quinta-feira, 14 de junho de 2018

1 - Acompanhante de Luxo

"Acompanhante de Luxo" é uma série de contos narrados por uma iniciante no ofício.

Kamila é viciada em sexo com perigo e envolvimento com homens "proibidos pra mim", como ela mesma diz. Em vista disso, não foi difícil decidir ser uma garota de programa, principalmente quando considerou a diversão que a atividade proporcionaria e os valores financeiros comparados a um emprego "socialmente aceito". Quais serão as consequências desta escolha, e até quando ela conseguirá manter seu segredo e conviver em família?

O Primeiro Programa
Revisado 14/11/2022 

Abandonar um emprego convencional e aceito socialmente para ser uma garota de programa não foi a escolha mais difícil, principalmente ao considerar os valores financeiros. O convívio em família é que se tornou um martírio, sentia-me como uma intrusa em meu próprio lar. O stress de conviver diariamente com o medo de ser descoberta e ter que lidar com as consequências da escolha era angustiante.

Há quase dois anos que o sexo tornou-se o meu ofício. Comecei dias após completar 18 anos, quando ainda morava com meus avós. Não me tornei acompanhante por necessidade, posto que a minha família bancava os meus estudos, os momentos de lazer e as viagens. Eu tinha a garantia de uma vida digna.


Tudo começou com uma brincadeira: estava na entrada da rodoviária de Campinas aguardando o horário em que sairia meu ônibus, demoraria mais de uma hora. Percebi que era "filmada" pelo olhar de um cinquentão de terno, boa aparência e carregando apenas uma maleta. O homem veio em minha direção e, antes de dirigir-me a palavra, percebi facilmente suas intenções que expressas eram por seu olhar safado e por seu sorriso maligno.

Sofro de hipersexualismo leve, não é compulsivo, sou viciada em adrenalina, quando antevejo uma situação de sexo proibido ou com riscos, deixo a situação chegar a um ponto sem volta, é quando minha propensão exagerada para as práticas sexuais se manifesta. Minha meta principal é o prazer intenso e quanto mais adrenalina, maior o êxtase e orgasmos múltiplos. Além disso, sou exibicionista desde menininha, minhas roupas são naturalmente ousadas, adoro minissaias e blusas soltinhas caídas no ombro e batons expressivos e provocantes. Já fiquei irada outras vezes por me confundirem com garota de programa, porém, desta vez estava a fim de brincar e fingiria ser mesmo uma prostituta, caso sua abordagem fosse com este intuito.

Ele chegou pertinho e cumprimentou-me sendo bem simpático. Confidenciou que foi atraído pelo meu jeitinho de menina e pelo meu corpo de mulher. Seria um sonho poder desfrutar da minha companhia — foram suas palavras —. Teceu mais alguns elogios e convidou-me para um programa.

Gente! Se o coroa não tivesse proposto o encontro, eu o teria feito. Que homem charmoso, cheiroso e seguro nas palavras. Ainda assim decidi continuar com a brincadeira, mas não tinha nem ideia de quanto cobraria uma garota nesta situação. Enquanto tentava fazer um carão sensual e agradecia seus elogios, também raciocinava rapidamente para tornar verossímil meu papel de acompanhante. Achei que R$500,00 seria um bom preço por uma hora de sexo básico (sem anal). As despesas do motel também seriam por conta dele. Eu ainda estava levando aquilo como uma farra e julguei que ele negociaria quando ouvisse o preço, então pensei: não reduzo nem um centavo, se rolar, rolou.

No entanto, ele aceitou sem pestanejar. Aff! A adrenalina percorreu pelo meu corpo, tive a chance de desistir e correr naquele instante, ou mergulhar de cabeça em um jogo sem ao menos conhecer as regras.
Foda-se! Vou jogar. Pensei.
Perguntou onde fazia meus programas. Sugeri um motel — era um dos poucos que eu conhecia na região, e só de passar em frente quando estava em meu ônibus. Por fora era muito legal, parecia classe A —, ele chamou um táxi e partimos para o meu primeiro programa.
 
