domingo, 1 de julho de 2018

Capítulo 15 - Tropa de Elite

5 de fevereiro, cinco dias depois de trabalhar na cama do seu Ramon e tendo o bode sinistro como espectador, eu voltei ao apartamento do cubano com a intenção de pagar o meu aluguel. No entanto, imaginei que economizaria mais essa grana quando o homem disse que me faria uma nova proposta. Não fui pega de surpresa, eu já havia presumido que minha estadia naquele condomínio mudaria a partir do momento em que transei com ele no último domingo. A negociação foi rápida desta vez, nos quatro últimos dias eu já havia pensado sobre as prováveis situações que enfrentaria nos dias seguintes e já tinha as respostas adequadas. Também refleti a respeito de possíveis consequências, mas não considerei a chance de dar ruim o lance com o cubano.
Sobre a nova proposta: Ele queria trocar o valor do aluguel por sexo. Por mim estava tudo bem, era o meu trabalho, o sexo era a minha atual fonte de renda. A nossa primeira vez foi difícil por estarem envolvidos outros valores, mas depois daquele dia, em que as cartas foram abertas, passou a existir uma certa intimidade entre nós e eu não precisava mais demonstrar falsos pudores. Nem esconder meu ofício de garota de programa.
Aquilo seria apenas um acordo comercial com envolvimento sexual e sem emoções, pelo menos seria assim da minha parte e esperava o mesmo da parte dele. Eu não pagaria mais os $600 dólares do aluguel, em contrapartida eu transaria duas vezes por mês com o tio cubano. Mesmo ele pagando o dobro do que cobramos em um programa de uma hora no restaurante não significava que seria um encontro de duas horas, poderia ser apenas quarenta minutos, ou uma tarde toda. Ou seja, não estabelecemos limites de tempo. Eu até poderia fazer-lhe um pouco de companhia em minhas visitas, seria a chance de usufruir daquelas bebidas maravilhosas da sua adega, hahaha. Mas falando sério, nada impedia que eu e o coroa tivéssemos uma relação de amizade.

Início de março
Fevereiro passou voando, o trabalho no restaurante prosperou semana após semana. Com o aumento contínuo da clientela, a prática da atividade se estendeu a outros dias da semana, inclusive noites de domingos. Passei a ganhar uma grana além das minhas expectativas iniciais. A continuar neste ritmo eu construiria um bom pé de meia que engordaria a minha conta bancária antes do meu retorno ao Brasil.

Geralmente as minhas folgas eram às segundas-feiras. De terça a quinta raramente ficava no restaurante durante as noites. Meu chefe (o Pepe) elaborou mais um serviço de acompanhamento noturno para alguns clientes exclusivos. Eram jantares em casas de shows em Miami Beach, Downtown e arredores. Eu, a Jasmim e outras garotas éramos as acompanhantes dos senhores distintos. Após degustarmos as delícias culinárias oferecidas pelas casas e depois do entretenimento cultural, era hora da diversão sexual, passávamos algum tempo em hotéis ou motéis satisfazendo os desejos da clientela Vip e caprichando no serviço para que as caixinhas fossem boas e o cliente voltasse sempre.

Foi em um desses jantares, em uma quarta feira sem graça, que casualmente encontrei o Carlos. Ele estava no mesmo restaurante que nós e deveria estar participando de alguma comemoração, eu supus. O policial estava em traje civil e acompanhado de vários homens e mulheres, as mesas estavam todas juntas e a conversa bem animada. Não havíamos entrado em contato nas últimas cinco semanas, uma vez que eu troquei o número do meu celular quando terminei com o Héctor e desliguei-me parcialmente das redes sociais. Fiz de conta que não o vi e fiquei sentada de costas para ele. Não queria que percebesse o tipo de envolvimento que eu e mais três meninas tínhamos com aqueles quatro senhores (nossos clientes). Contudo foi inútil, estava muito evidente.

