quinta-feira, 26 de junho de 2025

Almas Gêmeas - Parte 7

Assédio Canino << NO INÍCIO DA NOITE da primeira segunda-feira após o teste de modelo, iniciava o meu treinamento no ateliê.

Os alunos de artes plásticas estudavam no piso térreo, as aulas terminavam às 18h e não havia atividades noturnas. No meu caso, o trabalho, que era chamado de treinamento remunerado, era no piso superior. Iniciava às 18h30 e terminava às 21h. Pelo menos, era esse o combinado.Acompanhei o mestre Vilânio até o setor privado, no segundo piso, onde eu teria o treinamento noturno. Era anexo ao mezanino do teste inicial, o qual era recheado de artes obscuras e amedrontadoras. Uma divisória contendo uma porta trancada, separava completamente os dois ambientes. Ele abriu e entramos no salão de uns 10x5m, aproximadamente. Observei as diversas telas de pintura ainda em execução, sustentadas por cavaletes. Reconheci o divã usado no meu teste, também os equipamentos de foto e vídeo.As imagens, tanto das telas, quanto das pintadas diretamente nas paredes, eram no estilo do mezanino, ou seja, impressionantes e assustadoras.

O Quarto Secreto

A obra de arte produzida na parede dos fundos da sala privada, era a imagem de um mundo apocalíptico: seres medonhos sob um céu escuro com descargas elétricas e superfície em chamas. Era um massacre de corpos humanos de todas as idades, gêneros e raças; corpos esquartejados, esfacelados e muito sangue jorrando. Um verdadeiro genocídio praticado por criaturas repulsivas e de proporções fantásticas, impiedosas e extremamente violentas.

Havia uma porta de correr — imperceptível para leigos como eu —, escondida num canto da parede.Antes de abrir, o homem lembrou-me do pacto de confidencialidade acordado entre nós, ou seja: absolutamente nada sobre aquela ala superior poderia ser divulgado para terceiros. O mestre Vilânio abriu a porta e adentramos o quarto secreto.O pé direito também era muito alto, mas o ambiente de uns 10x10 metros, era diferente dos demais: semelhante a uma igreja, mas também poderia ser um teatro, em razão do altar posicionado no centro do salão, sobre um palco redondo. As duas únicas janelas, enormes e situadas na parede dos fundos, cada uma coberta por um espelho tão grande quanto, lembrava uma sala de interrogatório.Entre os dois espelhos havia um balcão, tipo camarote de teatro, cerca de dois metros acima do piso. Poderia acomodar umas dez pessoas. Essa parte (palco e balcão) era semelhante ao salão do curso de teatro do instituto. As exceções eram os espelhos e o altar.Senti odores misturados, prevaleceu o de incenso.A divisória atrás de mim (por onde entramos), era outra obra de arte gigante, com um tema tão ou mais herege que as anteriores, retratando um mundo sinistro. O professor sugeriu que nos afastássemos alguns metros para observarmos melhor a pintura.
Fiquei impressionada com o trabalho brilhante e repleto de detalhes. Não saberia dizer se era sagrado ou profano. A imagem era impactante: um lugar de árvores secas, negras e fantasmagóricas. Acima, uma névoa cinza e fosca. No centro da imagem havia pessoas maltrapilhas semelhantes a mortos-vivos, humildemente sentadas no chão e formando um semicírculo em volta de uma moça nua com um véu na cabeça. O tecido branco harmonizava com o corpo jovial e lhe dava uma aparência angelical.
Um homem de meia-idade e expressão dura no rosto, trajava uma capa negra de forro vermelho e um chapéu (mitra) usado pelos bispos. Posicionado por detrás da jovem, era como se a guiasse em direção a uma entidade sem muita nitidez, um ser nebuloso, dando a impressão de ter vindo do além.
Aquilo tudo, na minha imaginação, remetia a um ritual satânico, cujas oferendas humanas eram oferecidas em sacrifício.

Enfim, no meu primeiro dia de ambientação, apreciei muitas obras de arte, mas não faltaram conversas e orientações: não poderia comentar com ninguém sobre os detalhes do treinamento, era terminantemente proibido fazer fotos ou vídeos, assim como portar qualquer equipamento do tipo no interior do ateliê.
“Tanto segredo só por causa das obras de arte? Claro que, não.” Ali havia segredos similares aos encontros místicos frequentados pelos meus pais e pelo tio Agenor, imaginei. Contudo, continuaria na minha, evitando arrumar encrenca.

Dia seguinte, terça-feira.

