio em minha garganta. Engasguei algumas vezes e tive ânsia de vômito. Ele percebeu que estava forçando a barra e que aquilo não ia prestar. Sugeriu terminamos de nos despir e irmos para a cama.
O Edgar deitou por detrás de mim, ergueu uma de minhas pernas e se acomodou por dentro delas. Com atitudes desprovidas de cuidados, penetrou minha boceta com rispidez. O homem estava se sentindo poderoso, com a mão em meu pescoço ele virava o meu rosto procurando minha boca com seus lábios, ou simplesmente segurava firme mantendo-me presa. O patrão queria dar a entender que eu estava em seu poder e que era ele quem mandava. E suas estocadas em meu sexo eram tão intensas que o desconforto trazia à tona os meus gemidos mais profundos. Em compensação, aquele sexo selvagem também proporcionou-me algum prazer.

O desempenho sexual do Edgar, que não era dos melhores, superou suas próprias expectativas na companhia da jovem amante. Em virtude dela estar dependendo momentaneamente dele. Isso interferiu positivamente na masculinidade do homem. Sua vida sexual com a atual esposa era um fracasso algumas vezes e sem tesão em outras, pelo fato dele se apequenar diante de mulheres independentes. O mesmo ocorreu em seu casamento de seis anos com Irene, sua ex. Conforme ela progredia em sua carreira, a dele regredia. Isso o afetou tanto profissionalmente quanto sexualmente.
Daisy percebeu nas entrelinhas dos comentários feitos pelo parceiro, que a química entre eles superou com folga as relações que o homem tivera com suas mulheres (atual e ex). Friamente começaria a tirar vantagem daquela relação enquanto o homem ainda curtia o seu momento de glória. Ela pediu sua ajuda para sair da pensão o quanto antes. Ele prometeu que resolveria o assunto nos próximos dias.

***

A garota entregadora esperou ansiosa pela sexta-feira e o provável terceiro encontro com o Augusto. No entanto, deu ruim, ele não fez contato. Esperançosa ainda aguardava pelo pedido no dia seguinte (sábado). 
Quando ela estacionou o ciclomotor na entrada da loja ao voltar de uma entrega, um carro parou no meio fio e deu um toque de buzina; era o Augusto. Daisy já o havia reconhecido antes dele abrir o vidro do lado do passageiro e chamá-la. A buzina também chamou a atenção do patrão no interior da loja. O homem ficou à espreita como um animal que sente o seu domínio sendo ameaçado, principalmente quando a garota debruçou na janela do carro colocando cabeça e parte do tronco para o interior do veículo. Ainda tinha o agravante da bunda redondinha e arrebitada dentro de um jeans justíssimo que deixou alguns marmanjos babando naquela calçada. 
— Não quis a entrega especial esta semana? — ela perguntou insinuante.
— Era tudo o que eu queria, mas vou falir se continuar assim.
— Não seja por isso, acabei de criar uma promoção só para você: pague por duas cestas especiais e ganhe a terceira grátis — ganha somente a parte especial, claro — ela gargalhou a seguir.
— Opa! Adorei esta promoção — ele falou com brilho no olhar — já paguei por duas, quando posso receber meu brinde? Poderia ser hoje à noite — ele sugeriu.
— Pra mim está ótimo, estamos combinados, hoje à noite eu levo seu brinde.

A novinha não se continha de felicidade, aquele trintão mexeu com seus sentimentos e isso estava mais que evidente. Somente ela é que achava que aquilo ainda era só um lance profissional.
Ela deu tchau e disse que tinha que voltar ao trabalho. O Augusto tentou beijá-la na boca, mas a jovem prudente, virou o rosto rapidamente e o beijo pegou na sua bochecha.
— Seu doido, aqui não! — ela sorriu e acariciou a mão dele — tchau, até depois.

Quando Daisy entrou na loja o Edgar estava espumando de ciúmes e raiva. Com cara de “eu que sou seu dono” ele disse:
— Mocinha, deixe para bater papo com os seus amigos depois do expediente!
Ela se desculpou e voltou ao trabalho. Ambos eram observados sorrateiramente pela patroa em outro canto da loja.

Mais tarde, em um momento a sós com o patrão, ela levou nova bronca do seu empregador e amante ciumento. 
— Você precisa parar de se sentir ameaçado e me respeitar — zangou-se a menina — me ajudar a mudar você não ajuda, né?

