sexta-feira, 6 de julho de 2018

Capítulo 20 - O Cruzeiro das Ninfetas

Extra oficialmente aquele Cruzeiro era conhecido como Nymphs' Cruise (Cruzeiro das Ninfas), considerando-se que a maioria daquelas garotas aparentavam 15 anos no máximo, no entanto eram todas maiores de 18.
Quanto aos passageiros: eles pertenciam a um grupo de homens de gosto refinado, alguns bem-nascidos e aparentemente todos sem problemas financeiros. Pagavam um valor alto pelo cruzeiro 6 estrelas. No entanto, não bastava apenas possuir dinheiro para participar, a brincadeira requintada não era para todos, o status financeiro contava pontos e era levado em consideração, ainda assim era um grupo fechado e havia uma seleção rigorosa feita pelos organizadores.

A respeito das expectativas dos homens desse grupo seleto: a meu ver, não diferenciavam em nada dos caras de Cruzeiros sexuais considerados econômicos. Os financeiramente privilegiados também só queriam se dar bem, contudo, sem terem o trabalho da conquista, já que o valor pago incluía mais uma exclusividade: a facilidade e submissão de lindas garotas, intituladas "recepcionistas de bordo ".
As garotas eram jovens de fino trato, muitas ninfetas de aparência frágil e algumas do tipo mulherão. Com certeza aquele time agradaria a todos os integrantes daquele grupo de lobos famintos por sexo, visto que todas foram agraciadas por Deus com beleza, delicadeza, graça e talento na arte de satisfazer sexualmente seus parceiros. Tá bom! Elas eram prostitutas, sim, todavia eram de Luxo.
A "putaria marítima" tinha algumas regras, porém era quase um vale tudo tipo: dois ou mais contra um; também o Swing; e não poderia faltar o Grupal, ou seja, a tradicional Suruba.
Nós, garotas, recebemos um valor fixo para ficarmos à disposição de todos. Batalhar por boas gorjetas era o plano para aumentarmos consideravelmente este valor. O objetivo era chegarmos ao final do cruzeiro com uma boa quantia em dólares. Sabíamos que se fôssemos mais flexíveis com as regras comuns que regem as relações entre acompanhantes e clientes, ou seja, abrindo algumas exceções e atendendo a pedidos especiais dos caras, poderíamos conseguir algumas gorjetas significativas.
Eu e as outras dezenove garotas não tínhamos a mesma relação empregatícia dos outros tripulantes, embarcamos como se fôssemos passageiras normais, contudo estaríamos subordinadas à gerente (Emma) e aos outros superiores.
Enquanto esperávamos que todos viessem a bordo, eu e outras meninas fizemos companhia a alguns cavalheiros que estavam em um dos Lounges do navio, um lugar confortável com sofás aconchegantes, iluminação de boate, decoração sensualmente sugestiva e música suave. Tudo isso era o combustível ideal para que homens e mulheres chegassem rapidamente ao ápice das intimidades amorosas. Barmans com seus coquetéis deliciosos tornavam o local um dos preferidos da embarcação.
Homens ansiosos e apressados começaram a festa ainda no porto. Estávamos todos na ociosidade mesmo, para que esperarmos até o navio zarpar para começarmos o rala e rola, né?
Acompanhei um cavalheiro em um drink e pouco depois sai abraçada com ele em direção à sua cabine que acabara de ser liberada. Não contive um "Uau!" ao vislumbrar o interior do aposento, era luxo, modernidade e conforto em um ambiente enorme com quarto e sala. Ainda tinha uma varanda privativa onde poderíamos transar tendo apenas o mar como testemunha, amei demais, assim como o frigobar recheado de bebidas finas e outros mimos.
O cara que na presença dos demais representava um papel de mandão e prepotente, mudou depois de estarmos na intimidade dos seus aposentos, surpreendeu-me mostrando o seu lado romântico e de amante experiente. O homem despiu-me com calma e descobriu um a um dos meus pontos mais sensíveis enquanto acariciava e tocava o meu corpo com maestria. O quarentão não era tipo delicinha, no entanto sabia ser amoroso e viril dosando afagos com pegadas fortes na proporção exata. São raros os momentos em que encontramos um parceiro possuidor de uma química que harmonize com a nossa nos fazendo flutuar durante uma transa comercial. Nem percebi as horas passarem enquanto a gente se pegava em vários lugares daquela suíte, inclusive na varanda onde apimentou mais a atividade de alto impacto com a expectativa de sermos vistos. Só então me dei conta que já começava a anoitecer e navegávamos em alto mar. Queria tanto ter assistido a nossa partida do porto estando em um dos convés, pensei comigo. Depois pensei melhor, talvez não fosse uma boa ideia, correria o risco de ser identificada por algum "espião".
Meu parceiro pediu para que eu dormisse com ele naquela noite. Expliquei sobre o meu contrato com a chefia, pelas regras teria que circular e dar atenção a todos os outros passageiros, mas eu poderia ficar com ele mais tarde. Também precisava passar na minha cabine que eu nem conhecia ainda e desfazer a minha mala. Ele fez cara de frustrado. Vishi! Será que eu já fiz alguém se apaixonar e terei problemas logo de cara? Pensei. No entanto ele foi super cavalheiro e disse que esperaria até mais tarde para ficarmos juntos novamente. Fiquei animadíssima com a caixinha que ganhei, foi um bom início de trabalho.
Não curti a minha cabine, era quase um cubículo e na parte interna, não saberia se era noite ou dia, já que não tinha janela. O espaço ainda era dividido com outra garota, isso era bom, fofocamos e trocamos informações sobre os caras em nosso cantinho privado. Entretanto a frustração seria minimizada pelo fato de só nos dirigirmos ao local para trocarmos de roupa e cuidarmos da aparência. As duas camas de solteiro praticamente não seriam usadas, uma vez que dormiríamos um pouco aqui e outro tanto ali nas camas dos homens. Chega uma hora em que eles também têm que dormir, pois ninguém é de ferro, né? Ainda nos restariam as espreguiçadeiras à beira das piscinas para tirarmos uma sonequinha rápida em alguns momentos.

