terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Aliciando a Filha da Manicure


Sábado de manhã mamãe me intimou a acompanhá-la até a manicure. Aproveitaríamos para nos exercitarmos fazendo uma caminhada, disse ela.

— Ah não mãe, vai você! É lonjão pacas. Eu tô com dor nas pernas.

— Deixa de ser mentirosa, Mila! — Você desceu e subiu correndo as escadas agora pouco.

— Então, foi por isso.

— Você para de ficar tentando me fazer de idiota, dona Kamila.

— Calma, mãe, eu tava brincando.

— Você anda muito engraçadinha, se arruma logo!

Estava com a sensação de que mamãe sabia dos meus podres, ela parecia mais alerta após aquele dia de “pecados” e putaria que pratiquei com o meu pai quando ela foi para Brotas. "Nós deixamos  alguma prova por descuido. Deve faltar pouco para que nos pegue em flagrante". Pensei temerosa. 


***


Foi quase meia hora de caminhada até o salão de beleza improvisado. Era na sala de uma residência, tipo sobrado. A manicure e sua irmã cabeleireira se encarregavam do negócio. 

Depois de uns quinze minutos de papo de comadres, a minha mãe foi atendida.  Fiquei entediada em meio aquelas senhoras. Acho que a manicure percebeu.

— A Adriana está lá em cima, Kamila. Sobe lá na laje!

Até então eu só conhecia a garota de ouvir falar, era a minha segunda visita ao local. A tal de Adriana não pertencia ao meu círculo de amizades e era mais nova que eu. Subi até a laje no terceiro piso, um espaço parcialmente coberto. Além da área de serviço e alguns varais de roupa, também servia para lazer. Deduzi por causa de uma churrasqueira feita com a metade de um tambor de ferro.

Algo inesperado aconteceu… Sabe quando uma pessoa te surpreende sem um motivo específico? Então, tive um sentimento repentino quando avistei aquele corpinho de aparência infantil, apesar de ser uma adolescente que em breve seria uma mulher. A danadinha estava deitada de bruços sobre uma espreguiçadeira e com o bumbum arrebitado. Uma tanguinha semi fio dental tentava sem sucesso cobrir suas formas arredondadas e bem delineadas. Sua cintura era tão fina que parecia possuir costelas a menos. Isso fazia sua bunda parecer bem maior do que era. Suas costas nuas, assim como toda a sua retaguarda, recebiam o sol da manhã realçando o tom lindo da sua pele latina e bronzeada. 

Ela demorou um tempinho para perceber que não estava mais sozinha e que era observada. De repente virou o corpo cobrindo os seios miúdos com as mãos. Quando cruzamos o olhar ela fez uma carinha tão meiga e de felicidade que eu me derreti toda.

— Meu Deus! Você é a Kamila… Eu vi suas fotos com as meninas lá do colégio — disse ela tirando as mãos dos peitos ao levantar e correr em minha direção.

— Posso te dar um abraço?

Fiquei ainda mais surpresa e respondi que sim de imediato. Até desejei aquele contato. 

Depois de um abraço gostoso e carinhoso, a garota disse que sempre quis me conhecer, porque as meninas falavam muito de mim. Ela disse onde estudava: era o meu colégio até o ano anterior. Continuou me tratando como se eu fosse uma famosa.

Concordo quando dizem que já nasci exibida. Isso é verdade, não sei o que significa timidez. Talvez por isso tenha me tornado popular naquela escola. No entanto, fiquei sem graça com toda aquela reverência.

— Mas nem todas as meninas falam bem de mim, né?

— As que são minhas amigas só falam bem, elas te adoram.

“Não precisa ser um exemplo de virtudes para se tornar um ídolo”. Pensei nessa frase.

— E o que elas falam?

— Ah! Você sabe… Elas dizem que você sabe das coisas.

— As outras que não são suas amigas devem fofocar dizendo que eu era a putinha dos professores, não é verdade?

Ela foi simpática respondendo que nunca ouviu isso. Nós trocamos algumas gentilezas e quis saber mais sobre ela.

— Sua mãe não se importa que você tome sol assim?

— Ela e minha tia nunca sobem aqui neste horário em que o salão está cheio.

— Moram só vocês três aqui?

— Não, tem o meu tio também. Uma vez eu peguei ele me olhando aqui da escada, levantei me cobrindo com as mãos e ele continuou me olhando e sorrindo pra mim. Eu baixei as mãos e sorri de volta. Ele fechou a cara e mandou eu me vestir, caminhou até a mureta e ficou olhando pra rua.

— E aí, o que aconteceu depois?

— Aconteceu que eu fiquei morrendo de vergonha, coloquei minha roupa e saí correndo me sentindo uma boba.

— E ele, não falou mais nada depois?