***

A cena com o Augusto e a DR que tiveram na sequência surtiu efeito para a felicidade da jovem. O Edgar alugou, em caráter provisório, uma kitnet de um amigo. Pagou por um período de três meses adiantado, já que Deisy não poderia fazer um contrato. Ele também não, ou sua mulher saberia.
O fato da jovem amante não poder ser a titular do contrato de locação, fez o homem querer saber mais sobre a origem e relações da garota. Ele passou a pressioná-la. Encurralada ela inventou uma história de que foi agredida pelo pai policial que a pegou fazendo amor com um namorado. Ela fugiu de casa depois de o ferir gravemente, pois o pai violento jurou matá-la quando conseguisse pôr as mãos nela.
— Eu sabia que ele não havia falado da boca pra fora, eu tinha que sumir para bem longe e ficar invisível, por isso acabei chegando aqui — explicou Daisy tentando ser o mais convincente possível naquela mentira.

Enquanto isso, na UTI de um hospital do Rio Grande do Norte:
A família do prefeito comemorou quando o filho Paulo reagiu a estímulos após seu traumatismo craniano gravíssimo. Fizeram uma verdadeira festa quando ele saiu do coma profundo.
Sua primeira frase foi:
— Vou matar aquela vadia.

Continua…

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Entregas Especiais 3 – Banho de Mangueira

Daisy não se arrependeu de ter transado por dinheiro com o Augusto (o cliente), se tivesse que continuar vendendo seu corpo para ele para poder sobreviver naquela selva, ela o faria sem problemas.

O dinheiro que ele me deu por duas horas de carícias era quase a metade do que eu ganharia em um mês de trabalho na loja. Tudo bem que foi um dia excepcional e as coisas feitas de improviso — pensava Daisy —, mas não me sinto tão mal quanto achei que ficaria ao partir para uma atitude desesperada. Não bateu nenhum arrependimento nem sentimento de culpa. E o resultado até que foi bem satisfatório.”

No decorrer de uma nova semana, o mesmo cliente solicitou outra entrega para a noite da sexta-feira seguinte. Naquela mesma sexta, ainda pela manhã, Edgar, o patrão, a surpreendeu com presentes e um convite para almoçarem na segunda-feira, era o dia em que ambos folgavam na loja. Claro que ele tentou fazer a entrega discretamente e sem chamar a atenção de outros, porém, sua gentileza com a jovem começava a despertar o interesse dos demais funcionários. A moça curtia a atenção e correspondia de maneira comedida, mas em seu íntimo ela só pensava nos benefícios que aquela relação poderia lhe trazer. Procurava ser cuidadosa, pois sabia que estaria no inferno caso a patroa percebesse o interesse do marido pela funcionária. Óbvio que a corda arrebentaria do lado mais fraco, como sempre acontece.
Quanto aos presentes que a preferida do patrão ganhou: era um vestido, conjunto de lingerie, bolsa e sapatos. Tudo isso era para a Daisy usar no encontro que teriam no almoço agendado pelo homem.

***

Noite de sexta-feira
Ela foi fazer a entrega da cesta de vinhos e queijos do Augusto. Dessa vez foi ele quem fez a oferta para tê-la em sua companhia. Ela já esperava pela proposta e já tinha um sim como resposta. Mas ainda era cedo e a garota tinha outras entregas a fazer. Combinaram que ela voltaria ao final do seu expediente.

Ele me agarrou quando virei as costas para sair. O seu abraço forte e o contato do seu corpo másculo no meu, despertou-me desejos. Ainda mais quando senti o volume roliço sob suas calças se aninhando em bunda. Aquilo mexeu demais comigo, quis sentir seu corpo sobre o meu e repetir a transa da última semana. Não estava segurando o tesão e faltou pouco para dar um foda-se e fugir do trabalho e deitar com ele naquele instante. Mas consegui reunir forças.”
— Me aguarde, lindo, essa noite serei sua até de manhã.
— Esperarei ansioso. E vê se não gasta toda sua energia trabalhando! — falou em tom de farra.

Daisy concluiu sua jornada de trabalho. Passava das 22h30 quando ela retornou à residência do Augusto. Disse que só precisava de uma ducha e depois o compensaria pela espera.
Porém foi ele quem a fez delirar mais uma vez minutos depois.
— Ahhh! O que você consegue fazer com essa língua em meu corpo é de enlouquecer — ela murmurou gaguejando e gozando na boca do homem enquanto se contorcia feito um réptil.

Eles fizeram amor por horas naquela noite. Os intervalos foram apenas para comer e beber, pois ninguém é de ferro.
Antes de adormecer, aninhada nos braços do companheiro, ela foi amável exaltando o homem:
— Você me enlouqueceu da outra vez, mas hoje, fala sério, foi demais — e dormiu com um sorriso no rosto.

