sexta-feira, 20 de julho de 2018

Dormindo com o Inimigo

Minha mãe sofreu um acidente de carro em uma tarde de sábado quando voltava do trabalho. A princípio — após saber do ocorrido — chorei muito, pois ela ficou inconsciente por horas. Felizmente não foi grave, a pancada forte na cabeça só a deixou inconsciente, também sofreu algumas escoriações. O médico disse que ela teria que passar a noite em observação e receberia alta na manhã seguinte.

Que eu recordasse, nunca havia dormido sozinha em casa com meu pai, e não seria diferente naquele dia, já desenvolvia um plano em minha cabeça. Após saber que minha mãe estava bem, eu pensei em uma estratégia para dar uma fugidinha. Em meu colégio tinha um carinha que gostava de mim, Gustavo o seu nome, toda semana insistia para que eu fosse com ele a uma baladinha na casa do Vinícius, seu irmão mais velho. O irmão dividia uma casa alugada com alguns dos seus colegas da faculdade.
Eu já havia ficado algumas vezes com o Gustavo nas festinhas de aniversário que nossa turminha costumava fazer, mas nunca passou de beijos e algumas carícias mais íntimas quando possível, mas não chegamos a fazer sexo.
Não planejei ir à baladinha pra transar com ele, queria somente curtir algo menos infantil do que costumávamos frequentar. Obtive o consentimento da minha mãe para dormir na casa de uma amiga, já havia combinado com a minha cúmplice, digo, amiga por telefone e ela mentiria caso alguém ligasse para confirmar. Porém meu pai ficou muito contrariado ao saber que eu não dormiria em casa, captei sua frustração, o safado já deveria ter imaginando tudo o que faria comigo durante uma noite inteira sem testemunhas. Ele fingiu aceitar a decisão da minha mãe, do contrário começaria a levantar suspeitas sobre suas atitudes comigo — se é que minha mãe já não desconfiava de algo.
Fui para a casa da amiga, fiquei lá até dez da noite, foi quando o Gustavo ligou dizendo que estava me esperando em uma esquina próxima. Despedi-me da amiga, sai de fininho e fui pra baladinha.
Chegando na casa do Vinícius, pareceu-me que alguns dos seus colegas não gostaram muito da minha presença. Com exceção do Gustavo, todos os outros eram mais velhos que eu. Apesar da minha precocidade e jogo de cintura, no início fiquei bem deslocada, contudo, com o passar do tempo conquistei a simpatia do irmão, pois já era a terceira bebida, eu acho, que ele trazia pra mim. Já estava à vontade, de pilequinho e me acabando de tanto dançar. Notei que duas garotas não gostaram muito da atenção que o dono da casa dispensou-me, era notório o veneno emanando delas olhando continuamente em minha direção e dando risadinhas. Uma delas não me era estranha, porém não recordava de onde a conhecia. Pouco depois as duas subiram junto com dois carinhas, provavelmente para uma sessão de sexo em algum quarto.
Quanto a mim, dei o último gole na mistura de destilados que restava em meu copo.
— Aff! Já estou “lokona”e com fome — falei tropeçando nas palavras.
O Gustavo foi para a cozinha pegar algo pra gente comer. Eu avisei que estava indo ao banheiro. O Vinícius abraçou-me pela cintura e disse:
— Vem gata, eu te levo!
Eu só queria saber onde era, mas não quis ser indelicada recusando a companhia. Subimos as escadas para o andar de cima. Mesmo estando de porre percebi os outros carinhas rindo e zoando enquanto comentavam algo sobre novinha e abate.
O Vinícius entrou comigo no banheiro.
— Fica à vontade linda, eu ficarei de costas.
Acho que foi isto que ele disse, eu estava viajando de tão zonza. Sem importar-me com sua presença desci minha calça e calcinha e sentei no vaso para fazer xixi, aproveitei pra fechar e descansar os olhinhos de pálpebras pesadas… e apaguei, com certeza. Quando acordei estava debruçada no gabinete do lavatório, entorpecida pelo álcool. Lentamente fui percebendo a anormalidade da situação: minha blusa erguida, meus seios de fora, minha calça jeans e calcinha arriadas até os pés e, o mais sério, um pênis com preservativo penetrando minha boceta. Estava lerdinha, sem forças e não consegui livrar-me de um par de mãos fortes que segurava em minha cintura. Aquele membro deslizou pra dentro de mim e fez uma pausa quando tocou em meu hímen complacente. No início pensei que fosse o Gustavo e fiquei indecisa por alguns momentos decidindo se relaxava e deixava rolar curtindo o momento, ou se reunia forças e dava uma cotovelada para tirá-lo de dentro de mim. No entanto, percebi que não era quem eu pensava, pois ouvi a voz do Gustavo do lado de fora do banheiro, chamou o irmão desesperadamente dizendo que o meu pai veio me buscar. Só então levantei a cabeça e pelo reflexo do espelho vi que estava sendo abusada pelo Vinícius. Ele tirou rápido de dentro e eu apavorada busquei forças para recompor-me rápido, minha preocupação momentânea era meu pai. O Gustavo, em pânico mais que eu, chamou novamente no mesmo instante em que o Vinícius abriu a porta do banheiro. Ele perguntou alguma coisa sobre o que estávamos fazendo ali, eu não estava entendo muito, no momento só pensava o que diria para o meu pai que estava lá embaixo.
Descemos, e após papai falar um montão e ameaçar os carinhas, arrancou-me da festa. No carro, bêbada e praticamente apagada, não entendia o que ele dizia, mas sabia que era bronca. Quando paramos na garagem de casa, ele teve que levar-me escorada, eu tropeçava em minhas pernas tentando caminhar. Na sala pegou-me nos braços e carregou-me escada acima. Inocentemente até pensei que ele iria deitar-me em minha cama, mas ele entrou no quarto deles e colocou-me sentada na beirada da cama do casal. Eu estava zonza demais e minha cabeça pesava uma tonelada, enquanto ele tirava os meus sapatos, eu deixei meu corpo cair na cama, ia dormir ali mesmo pensei. Assustei quando ele começou a tirar minha calça, queria o mandar parar, mas eu mal conseguia falar e não tinha forças para nada. Ele disse algo sobre um banho frio, tentei dizer pra ele ir sozinho, pois eu queria dormir, mas cadê a voz? Quando dei por mim já estava sem a calça, blusa e só de calcinha, ele pegou no cós para tirá-la, eu segurei forte com as duas mãos dizendo não seguidas vezes.
Minha próxima lembrança é a de acordar estremecendo de frio e sentindo uma água gelada em meu corpo, ainda estava agarrada à minha calcinha e só a soltei para tirar o cabelo molhado do meu rosto; estava com dificuldade para respirar debaixo daquela água fria. Aquilo durou uma eternidade, por várias vezes tentei, sem sucesso, sair dali.
Finalmente ele desligou o chuveiro e cobriu-me com a toalha, colocou-me em pé sobre o tapetinho de pano e ficou por detrás de mim segurando-me enquanto enxugava meu corpo. Eu ainda estava de porre, todavia percebi o safado me encoxando, amassando meus seios, xoxota e aproveitando ao máximo minha situação.
O tarado pegou-me no colo levando-me de volta pra cama.
— Quero ir pro meu quarto! — balbuciei.
— Calma anjinho, relaxa, dorme aqui com o papai.
Não adiantaram minhas negativas e tentativas de sair da cama, porém ele estava sendo carinhoso, cobriu-me, apagou a luz deixando só o abajur aceso. Recusei seu beijo por mais de uma vez e virei de costa para ele que sem forçar a barra, tentava vencer-me com carícias – adoro receber carinho – Alisou muito meu corpo e dizendo palavras de afeto, eu dormi.
Não sabia se sonhava ou delirava, senti uma boca na minha e dessa vez não resisti e correspondi ao beijo, abracei papai pelo pescoço, senti seu abraço forte e só então percebi que o safado estava pelado. Fiquei arrepiada quando seu corpo roçou no meu e seu membro foi se instalando entre minhas coxas. Suas carícias ficaram mais quentes, sua boca saiu da minha e foi descendo enquanto ele soltava a toalha do meu corpo para abocanhar meus seios na sequência. Ahaa! Eu vivi um conflito entre fugir daquele quarto ou finalmente entregar-me ao meu pai, não sabia onde terminava o medo e onde começava o meu tesão. Estava na dúvida de como reagir, porém teria que ser rápido, uma vez que minha calcinha já havia passado pelos meus pés e estava de perninhas dobradas e abertas e o meu corpo começando a estremecer de prazer ao sentir sua língua remexendo dentro da minha vagina. Ai Deus! Não vou resistir, pensei censurando-me. A penetração aconteceria em instantes.