Minutos mais tarde, um garçom colocou discretamente um papel em minha mão, um guardanapo. No mesmo estava escrito: "Por favor, Kamilnha, me ligue ainda hoje, é importante". Não reconheci a letra, mas reconheci o número do celular, era do Carlos. E só ele nos EUA me chamava daquele modo. Eu fiquei sem graça e assustada, pois já sabia qual seria o assunto (advertência sobre Prostituição e Crime). Com certeza ele queria prevenir-me dos riscos que estava correndo. Eu evitei olhar em sua direção, tentei agir naturalmente e continuei fazendo o meu trabalho de acompanhante.
Pelo menos no complemento da atividade daquela noite, que terminou na privacidade de uma suíte de motel, não precisei me preocupar com o olhar recriminador do policial.

Liguei para o Carlos somente na manhã do dia seguinte, acabara de acordar e ainda estava em minha cama. Ao atender ele foi breve nas palavras e não adiantou nada do assunto importante, só insistiu em falar comigo pessoalmente. Marcamos um almoço para o final de semana, seria quando ambos teríamos um tempinho livre. No domingo ele veio apanhar-me em casa, eu ainda dormia quando recebi sua ligação dizendo estar a caminho. Era meio dia, levantei cambaleando de sono, posto que fora dormir às 6h da manhã.
Meia hora depois eu estava pronta e o homem já estava esperando defronte ao condomínio. Fomos para sua casa e finalmente conheci seu amigo e também policial, Xavier, que ocupava um dos quartos da casa. Eu já conhecia o cara de tanto ouvir falar, além de amigo e parceiro em seu trabalho de policial, eram quase irmãos, segundo ele.
Como já era esperado, o papo que o Carlos queria levar comigo era sobre o meu trabalho de garota de programa. Vou resumir o que ouvi, já que a conversa foi longa. Enquanto a gente preparava o almoço e tomava um vinho, o homem da lei lembrou-me sobre a ilegalidade da prostituição nos Estados Unidos. Enumerou um monte de penalidades que eu poderia sofrer se fosse presa. Contudo, poderia piorar ainda mais, advertiu que eu havia me envolvido com bandidos que não dão o mínimo valor à vida humana, só dinheiro e poder importam a essa gente. As garotas de programa de todos os níveis, idades e nacionalidades são úteis enquanto dão lucro e não dão trabalho. Mesmo parecendo ser apenas um emprego, a maioria das garotas acabam virando escravas sexuais, são agredidas, drogadas e ameaçadas diariamente. Viram reféns dessa máfia e findam por trabalharem de graça para manterem-se vivas.
O papo foi produtivo, assustador e intimidador, sim, mas eu já estava ciente de boa parte daquilo e fiquei conhecendo um pouco mais sobre aquele submundo de Miami. Naquele instante falei que havia entendido, óbvio, e prometi sair do emprego o mais rápido possível. No entanto eu tinha uma dúvida e o questionei: se ele e outros da polícia sabiam quem eram os caras e o que faziam e onde faziam, por que a polícia não prendia os homens maus e fechava os lugares?
O policial não foi muito conclusivo e explícito, porém entendi o suficiente para saber que rolava uma quantia absurda de dinheiro naquele negócio. Os envolvidos eram pessoas poderosas e controlavam financeiramente os que deveriam fazer valer a lei, ao invés de fazerem vistas grossas e receberem suas propinas.
Prometi novamente que sairia fora daquele pessoal, só precisava de um tempinho para sair na boa. Nosso papo ficou mais leve e apenas nós dois continuamos a fazer o almoço, já que o Xavier havia saído para buscar o carro que deixou para lavar e prometeu trazer a sobremesa. Antes ele pediu para não comermos tudo, principalmente o meu famoso filé à parmegiana que já estava na fase final de preparo e pronto para ir ao forno.
