<< INICIAVA OUTRA SEMANA e o professor exigiu meu empenho também nas aulas técnicas de desenho e pintura, mesmo vendo que eu não teria futuro nessa arte. Não profissionalmente, pelo menos. Ainda assim, precisava aprender o básico para poder justificar a minha presença no estúdio privado, posto que o verdadeiro motivo deveria permanecer em segredo.
Mas se me faltava talento suficiente para seguir profissionalmente nas artes plásticas, sobrava-me na arte da fornicação. Voltei a brincar com o Rottweiler na quarta-feira, no tapete de grama sintética da ante-sala. Ele é muito danado, quase me levou ao gozo com sua língua abusada. Tirei-o de cima de mim algumas vezes, enquanto o mestre Vilânio trabalhava em sua tela, contudo, registrando tudo em vídeo através da câmera montada sobre o tripé. Ele não escondia sua ansiedade por um desfecho de “zoo perversão”.
Eu provocava o Amir ao permitir que chegasse na “boca do gol”, mas sutilmente me colocava em posição que impossibilitaria sua penetração. Em seguida, eu acalmava e consolava o bicho mediante carícias, finalizando com a masturbação que ele tanto adora.
Aqui é Esparta!
Sexta-feira, 20 de maio, dia de atividades na sala secreta. O artista conferia a filmadora profissional, a câmera fotográfica e os refletores, todos montados em tripés, formando um semicírculo em volta do palco e mirando o altar.
Enquanto isso, eu brincava com o Rottweiler assanhado.
— Hmmm… Tá tão “chelozo”. Tomou um banho “gotoso”, né, seu bonitão? — O Amir ficava excitado quando eu acariciava seu pelo e falava com ele imitando uma criança.
— Cortou até às unhas, esse safado — disse o mestre.
— Uia! É mesmo. Tá chique demais, esse meninão!
Aproveitei a descontração do professor:
— Mestre… Posso fazer uma pergunta?
Seu olhar foi de reprovação e aborrecimento, porque perguntas não relacionadas diretamente com o trabalho não eram bem-vindas.
Sem dizer nada, agitou a mão, dando a entender que eu deveria falar rápido.
— Essa moça também era aluna do instituto? — falei apontando para a imagem da divisória, o qual aparentava ser um ritual de oferenda humana.
— Sim, senhora. Ela também cursava o colégio técnico.
— E cadê ela?
— Você disse que era uma pergunta — falou em tom desaprovador.
Minha carinha de acanhada e inocente deve ter sensibilizado o professor. Ele respondeu mais calmo.
— Ela concluiu o colégio e conseguiu vaga num curso superior no exterior. — Vamos trabalhar agora?
Engoli de uma vez o líquido amargo para não sentir o gosto. Posicionei-me no palco, ajoelhada em frente ao altar. As luzes do teto foram apagadas, tornando-me o centro das atenções, iluminada por refletores de LED.
Aquela foi só uma das várias noites das quais ficaria muito louca. Era desconcertante o efeito causado pela nova versão da bebida alucinógena: batia no cérebro, causando um estado de sonambulismo. De repente, eu vagava em meio à neblina e atravessei um portal para um mundo fictício, de um céu escuro, relâmpagos sem trovão e duas luas cheias enormes. O caminho à minha frente parecia levar para a borda de um abismo, como se a terra fosse plana.
Fiquei apavorada ao avistar um urso enorme subindo pela borda e vindo na minha direção. Quis correr, mas não consegui levantar, então tentei engatinhar, mas por mais esforço que fizesse, eu mal conseguia sair do lugar.
O inevitável aconteceu, o urso chegou por trás de mim, senti seu calor cobrindo meu corpo e algo pontiagudo tocando a minha vagina. Desabei devido ao seu peso em cima de mim. Foi providencial, uma vez que a posição tornou inviável o coito, fazendo o bichão choramingar de frustração. Mas logo senti seu nariz molhado em minhas coxas, fungando e penetrando por dentro da túnica até alcançar meu sexo. Ah! O prazer foi absurdo ao ser aquecida pelo seu hálito quente, enquanto ele lambia desesperadamente as minhas partes íntimas. Caraca! Com o tesão louco que sentia, cheguei ao gozo em instantes e perdi de vez a razão, multiplicando o desejo de ter meu corpo possuído pela criatura.