Ao raiar do dia ela foi direto para a loja e trabalhou até o final do expediente. Luana, a patroa, a incumbiu de abrir o estabelecimento na manhã seguinte, para tanto, deixou suas chaves com a moça, em razão de a dona não trabalhar aos domingos e também porque o patrão chegaria um pouco mais tarde ao trabalho. Tudo motivado por uma festa em que os patrões compareceriam naquela noite de sábado.
A jovem jantou em uma padaria e foi para sua pensão depois das 23h, só pensava em uma ducha morna e relaxante para depois cair na cama e acordar cedo no outro dia. Todavia, a residência estava sem água por causa de uma manutenção na rede local, só lhe restou dormir. 

Daisy chegou uma hora mais cedo na loja naquele domingo para tomar um banho antes de iniciar o trabalho. Seria uma ducha improvisada utilizando um chuveirinho usado para regar plantas, ligaria o mesmo à uma mangueira nos fundos do salão.

Após ficar nua, molhou o corpo e se arrepiou todinha com o contato da água fria. Menos mal que era em um dia de verão.
A jovem estava na fase final do seu banho quando ouviu o apito característico do alarme da porta de entrada ao ser aberta. Ficou apavorada pensando que poderia ser algum invasor, pois era muito cedo para ser o patrão. Ela cobriu seu corpo molhado com o agasalho de malha e cautelosamente foi para o salão principal.
A moça quase caiu para trás ao dar de cara com o homem.
— Deus do céu! Você quase me mata de susto — ela falou com o patrão.
Ele a havia segurado no instante em que a moça tropeçou ao recuar assustada. A princípio, o agasalho cobria somente as suas partes mais íntimas, à mostra estavam apenas suas pernas torneadas, de coxas grossas e úmidas. Aquilo já era uma visão agradável aos olhos do homem, no entanto, ela soltou as mãos que mantinham a roupa fechada ao tentar se equilibrar segurando em algo. O agasalho abriu exibindo os seus seios e também seus pêlos pubianos para deleite do patrão.
Daisy conseguiu firmar o corpo com a ajuda dele, se cobriu novamente olhando assustada e envergonhada para o homem. Edgar a abraçou carinhosamente.
— Hei, calma! Você está tremendo.
A funcionária se desculpou por estar tomando banho na loja, depois tentou explicar sobre a falta de água na pensão. O homem a interrompeu no meio da fala e arriscou roubando-lhe um beijo… Ela ficou estática sentindo os lábios dele nos seus, sua mente raciocinava em velocidade tão absurda que até parecia que o homem se movia em câmera lenta. Deduziu que seu emprego estaria por um fio se o recusasse novamente, pois não era sua primeira tentativa desde a sua admissão na loja.
Moderadamente ela correspondeu ao beijo, porém, sentiu aversão às mãos masculinas que percorriam o seu corpo tentando tirar o seu agasalho. Daisy tentou evitar no início, mas quando ele insistiu na tentativa de retirar-lhe a blusa, ela cedeu e ficou à mercê dele. O patrão abriu a roupa e admirou seu corpo, fez carícias em seus seios de mamilos intumescidos pela água fria e posteriormente pela situação anormal. Terminou de despi-la e a puxou pela mão em direção ao seu escritório.

O patrão acomodou-se com a garota em um pequeno sofá. As preliminares foram rápidas e ele a posicionou sentada de pernas abertas sobre seu membro e a penetrou. Seguiram-se troca de beijos e frases sem sentido enquanto o homem segurava em sua bunda  a fazendo subir e descer continuamente.
De olhos marejados, Daisy não conseguia sentir-se em uma relação sexual e, sim, como se pagasse uma penitência. Ela fez a sua parte dando gemidinhos e remexendo sobre o membro firme que entrava e saia cada vez mais rápido de dentro de sua vagina.

Edgar chegou ao clímax, seus movimentos ficaram suaves, lentos e por fim ficou estático. A garota sentiu os últimos espasmos do pênis que perdeu a rigidez e tamanho. Considerou aquela etapa como cumprida.
O homem envolveu a menina com um braço colando o corpo quente e macio ao seu, com a outra mão afagou os cabelos longos e castanhos do anjinho ainda ofegante que repousava a cabeça tombada em seu ombro. Ele sorriu satisfeito com aquela loucura e o prazer que ela lhe proporcionou.