— Não, só ficou me olhando diferente depois disso.

— E cadê ele?

— Ele trabalha de sábado, naquele dia foi feriado.

— Você gosta dele, né?

— Que isso, Kamila, ele é meu tio.

— Me chama de Mila, Adriana! — Então, pode falar pra mim, eu sei guardar segredo. Você gosta dele, mas ainda não rolou um clima, né?

— Não sei… Mila! Ele é meu tio, é bem mais velho. Ele deve me achar criança ainda.

Não insisti na conversa sobre o tio, pois senti a garota insegura para conversar sobre sexo, ainda mais com uma pessoa que ela acabou de conhecer. Conversamos algumas banalidades e comecei a conhecê-la melhor. Ela ficou mais à vontade e falou sobre suas aflições e desejos, percebi que poderíamos nos ajudar mutuamente.

A Adriana era virgem, isso é fato, ela me disse. Ela nem gostava tanto assim do tio como ela supunha, o homem era tipo a bola da vez, ou seja, o mais próximo dela no seu atual momento, conclui facilmente. Só não tinha concluído ainda, se ela queria se tornar mulher só por causa da pressão das suas amigas, ou se era o seu desejo de transar que estava lhe tirando o sono.

— O importante, Adriana, é você estar a fim, se sentir à vontade e não se deixar levar pela pressão das que já perderam a virgindade.

Umas ideias amadureciam em minha cabeça, a gente poderia ser útil uma à outra, contudo, dependeria dos acontecimentos em minha casa durante aquela semana, para que o meu plano arriscado desse certo.

Nós combinamos um passeio de bike para o próximo sábado.

Minutos depois, me chamaram, a manicure acabara o serviço e era hora de irmos embora.


***


No sábado seguinte, mamãe já sabia que eu não iria com ela ao hipermercado — era dia da compra do mês —, havia combinado o passeio de bike no parque com a Adriana e faríamos um lanche na hamburgueria. Voltaria umas três da tarde. Ela disse que tudo bem, faria as compras sozinha, já que o imprestável do meu pai não servia pra mais nada (palavras dela).

— Ele que se vire com o almoço, também farei um lanche por lá mesmo.

Pra variar o meu pai havia chegado de madrugada e estava dormindo. Ficou evidente que mamãe tentava manter-me distante dele, já que de segunda a sexta tinha um cão de guarda o dia todo cuidando da limpeza da casa e das nossas roupas, era a Joana, nossa empregada. Ela também me vigiava quando eu não tinha aula. Nos sábados e domingos cabia à mamãe manter a vigilância. Minha casa estava parecendo um presídio de segurança máxima.

Papai e eu continuávamos no zero a zero, não tivemos nem cinco minutos a sós para darmos uma rapidinha. Até que nos arriscamos um dia, estávamos no auge do tesão e da loucura; digo isso por mim, estava subindo pelas paredes. Para não perdermos tempo eu nem baixei a calcinha, ele a afastou pro lado e socou dentro enquanto eu estava com o tronco deitado na bancada da cozinha.

Ele mal havia começado as bombadas, mas eu já havia sido premiada com o início de um gozo por conta do tesão monstro que me consumia. Meu pai sussurrou:

— Acho que ouvi um barulho.

Eu fiquei mais doida ainda por causa do perigo e meu clímax explodiu de vez. Sussurrei aflita:

— Não para, papai, não para!

Supliquei rebolando alucinada no seu pau, mas ele tirou de dentro rapidão. Puta merda! Quase gritei de dor e de raiva, mas fiquei muda quando, ao mesmo tempo, ele disse que mamãe estava descendo as escadas. O homem subiu a bermuda e pegou a faca e laranja que já deixara no esquema. Sentou à mesa deixando sua “barraca armada” escondida sob a placa de mármore. Corri para a área de serviço arrumando a calcinha pelo caminho e comecei a lavar um tênis que também havia deixado preparado para esta eventualidade.

Mamãe passou pela cozinha e teve um papo rápido com papai. Não consegui entender nada do que falaram, mas pelo tom, foram bem ríspidos um com o outro. Ela veio até a área de serviço.

— Isso é hora de lavar tênis, dona Kamila?

— Eu tinha esquecido. Quero usar ele no fim de semana.

Senti que ela não engoliu a história, pegou uma toalha no varal e mandou eu deixar aquilo que a Joana faria pela manhã.

— Hora de dormir, mocinha, bora!

“Ah, mamãe! Você é a maior corta barato” — pensei enquanto caminhava escoltada pela sargenta até o meu quarto.


O revés do meio de semana ficou pra trás, eu só pensava naquele sabadão que prometia, estava dando tudo certo até então. Pedalei rumo à casa da Adriana. Minhas expectativas eram as melhores possíveis.


Por hora é tudo


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