A grande atração noturna daquele cruzeiro só tinha suas portas abertas após o jantar, ali ficava o "Little Angels", um cabaré com cantoras extrovertidas e cheias de sensualidade. No palco elevado também se apresentavam dançarinas em trajes menores que aos poucos ficavam nuas durante o strip-tease que contava com a participação de alguns dos caras mais animados da platéia. Sobre o palco daquele pequeno cabaré marítimo, o show chegava ao auge com danças maliciosas e cenas de erotismo entre duplas femininas. O clima de pecado era complementado pela fuck music e um ambiente à meia luz. Mesas com homens acalorados rodeavam o palco enquanto meninas atenciosas circulavam entre eles distribuindo carinho e estimulando os cavalheiros a consumirem cada vez mais as bebidas premium, ou seja, executavam todo o procedimento de rotina para que mais dólares ficassem no navio ao final do cruzeiro, desse modo engordaríamos o lucro da casa e a porcentagem sobre a consumação que seria rateada entre nós.
O clima de affair perdurava a noite toda. A cada minuto garotas em companhia de um, dois ou mais rapazes, se dirigiam para outros pontos daquele andar do navio e a orgia acontecia na privacidade de cabines enormes preparadas especialmente para tal acontecimento.
Aquele passeio não poderia ser comparado a alguns tipos de cruzeiros para solteiros onde jovens, e outros nem tanto, de ambos os sexos, só querem se arrumar e não estão interessados na parte cultural da viagem e nem dispostos a pagar por tamanha sofisticação.
Os homens do navio de luxo estavam na faixa dos 40 anos e com a vida financeira resolvida. Eles pagavam para gozar do serviço personalizado: o navio tinha quase um tripulante por passageiro, refeições íntimas servidas na cabine, bebidas alcoólicas premium e vinhos finos, cozinha internacional de chefs modernos e certificados. Estas eram apenas algumas das exclusividades do cruzeiro e o privilégio era para apenas 80 passageiros.
A parte mágica do passeio foi aportar em ilhas paradisíacas com direito a praias privativas, além da diversão, também deu para respirar um pouquinho, já que os homens se ocuparam fazendo compras, praticando mergulhos ou alguma outra atividade marítima. Muitos foram conhecer a cultura local, porém retornaram para o navio cheios de energia e animados. Não sei o que eles tomavam para estarem sempre dispostos a cada minuto do passeio, dava gosto de ver como faziam valer a pena o dinheiro investido. Imagino que muito "energético" fora consumido para manter aquela tropa sempre na ativa. Principalmente no dia em que não parávamos em porto nenhum, navegávamos dia e noite e os homens se divertiam somente dentro do navio. A gente trabalhava pra caramba nesses dias porque os caras não eram muito de curtir as áreas esportivas da embarcação. Lounges, bares, sala de massagens e cabaré eram os locais preferidos. O projeto de arquitetura e decoração desses ambientes foram preconcebidos para induzir ao erotismo e, obviamente, tudo acabava em sexo. Eram horas seguidas de muito trabalho, em contrapartida aconteciam algumas transas inesquecíveis, contudo eu não saberia afirmar com segurança se alguns caras eram mega amantes por terem pegadas tão gostosas ou se era o balanço do navio em um mar por vezes agitado que propiciava aqueles momentos de volúpia.

Continua…

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