Durante aquele dia de trabalho, Daisy comentou o quanto era ruim a pensão em que residia. Que sentia medo de ser abusada por homens e até por mulheres que lá viviam.
— Você precisa arrumar um lugar melhor para morar — falou o patrão.
— Eu sei, mas não tenho como fazer isso sozinha. Você me ajuda a ir para outro lugar?
Ele não teve tempo de responder, foram interrompidos por um outro funcionário, contudo, o semblante dele a deixou com a impressão de que a resposta seria um sim.

A garota saiu para mais uma entrega naquela manhã. Aproveitou os momentos solitários para conversar com seu eu interior:
“Meus interesses são momentâneos, dedico minha atenção integral somente às necessidades básicas do meu dia a dia. Não sinto necessidade de diversão ou lazer e nem de envolvimento amigável com pessoas; ainda reside raiva e amargura dentro de mim. Faço planos para ter segurança e estabilidade em um futuro próximo, mas nesse instante, o que posso fazer é continuar vivendo apenas um dia de cada vez.”

E com o Augusto, será que ainda era só um negócio?
Ela se recusava a responder à questão ou até de pensar a respeito.

Continua…

domingo, 22 de setembro de 2019

Entregas Especiais 2 – Cesta do Amor

Daisy chegou em uma pensão no bairro do Bixiga após ler um anúncio em um jornal gratuito. Precisou pagar adiantado os $350 referentes a um mês de estadia para ficar com a vaga, eram as normas da casa. Ela teria que conseguir um emprego em poucos dias ou não teria dinheiro suficiente para o segundo mês. Contudo o emprego não poderia ser oficial com um registro em carteira; ela considerava o fato de que estivesse sendo procurada pela polícia após sua tentativa de homicídio contra o filho do prefeito. Mesmo que os danos causados pelo atropelamento tivessem sido apenas superficiais, aquela família de poderosos estariam atrás dela.

Duas semanas se passaram voando e a recém chegada não conseguia um trabalho alternativo com um mínimo de dignidade, apesar de toda sua dedicação, desenvoltura e simpatia.
Na tarde de domingo, uma das mulheres que morava na pensão e que era conhecida por Tia, teve uma nova crise em seus rins e mal conseguia se locomover. Daisy havia feito amizade com a mulher e se ofereceu para fazer algum chá ou ir comprar algo na farmácia. No final do dia elas fizeram um acordo e a jovem a ajudaria na limpeza de uma casa em que a mulher trabalhava de diarista todas as segundas-feiras no bairro do Itaim Bibi. Ela não conseguiria fazer tudo sozinha nas condições que estava. Pagaria a metade da diária para Daisy. A garota agradeceu e ficou feliz com a oportunidade de ganhar um dinheiro.

O casal de patrões da “Tia” eram proprietários de uma loja que confeccionava e entregava cestas de café da manhã, além de arranjo de flores para diversas ocasiões. O homem folgava as segundas-feiras, pois era ele quem cuidava da loja que abria também aos domingos.
Adélia (a Tia) chegou com Daisy e explicou para o homem o motivo de trazer a ajudante. O quarentão não conseguiu disfarçar o fascínio ao ver a menina pela primeira vez e ela percebeu de imediato que o interesse dele era somente o de levá-la para a cama.
Daisy ainda estava decepcionada e com raiva de homens, havia feito uma promessa que fdp nenhum a faria de idiota novamente. Poderiam ter seu corpo, sim, mas pagariam um preço justo por isso e nunca teriam o seu coração.
A garota astuta e necessitando de dinheiro para se manter sozinha em uma cidade e estado estranho, anteviu a oportunidade de obter algum ganho com aquele homem.
Durante o dia de trabalho Daisy aproveitou cada mínimo instante para seduzir o patrão. Quando Adélia se afastava deixando aquele corpinho angelical sob os olhares gulosos do homem, a garota aproveitava cada segundo para aplicar seu joguinho de sedução. Deixava cair a alça de sua blusinha folgadinha e o tecido leve fazia o restante expondo parcialmente seu seio durinho e juvenil. A garota, entretanto, continuava com seu trabalho de limpeza como se nada de anormal estivesse acontecendo. Seu corpo era despido completamente pelo olhos do homem que a devorava em pensamento.
— Você é uma moça muito linda e atraente, Daisy — arriscou o homem em uma investida, pois ele ainda não estava certo se aquela menina era uma safada ou apenas uma interiorana simplória.
— É só pose, eu não resisto à tentação de parecer sedutora — ela disse e sorriu.
Depois de quebrar o gelo eles conversaram de modo descontraído e se conheceram melhor. Daisy aproveitou o momento e sem fazer cerimônia lhe pediu um emprego fixo. Maliciosamente disse que seria uma boa funcionária e que ele não se arrependeria. 