Adentramos a suíte e adorei o que vi, o interior combinava com o acabamento e detalhes do exterior, era mesmo encantador. Senti que iria adorar transar naquele ambiente que remetia ao pecado. O homem pediu algumas bebidas após consultar minha preferência.
Instantes depois não perdeu mais tempo; com a prática de um veterano começou a despir meu corpo beijando minha pele nua de pelinhos eriçados em razão do danado ter atingido os meus pontos mais sensíveis. O homem conquistou-me com suas atitudes carinhosas e seus elogios. O ajudei a libertar sua arma secreta, era um pau de respeito. Abocanhei a glande enorme e rosada o chupando, engolindo e antevendo o quanto sentiria de prazer ao ser penetrada por aquele membro. Ao seu comando, fui para cima dele e ficamos em posição de 69. Continuei fazendo o boquete enquanto sua boca sugou minha vulva e uma língua nervosa penetrou em minha fenda. Estremeci de prazer e fiquei duplamente enlouquecida, agarrada com as duas mãos em seu cacete e chupando com um apetite voraz. O mordisquei com moderação, mas minha vontade era morder ele todinho, que pau gostoso, que momento delicioso. Ahh! Gozei em sua boca e o homem não desgrudou do meu sexo. Sedento, ele sugou todo meu líquido de gozo. Acabei-me em gritinhos e curtindo meus orgasmos ainda o punhetando… Uii! Foi minha expressão de susto ao ser atingida no rosto por seus jatos de sêmen. Foi uma surpresa agradável. Aproximei minha boca e outros jatos atingiram meus lábios. O abocanhei sugando e sentindo as pulsações daquele nervo exposto.

Fui lavar meu rosto meladinho. Ao voltar do banheiro o vi sentado na cabeceira da cama, apoiado em travesseiros e com uma expressão bem safada. Punhetava levemente seu pau firmão protegido por uma borrachinha lubrificada. Isso deixou-me animada e louquinha de tesão.
— Vem linda, me deixa sentir você por dentro!
— Já que você insiste tanto — concordei em tom de brincadeira e um sorrisão no rosto.
Sentei por cima dele e delirei quando aquele membro grosso, e maior que outros já sentidos, deslizou alargando minha fenda e percorreu vagina adentro. Ohooo, transar com prazer é tudo de bom. Pensei sorridente enquanto saboreava aquilo tudo preenchendo meu sexo.
Viajei cavalgando sobre ele sendo golpeada por suas estocadas vigorosas, porém adocicadas por suas carícias. Fiquei molinha tamanho foi o êxtase.
O homem pôs-me de quatro — adoro assumir o papel de submissa — e pegou-me por trás penetrando a minha vagina a golpeando feito um maníaco. Caralho, foi muito louco, um momento único de delícias.  Estava quase desfalecida quando ele gozou enchendo o preservativo.

Ainda lembro quando tirou de dentro e ajeitou meu corpo deitando minha cabeça no travesseiro, tive a sensação de estar dopada, adormecida. O homem ajoelhou deixando minha cabeça entre suas pernas e roçou seu pau, quase molinho em minha boca. Sorvi saboreando as últimas gotinhas que saíram. 

Minha última lembrança romântica daquela noite foi a de sentir seu abraço, um beijo em meus lábios e ouvir algo safado dito com carinho. Depois fomos para a higiene, pagamentos e pegamos um táxi. Deixou-me na rodoviária e seguiu para o aeroporto, não sem antes anotar o número do meu celular em sua agenda e prometer que entraria em contato assim que retornasse a Campinas.


Este foi o meu primeiro programa pago, contudo, foi infinitamente melhor que os encontros amorosos que já tivera.

Claro que perdi meu ônibus e precisei comprar outra passagem.

Continua…

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