Minha conversa com o Carlos mudou de rumo, quis saber mais sobre ele e o que andava fazendo. Conversamos sobre o seu dia a dia na SWAT, ele havia sido aprovado e já estava a algumas semanas em seu novo trabalho. Depois falamos sobre nossa primeira e mágica vez no quarto do hotel em minha chegada em terras americanas. O danado confessou que quase todos os dias revivia em pensamento aqueles momentos singulares em sua vida. Fiquei emocionada ao continuar ouvindo o homem dizer que se sentia culpado por eu estar envolvida com o submundo. Se ele tivesse investido naquela paixão que sentia por mim e não tivesse se afastado eu não teria sido vítima daquela máfia. Percebi que o Carlos ainda gostava de mim, fiquei feliz e toda manhosa. Há semanas que estava carente de afeto e de alguém que me trouxesse segurança. O Héctor era um ogro, mas ele preenchia um espaço importante em minha vida. Ficou um vazio em meu coração quando terminei com aquele galinha.
O Carlos chegou por detrás de mim enquanto eu arrumava a salada na travessa, abraçou-me e disse um monte de palavras de amor em meu ouvido. Derreti-me toda e também revivi a nossa primeira vez ao sentir seu pênis enrijecido por dentro de sua bermuda e alojado em meu rego sobre a minha saia. Ele mordiscou minha orelha e beijou levemente o meu pescoço por várias vezes. Virei lentamente abraçando aquele moreno gostoso e enorme o beijando cheia de desejos. Meu tesão foi a milhão enquanto estava recostada na beirada daquela mesa sentindo o meu corpo ser pressionado e amassado pelo dele. Suas mãos másculas penetraram por dentro da minha mini saia e a minha lingerie desceu rapidamente até os meus pés que foram erguidos um a um e se livraram da minha calcinha. Sua cabeça penetrou por debaixo de mim entre minhas pernas que se arreganharam na ansiedade de sentir sua boca em mim.
Deeeeus! Apoiei firme minhas mãos para trás para poder sustentar-me em pé. Senti em minha mão a polpa dos tomates que acabara de esmagar. As minhas pernas bambas mal conseguiam executar a tarefa de manter-me em pé, tamanho era o tesão percorrendo meu corpo. Meu parceiro pegou-me no colo e fomos para o quarto, antes ele teve a lucidez de desligar o forno, ou os meus filés a parmegiana virariam carvão.
Depois de minutos de volúpia com gemidos e um gozo louco, demos um tempo para respirar.
— Vou pegar o vinho pra nós. — falei após dar-lhe um beijo —  Já volto para o segundo tempo.
O gato sorriu e ficou esparramado na cama. Caminhei até a cozinha e enchi duas taças com o líquido vermelho e delicioso. Estava eufórica com os momentos vividos naquele quarto, queria continuar o quanto antes. Ao fazer o trajeto de volta ouvi o som de porta abrindo e uma voz animada:
— Hum! Que cheirinho bom.
Era o Xavier que entrara no mesmo instante em que passei da cozinha para a sala, pelada e com uma taça de vinho em cada uma das mãos. Eu não tinha muito o que fazer a não ser ficar vermelha de vergonha, dar um sorriso amarelo e lançar o meu olhar de garota marota. Continuei andando o mais rápido possível em direção ao quarto enquanto equilibrava o líquido precioso. A expressão do homem, depois de um "Uau", foi um misto de desejo e curiosidade, pois deu para perceber seu olhar safado tentando ver os meus mamilos protegidos pelas taças. No entanto, a periquita ficou completamente exposta. Continuei andando. Impossível negar que senti tesão pelo cara ao ter certeza que ele olhava para a minha bunda e babava, hahaha. Adentrei o quarto e fechei a porta com um movimento dos quadris, degustamos o vinho e tivemos mais uma sessão de "alto impacto" antes de voltarmos para a cozinha e terminarmos o almoço.

Continua…

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