Durante a semana Edgar conversou com a esposa sobre a ideia de contratar mais um empregado e ampliar o raio de entrega. Recentemente o negócio expandiu também para o happy-hour incluindo cervejas geladas, vinhos, destilados, queijos e frios nas entregas. Precisariam de mais um funcionário além do rapaz que já trabalhava para o casal. Era uma ideia para o futuro, mas o patrão antecipou para ter Daisy por perto permanentemente.
Tudo foi acertado com a patroa. Na semana seguinte a menina foi até a loja — no bairro de Moema — para conversar com eles. Ofereceram-lhe o emprego de entregadora, já que ela sabia pilotar motos, faria entregas com um ciclomotor.

***

O plano de aproximação oferecendo o emprego para conquistar a garota não saiu como o planejado, Daisy era esperta e decidiu dificultar para o patrão se valorizando, mas continuaria o seduzindo, pois pretendia alçar voos mais altos com esta relação e não apenas se deitar com ele de vez em quando em troca do emprego.

Final de mês, Daisy teria que pagar até a manhã do dia seguinte os $350 correspondentes ao novo mês de estadia. Só lhe restavam $400, se pagasse pela vaga ficaria sem dinheiro suficiente para se alimentar e para condução, já que receberia seu pagamento por aquela primeira semana de serviço alternativo só no dia 10 e ainda era menos do que precisava no momento.
Em sua última entrega de cesta de happy-hour daquela noite, o cliente havia levado um fora da namorada. Quando Daisy chegou com a encomenda o homem parecia bem abatido, seu comportamento inseguro e de coitadinho até faria algumas mulheres sentirem pena dele. Falou que era seu aniversário e a namorada o abandonara naquele dia especial em sua vida. Óbvio que a cena de sofrimento e de se fazer de vítima era para mexer com a sensibilidade da moça. Depois ele partiu para o bote a convidando para entrar. Ele foi insistente para que a garota o acompanhasse em uma taça de vinho.
— Vem cá! Eu não mordo, não com força — e riu descontraído.
Mesmo receosa Daisy concordou em entrar.
— Não tem mais ninguém aqui? — ela perguntou ainda indecisa.
Após certificar-se que estavam sozinhos e que o cara simpático não estava forçando a barra, rolou uma descontração e tomou uns goles em consideração a caixinha especial que havia recebido. Entre um papo e outro ela levantava o moral do homem de baixa autoestima. A investida do cara era improdutiva, com uma paquera enferrujada ele tentava seduzir a moça para que ela ficasse em sua companhia naquela noite. A conversa apimentou quando Daisy disse diretamente:
— Eu preciso conseguir trezentos reais nas próximas duas horas e só tenho o meu corpo para vender. Você quer fazer negócio?

Rolou… Chegaram a um entendimento. Os beijos e carícias começaram na sala, ficaram ardentes e quando a menina se deu conta já estava nua, deitada na cama do homem com ele por cima dela. O cara que se fez de coitadinho era um amante impetuoso, deu uma… Mais outra e sem sair de cima ou tirar de dentro da moça.
Ela o fisgou pelo sexo, o homem arriou as quatro rodas pela garota.
Mais tarde, enquanto ela vestia suas roupas, ele choramingou pedindo que não fosse e não o deixasse sozinho naquela casa.
— Fica! — Eu tô pedindo.
— Hoje eu não posso, mas haverá outros dias e você sabe onde me encontrar.

Continua…



sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Entregas Especiais 1 – Tal Pai, Tal Filho

O romantismo de Daisy sofreu um abalo após passar pela primeira grande frustração em sua vida. A emoção de uma perda fez seu lado cruel aflorar. Seus atos impulsivos e improvisados a levaram a viver sozinha e como fugitiva em uma terra estranha. Devido às circunstâncias, a jovem astuta teve que desenvolver rapidamente seu lado oportunista e manipulador para tentar sobreviver em uma megalópole. Uma série em 13 contos (capítulos) já concluídos.