Antes de iniciar o trabalho daquela noite, o professor pegou a garrafa térmica e duas xícaras.
— Essa é uma rotina necessária, faremos isso todos os dias.
— Mestre, por que precisamos tomar esse chá?
— Ele abre nossa mente e coração, fazendo fluir somente as energias boas e dando mais inspiração. No seu caso, também a deixará solta, desinibida e permitirá que assimile melhor seu treinamento.
“Nossa! Isso parece propaganda daqueles remédios ‘milagrosos’ anunciados na TV.” Pensei sem demonstrar emoção.
Instantes após, fiquei nua, ou quase, mais uma vez, vestindo somente a túnica transparente. Doravante, ele seria o meu uniforme de trabalho.
Deitei de lado no tapete de grama sintética, a cabeça elevada com o apoio do braço direito, pernas ligeiramente dobradas, bumbum para cima e de costas para o artista.
Amir (o cão) ficou sentado à minha frente, como se conversássemos. Na verdade, eu falava mesmo com o bicho arredio, mandando ele ficar quieto. Mas o teimoso não conseguia ficar parado por mais de cinco minutos.

O cachorro saiu duas vezes da sua posição e veio cheirar minhas partes íntimas. A displicência do seu tutor ao ralhar com ele, parecia um incentivo e, não, uma bronca. Todavia, o coroa foi duro ao ralhar comigo, por sair da posição. Eu saí ao evitar ser enrabada pelo Rottweiler, o tarado havia montado em mim, com seu pintão vermelho e duro. O bandido cutucou minha vagina por cima da renda. Fiquei envergonhada, olhando a cara do homem, como se o questionasse: “O que o senhor queria que eu fizesse? Esse tarado estava me penetrando com túnica e tudo.” Só pensei, não falei, pois já sabia qual seria sua resposta: “Você precisa interagir mais com o Amir, Gisele.”
Fiquei arrepiada quando, enfim, decifrei o real significado da palavra “interagir”, dita inúmeras vezes pelo professor. Sem metáforas, seria: transar com o cachorro. Eita! Meus pelinhos ficaram completamente eriçados; não saberia dizer se foi por repulsa ou por tesão.
O restante da última hora de trabalho prosseguiu sem o cachorro. E as atividades da noite seguinte não favoreceram muito o assediador de quatro patas, ou seja, o peludo não teve a oportunidade de montar em mim.
Sim, eu percebi o interesse do homem na minha “interação” com o cachorro, no entanto, ele não forçava a barra, talvez deduzindo que aconteceria naturalmente com o passar dos dias. Será?

Na quinta-feira, o mestre Vilânio saiu, devido a outro compromisso, fui dispensada das atividades no ateliê. Fiquei imaginando se ele também participava daquela famosa reunião mística.

Sextou. Cheguei ao ateliê e fui recepcionada com uma xícara cheia de um chá mais escuro e amargo do que os anteriores (o mesmo, diariamente afirmado por ele, ser apenas um desinibidor natural). No entanto, aquilo foi uma porrada no cérebro com efeito imediato. Perdi o contato com a torre, minha mente parecia navegar em outra dimensão, assim como o meu corpo, tomado pela sensação de estar flutuando.

Repetindo o ritual dos últimos dias, fiquei nua e vesti a rendinha transparente. As atividades aconteceriam na sala secreta. A ideia era representar uma moça sendo sacrificada. Deitei no altar cenográfico, fui iluminada pelos refletores e era observada através da lente do artista. Fiz poses e expressões que posteriormente seriam reproduzidas em telas e transformadas em realismo fantástico. Tudo isso seria feito através dos pincéis, tintas e a capacidade artística do mestre.

A segunda parte do trabalho daquela noite foi mais divertida, talvez tenha sido pelo efeito da bebida que era obrigada a tomar, e por eu já estar totalmente desinibida e à vontade com as brincadeiras atrevidas do Rottweiler. Nossa farra era registrada em vídeo e, conforme a “interação” foi ficando mais ousada, me deixei levar. Tirei a túnica a pedido do professor, evitando que o Amir rasgasse o tecido delicado.
Sentia-me uma fêmea, parceira do cachorro, sentindo sua língua em meu corpo, no entanto, impedindo suas tentativas de penetração. Eu tentava compensar sua frustração punhetando seu pinto. Ele parecia adorar esse tipo de carinho feito de maneira delicada.
Ganhei a aprovação do coroa.
— Muito bem! Era essa interação com o Amir que eu esperava de você, Gisele.
— Eu não sinto mais vergonha das brincadeiras desse taradão — falei ao afagar a cabeça do cachorro safado.
— Sim, você entendeu qual é o espírito. Peço que continue se esforçando e não tenha receio de ousar mais, só assim conseguiremos fazer desse trabalho um grande sucesso.
— Prometo dar o meu melhor, mestre.
O cachorro latiu e parecia entender tudo ao fazer festa comigo.
— Olha isso! Esse peludo está mesmo apaixonado e quer continuar o namoro — disse ele.
— Calma, meu amor, eu volto amanhã pra gente brincar mais, tá bom?