De repente tudo veio ao mesmo tempo em minha cabeça, os flagras que dei em meu pai com outras garotas, sua falta de respeito comigo e minha mãe… e tudo mais. Fiquei com raiva e tesão, e mesmo doida pra transar com ele, não permitiria que me comesse naquela noite. Enquanto demorava travando minha luta interna, ele tirou a boca do meu sexo e se ajeitou por cima de mim com seu membro latejando de duro e forçando a entrada da minha boceta.
— Espera um pouco papai! — falei com voz ansiosa — eu vou vomitar.
Sai de baixo dele meio na forçada e enquanto ele pedia que eu fosse ao banheiro do quarto do casal, eu corri para o meu quarto e tranquei a porta com chave. Em segundos ele estava batendo na porta, falei que só abriria quando minha mãe voltasse, ele ameaçou de arrombar, falei que faria um escândalo e ligaria pra polícia — ligaria nada, só queria manter ele longe de mim naquela noite — e consegui, não rolou mais nada, porém tive que fazer xixi em meu vaso de flores, hahaha.
Pela manhã ele voltou a bater na porta, acordei assustada e com uma dor de cabeça da porra. Ele disse que estava indo para o hospital buscar minha mãe, antes queria fazer um trato comigo: ele não falaria nada pra mamãe que eu fui retirada bêbada de uma festa para adultos. Em contrapartida, eu não contaria que ele tentou me estuprar. Não foi bem assim que ele falou, mas foi o que aconteceu na verdade. Enrolei mais uma hora antes de sair do quarto, ainda deitada lembrei-me de onde conhecia a garota da festa, ela era atendente em uma lanchonete defronte ao prédio em que meu pai trabalhava. Com certeza foi aquela vadia que ligou pra ele me dedurando.

Fim

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