Capítulo 1 – Tal Pai, Tal Filho

Daisy era bebê de colo quando sua mãe solteira caiu no mundo e a deixou para os avós criarem. Nada mais justo, pois indiretamente o avô foi o responsável por aquela gravidez.
O avô trabalhava para a família do prefeito há décadas, já era a terceira geração daquele clã no poder. O aposentado era um faz tudo, além de puxa-saco. Na época em que Daisy tinha apenas 10 anos, o avô a levava para o trabalho que supostamente fazia na casa do prefeito durante algum dia da semana quando a dona da casa não estava presente. Além de primeira dama da cidade, a mulher também era funcionária do gabinete do marido e remunerada pelos cofres públicos. Vez ou outra ela dava o ar da graça na prefeitura para justificar o dinheiro pago pelo contribuinte.
A neta passava a tarde brincando com Paulinho, um garoto de 15 anos e filho do prefeito. O meninão a levava para jogar videogame em seu quarto. No final do dia o avô recebia um dinheiro extra das mãos do garoto; era uma gratificação pelo serviço avulso prestado. No caminho de volta para casa ele agradava a neta lhe comprando sorvetes, doces ou brinquedos.

A rotina se estendeu por quase três anos. A menina não era mais uma criança, seu corpo de mocinha estava desenvolvido, assim como o rapaz, ele já era um homem.
A brincadeira virou paixão, pelo menos para a garota, seu coração adolescente transbordava de amor pelo rapaz que a tratava como namorada somente na privacidade do seu quarto. Falava que os pais dele a proibiriam de frequentar a casa se soubessem do namoro. A cada novo encontro ele prometia que casaria com ela quando fossem maiores.

O namoro escondido estava com os dias contados, Daisy sofreu um baque quando soube que ele estava de viagem marcada para os Estados Unidos. Ela temia que ele a esquecesse durante os anos que ficasse fora cursando uma universidade. O jovem a tranquilizava dizendo que em sua volta já seria dono do seu nariz, estaria formado e ninguém poderia impedir o casamento deles. A menina acreditou, disse que esperaria, pois o amava mais que tudo na vida.


Cinco anos depois

Daisy se transformara em uma moça bela e atraente, cobiçada por jovens e adultos, porém ninguém provou de seu beijo e carinho durante o período de espera, ela se guardou para o seu amor.
Paulo retornou com o seu diploma universitário, estava mais maduro, até aí normal, concluiu a jovem, mas estava bem diferente daquele rapaz simpático e carinhoso de antes, havia uma prepotência em suas atitudes. Durante aquela primeira semana ele foi frio e a evitou em diversas oportunidades. A desculpa era que ainda estava se readaptando e acertando uns negócios com seu pai que cumpria o seu segundo mandato como prefeito.
Em uma conversa rápida com a moça, em um encontro casual na praça, ele a convidou para uma balada na capital do estado (cerca de 120 Km dali). Naquele sábado aconteceria uma festa na praia.
Durante a noite tudo estava perfeito para Daisy, a festa e o carinho de Paulo a tratando como uma princesa. Depois do show principal ele a convenceu de passarem o resto da noite em uma pousada antes de pegarem a estrada de volta. Ela sabia o que aconteceria no quarto, e estava feliz, pois se guardara para ele durante os últimos anos. Alimentava a esperança de fortalecer a relação durante aquela noite, ela o amava e tinha a certeza de em breve ser assumida como sua namorada e posteriormente como sua mulher.

"Nós continuamos dançando no interior da pousada ouvindo a música que vinha da praia. Levantei meus braços para ele tirar minha blusa, depois meu sutiã, acariciou meus seios e entre um passo de dança e outro minha saia chegou ao chão. Na sequência ele se despiu feito o The Flash e segundos depois estava montado sobre mim, foi só o tempo dele arrancar a minha calcinha. Fiquei refém de suas vontades e obediente aos seus comandos. Ele me penetrou pela frente me pegou por trás, inundou-me com seu sêmen e depois de satisfeito dormiu profundamente.

Demorei a pegar no sono, fiquei curtindo nossa primeira noite, apesar de que não teve o romantismo que eu imaginei durante os anos de espera, no entanto estávamos juntos e isso me fazia um bem danado. Continuei imaginando como seria minha vida ao lado dele e fiz planos para um futuro próximo enquanto ouvia os seus roncos.

Acordei quando o sol já ia alto. Estava sozinha na cama e no quarto. Encontrei um bilhete que dizia: 'Tive que correr para casa, pois não posso perder o almoço com minha família. Dentro do envelope tem um dinheiro pra você pela noite de diversão e também para pegar o ônibus de volta. Quando der para a gente se ver novamente eu peço para o teu avô lhe avisar.'

— FILHO DA PUUUTAAA!!!
Depois do meu grito de indignação e choro desesperado, comecei a arquitetar o meu plano de vingança.

Alguns dias depois já havia vendido meu celular e várias miudezas, mas ainda era pouco para o que eu tinha em mente. O cafetão do meu avô recebeu seu pagamento mensal no dia anterior, era quando ele tinha mais dinheiro em casa... E eu sabia onde ele guardava."