Passava muito do meu horário habitual, quando saí do ateliê com o tesão a milhão. “Caraca, mano! Se eu ousar mais, daqui a pouco estarei chupando o pau desse cachorro. Esse chá está me enlouquecendo, preciso tentar focar só no treinamento.” Pensei, sorrindo e ainda parcialmente afetada pela bebida desinibidora.


A Escalada da Perversão

<< HOUVE UM TEMPO quando meu tio Armando também costumava desinibir-me com bombons de licor. Eu não ficava embriagada após comer meia dúzia deles, mas ficava facinha e, como agradecimento e interesse futuro, fazia suas vontades.

Também era fácil eu cair na conversa do meu tio, quando ele dizia estar apaixonado por mim e mentia prometendo coisas improváveis:
— Sábado vou te levar na arena Corinthians para assistir Brasil x Peru.
— Jura?
— Mas guarda esse segredo contigo, amanhã a gente conversa e combinamos certinho, tá bom?
Naquele ano, acontecia uma edição da Copa América no Brasil. Fui muito tonta em acreditar que ele conseguiria ingressos.
Ele, mais uma vez, havia me abordado ao final das aulas, numa esquina próxima, fingia ser coincidência o encontro, pois eu costumava estar acompanhada de uma amiga. Ela pegava a carona comigo e descia um pouco antes da minha casa.

Quando ficava sozinha com o safado:
— Está de folga de novo, tio?
— Eu sou patrão, me dei folga só para ver você, minha amada.
— Tio, tio… Isso ainda vai dar ruim.
Ele amenizava a situação de perigo e eu pulava de cabeça no encontro arriscado, posto que estava curtindo nosso lance.
Fomos para a casa dos meus tios. Na época, era ao lado da nossa, ambos sobrados. No interior da garagem, ele me roubou um beijo, que eu morri de medo ao participar da imprudência, imaginei pares de olhos nos vigiando por frestas de janelas, apesar dos vidros escuros do veículo.

Óbvio que só entrei na residência porque a tia Neide estava trabalhando e o primo Vitor na escola. Com a casa só para nós, e no quarto do casal, ele esperou apenas eu me despir e já começou com os beijos e a me chupar todinha.
A seguir, dava aulas de como eu deveria chupar seu pau. O negócio era difícil de abocanhar e fácil de engasgar, ainda mais quando ele bancava o rude e autoritário.
Nesse dia, o homem queria mais, e as coisas esquentaram durante um beijo longo e muito safado. Com ambos nus, deitados de ladinho e seus braços me mantendo prisioneira e coladinha ao seu corpo, ele enroscou suas pernas entre as minhas e roçou seu pinto na minha boceta. O meu tesão chegou ao teto com um contato tão extremo. Porém, o terror bateu forte ao sentir a cabeça da coisa abrindo caminho em minha fenda.
— Nããão, tio! — sussurrei apavorada, no entanto, submissa e com a libido a mil graus.
Quando ele enterrou um pouco mais, eu não aguentei…
— Ai! Para, tio, tá doendo muito.
— Relaxa, princesa, que a dorzinha fica gostosa e vira prazer.
— Tá machucando, é sério, para, pelo amor de Deus! E se eu ficar grávida? Meu pai me mata.
— É… Tá certo, é melhor prevenir. Vamos deixar para outro dia, trarei umas camisinhas.

Agradeci aos céus por ele segurar a onda, mas a putaria prosseguiu só com língua e dedos. Para finalizar, iniciou a brincadeira que aprendi a amar: eu deitada sobre ele, saboreando seu pinto entre minhas coxas, roçando no meu sexo até ele gozar sobre minha bunda. Porém, ficava morrendo de medo daquele pinto em contato com meu rego lambuzado de porra. E se de repente ele aproveitasse a oportunidade e enfiasse aquele monstro no meu cu lisinho e inteiramente à sua mercê? Ele me rasgaria inteirinha.

Após me limpar, peguei a calcinha e o uniforme, dobrado e arrumadinho sobre a cômoda. Passei a usar esse artifício antes dele começar a me apalpar, em razão do ocorrido no primeiro encontro após as aulas: o sem noção havia deixado a minha roupa toda amarrotada e resíduos de sêmen na minha saia. Por sorte, percebi a tempo de deixar em ordem, antes da mamãe chegar em casa.

Saí pelos fundos — os dois quintais são separados por um muro, mas ligados por um portão.

O sábado passou e, como sempre, ele não cumpriu a promessa, não me levou ao jogo. Mas tentou compensar com sorvete e bombons. Eu era muito inocente, a ponto de continuar aguardando ansiosa a sua carona nas semanas seguintes, com a intenção de irmos nos divertir em seu quarto no início da tarde.

Continua.

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