Livrei-me da vestimenta e fiquei de joelhos, nua e defronte ao altar dos sacrifícios. Como se conversasse com o divino, pedi perdão por priorizar o prazer carnal, apesar de saber o quanto era indigna de perdão, porque continuava com o desejo insano de transar com o animal. Olhei ligeiramente para trás ao pressentir que o urso daria o bote. Porém, fui surpreendida pela figura de um homem, ao invés do animal. Na minha mente, era a imagem do rei Leônidas de Esparta: grande, incrivelmente forte, todavia, peludo como um urso. A robustez do seu corpo assustador e a sua aparência temível, eram amenizadas pelo seu olhar sedutor.
Seu ataque foi imediato, um arrepio percorreu meu corpo ao ver o brutamontes partindo em minha direção, “armado e perigoso”. Era bizarro aquilo que ele tinha entre as pernas. A sensação foi de pavor, a ponto de ficar tentada a correr. Mas como se não fosse dona das minhas vontades, deitei braços e cabeça sobre o piso do palco e fiquei de quatro como uma cadela, com a bunda empinada e as pernas abertas. De olhos fechados, eu aguardei, temerosa e submissa, apenas frações de segundos antes de estremecer ao ser apoderada por ele. Decidido e sem preliminares, seus braços fortes envolveram minha cintura e duas tentativas foram suficientes para ele me invadir… Ohhh! Quase perdi os sentidos com sua enterrada bruta, quase me rasgando e imediatamente iniciando o vai e vem, tocando fundo. Eu procurava retomar a respiração, gemendo como uma cadelinha ferida. Suas mãos eram duas garras amassando meus seios, sua respiração acelerada era um vapor umedecendo a minha nuca e seu membro entrava e saía tão rápido e forte, que a proporção de prazer era equivalente ao desconforto, devido ao volume e à intensidade dos golpes.
Não demorei a me acostumar com a pegada bruta e ficar totalmente confortável com seu pênis me preenchendo todos os espaços. Dei gemidos e gritinhos saboreando um tesão louco e tentando acompanhar seu ritmo movendo meus quadris em círculos rápidos… Ahhh! Meu gozo chegou ao auge, arranhei o palco com as unhas curtindo o momento de um clímax muito além de especial.
Devo ter contagiado o rei Leônidas, pois sua respiração acelerou e suas estocadas desmedidas, de tão intensas, parecia até que me enfiava suas bolas gigantes. Seu abraço apertado e suas unhas em meus seios deixariam marcas, contudo, isso foi insignificante comparado ao instante que me fora reservado pelo meu parceiro: ele urrou como uma fera ao me apertar ainda mais de encontro a ele e liberar todo o seu líquido dentro de mim… Caraca! Que instante insano, estremeci de prazer ao sentir seus espasmos e o pulsar do seu pênis. Deixou-me inundada e com as coxas meladas, mesmo antes de tirar de dentro. Foram momentos de prazeres infinitos.
Passado um tempinho, permanecia estirada no palco, massageando minha vulva molhada e saboreando os resquícios de prazer que permaneciam em meu corpo. O mestre surgiu e me levou para tomar uma ducha.
Vomitei muito antes de tomar um banho restaurador. Quando retornei do banheiro, a sensação era do despertar de um sonho, um sonho compartilhado com terceiros e registrado por equipamentos eletrônicos.
Ainda sentia um leve torpor, eram migalhas deixadas pelo estimulante líquido. Tinha ciência de que havia metido o pé na jaca.
O mestre aparentava satisfação e até elogiou o meu trabalho daquela noite. Agradeci e disse que continuaria seguindo seus ensinamentos e dando o meu melhor.
Fiquei feliz pelo raro reconhecimento do homem exigente; mas o auge da minha alegria, provinha da noite de prazeres incomuns e deliciosos.
O Amir estava deitado e dormindo feito um bebê que acabou de mamar. Passava muito do meu horário, dei boa noite para o mestre e fui para o alojamento, estava morrendo de fome.
Continua.
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