***

A motocicleta invadiu a calçada, acelerou rápido e atingiu o rapaz o arremessando metros à frente. A vítima rolou várias vezes antes de ficar inerte sobre o asfalto. O condutor do veículo perdeu o controle da máquina que ziguezagueou e tombou. Apesar do capacete e jaqueta de couro masculina, era perceptível que se tratava de uma mulher. Após se recompor do tombo ela saiu acelerando a milhão enquanto os curiosos se aproximavam para socorrer o acidentado, Paulo, filho do prefeito.

— Moça, acorda! Chegamos.
Daisy acordou em pânico, era a quinta vez que o sonho se repetia e era tão real como se revivesse o acontecido de dias atrás. Seu ônibus acabara de chegar ao terminal rodoviário do Tietê em São Paulo. A jovem foi acordada pelo passageiro ao lado, estava exausta, pois praticamente não dormira nos dias posteriores ao acidente que deu novos rumos à sua existência. Desembarcou com o desejo de deixar todo o seu passado para trás e começar um novo ciclo em sua vida. Ainda não sabia se o Paulo estava vivo ou morto após ela propositalmente o atropelar com a moto do seu avô. Se livrou da motocicleta, capacete e jaqueta jogando ao longo de um rio nos limites da cidade. Só com uma mochila nas costas ela pegou caronas até chegar em João Pessoa-PB, comprou uma passagem e embarcou no ônibus para São Paulo.
Ela não tinha com quem contar, o dinheiro que conseguiu trazer daria para pouco mais de um mês caso ficasse em uma pensão barata.

Continua…


domingo, 1 de setembro de 2019

Aquecida pelo Filho e Comida pelo Pai

Não amigos, eu não iniciei minhas transas no berçário, não nasci assanhada e impulsiva assim como sou hoje. Eu sentia vergonha ao falar sobre sexo e medo de envolver-me em uma relação sexual, mas tampouco era um anjo.
Meu amadurecimento precoce começou em uma época em que passava boa parte do meu tempo com minhas amigas e vizinhas gêmeas. Na verdade, meu maior interesse naquela amizade era por causa do irmão delas, o Valtinho, um carinha dois anos mais velho que nós. Eu adorava as brincadeiras inventadas por ele quando nós quatro íamos para uma casa ao lado, que pararam a construção, e a mesma ficou abandonada por anos só com as paredes e a laje. Nós dois sempre dávamos um jeito de trocar beijos e carinho longe do olhar das gêmeas e a cada dia a centelha se transformava em fogo aumentando o desejo o tornando incontrolável.

Ocorreram algumas tentativas de transa, porém, após ele convencer-me a baixar as calcinhas, mal dava tempo dele enfiar seu pinto no meu buraquinho que já tínhamos que parar rapidão, pois alguém se aproximava para atrapalhar. Faltava a oportunidade de ficarmos sozinhos o tempo suficiente para saciarmos o nosso desejo.

Em um final de tarde quando estava na casa deles, durante um minuto em que ficamos sozinhos, o Valtinho e eu combinamos de nos encontrarmos na casa abandonada. Despedi-me das amigas dizendo que ia pra minha casa, pois estava ameaçando chover. Realmente o tempo havia virado, mas na verdade, fui para a casa abandonada esperar pelo Valtinho.


Já estava anoitecendo quando entrei na construção velha, fiquei morrendo de medo de ser vista por alguém. Depois deu um medinho do escuro e só fiquei aliviada quando o garoto chegou. Trocamos alguns beijos e fomos logo para o que interessava. Tirei meu shortinho e calcinha e debrucei em uma muretinha de tijolos. Aff! Fiquei com o tesão a mil ao sentir aquele pinto durinho, molhado de saliva roçando e entrando no meu cuzinho… Ahh! A espera valeu a pena, como era gostoso sentir tudinho dentro e ele segurando em minha cintura enquanto ia e vinha bem rápido em meu buraquinho.
Curti suas bombadas gostosas por vários minutos e ainda mais quando sua porra quentinha encheu minha bunda. Caraca! Não imaginei que seria tão bom. Entretanto, não entendi e fiquei frustrada quando ele tirou de dentro. Eu estava quase chegando ao clímax e ia gozar gostoso.
— Deixa eu pôr na frente, Mila?
Vixe! Apesar de estar morrendo de vontade, também morria de vergonha de ficar cara a cara com ele enquanto fazíamos aquilo. Tentei argumentar, mas a carne é fraca e no fundo eu desejava e seria o maior tesão ficar arreganhadinha de frente para ele.
Sua insistência carinhosa somado ao fogo entre minhas pernas e o desejo de transar com ele, fizeram-me virar. O garoto olhou-me de um modo bem sacana.
— Não consigo fazer com você me olhando assim — falei.
Ao assustar-me com um raio seguido de um trovão, no impulso abracei-me a ele. A chuva chegou forte. Ele continuou carinhoso e murmurando em meu ouvido insistiu novamente e acabei cedendo. Ele ajudou-me a deitar na muretinha com as perninhas abertas. Tapei o rosto com o meu short para não olhar diretamente em seus olhos.
— Como você é boba, Mila — falou e riu.
Eu não respondi, só fiquei doidinha de desejos e aflita esperando o momento de sentir o seu pinto entrando em minha xoxota. Ouvia apenas o barulho da chuva. Foram segundos angustiantes até sentir sua mão, que pareceu-me bem maior naquele instante, segurando em uma de minhas pernas a mantendo levantada e aberta. A seguir seu pinto forçou a entrada em meu sexo… Aii! Gemi com a dor ao sentir parte dele dentro de mim. Fiquei assustada, seu pinto parecia ter ficado enorme dando a sensação que me rasgava a boceta. Gemi de dor segurando o choro e pedi que desse um tempinho.
— Para um pouco,Val, está doendo muito.
Ele não parou e forçou ainda mais.
— OHOOOO, PORRA VAL, PARA!!!
Descobri meu olhos e congelei, não era o Valtinho que estava me comendo e, sim, seu pai. O homem, com uma cara bem sádica falou:
— Não era isso que você queria sua putinha? E agarrou-me firme com as duas mãos em minha cintura juntando de vez nossos corpos e deu uma estocada forte socando aquele cacete monstro dentro de mim. Puta que pariu! Gritei altão:
— AAAIIII, PAAARA MOÇO, ESTÁ ME MACHUCANDO!
Ele nem se importou com meu choro e ninguém me ouviria com todo aquele barulho de chuva. O homem bruto segurou em meu pescoço ameaçando-me:
— Para de gritar ou eu vou te machucar de verdade!
Fiquei apavorada. Em prantos e soluçando, murmurei pedindo que parasse. Acho que ao invés de sensibilizado, ele ficou mais excitado, já que socava cada vez mais forte em minha boceta.
Eu percebi que não adiantaria lutar ou implorar, resignei-me e fui me adaptando àquela situação. E já que não tinha como fugir, por que não curtir o momento? Já não gritava, mas ainda gemia muito, e um gemido gostoso de prazer.

Não sei quanto tempo durou aquelas estocadas doidas, perdi a noção de tudo, estava completamente dominada por àquele homem e toda molinha. Gozei seguidamente até chegar um momento indescritível: o homem em pé comigo erguida em seus braços e colada em seu corpo, forçou-me subindo e descendo em seu pau aceleradamente que até parecia um animal. Agarrei forte em seu pescoço tentando reduzir a força dos impactos, contudo, soltei o corpo e deixei rolar quando ele gozou urrando alucinado e despejando uma quantidade absurda do seu líquido em minha boceta. Caralho! Fiquei inundada e com minhas partes baixas superaquecidas. Continuei no máximo do meu clímax gozando enquanto ele diminuía a intensidade dos golpes até que parou fungando em meu pescoço.
Eu praticamente desmaiei em seus braços, estava finalizada com a cabeça caída em seu ombro. Ele apertou grosseiramente a minha bunda; acho que era seu jeito estranho de fazer carinho. O nojento ainda beijou e lambeu meu rosto, orelha e pescoço proferindo um monte de sacanagens.
Logo depois, quando colocou-me de volta ao chão, mal conseguia ficar em pé, ainda assim caminhei com dificuldade até uma água da chuva que caia da laje. Lavei toda aquela meleca que escorria de dentro de mim escorrendo por minhas pernas.

Acho que não preciso nem dizer que fui ameaçada caso eu contasse o ocorrido para alguém, né? Eu não era doida de contar, sempre tive medo daquele homem rude. Em sua casa ele era autoritário e ignorante. Sua fama na rua e arredores era de brigão e violento. Todavia, não nego que proporcionou-me prazeres nunca vividos, porém, não gostaria de repetir tais momentos no futuro… Não com ele.



Fui pra casa debaixo de chuva, molhada e deliciosamente dolorida, meu desejo por sexo fora saciado, mesmo tendo sido sinistro pra caramba. “Amanhã será outro dia, pensei, e seguirei com minha vida".

Fim