sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Ao Corno, as Sobras do Ménage

Não tinha ideia das horas quando acordei naquela manhã de Natal ouvindo os toques curtos e seguidos da campainha. Não era o Papai Noel, era o toque costumeiro do meu marido.

— Puta que pariu, é o Alejandro! — sussurrei aterrorizada pedindo silêncio aos homens despertos e também expressando pânico. Meus amantes começaram a se vestir atabalhoadamente. Peguei o vestidinho da noite anterior e entrei nele rapidão.
Uma das minhas melhores características é pensar imediatamente em soluções para momentos de extrema dificuldade.
— Vou tentar sair com ele daqui, vocês peguem suas tralhas e sumam antes que a gente volte.

Liberei o trinco e abri a porta fingindo estar puta de raiva, tomei a mala de sua mão, joguei para dentro e bati a porta. Antes dele se manifestar, passei o braço em sua cintura e falei enquanto carregava o homem rumo ao elevador:
— Foi ótimo você ter chegado cedo, vem comigo, pois estou quase pegando uma faca e fazendo uma besteira!
O comandante fez um monte de perguntas enquanto eu resumia abruptamente e, à minha maneira, o ocorrido durante a noite de Natal. Evidentemente dei ênfase à tentativa de agressão que sofri por intermédio da síndica portando uma garrafa, suas ofensas grotescas e a ameaça de me expulsar do prédio. Falei que seria capaz de matar aquela escrota se ela ousasse tentar me agredir novamente.

Ao chegarmos no último andar, o homem foi diplomático pedindo para eu esfriar a cabeça e deixá-lo resolver o assunto após os ânimos se acalmarem.
Achei ótimo, naquele momento eu só queria mesmo era mantê-lo distante do apartamento por um tempo suficiente, a fim dos meus amantes darem o fora. Eu até chorei e disse ser injusto as pessoas me tratarem assim.
— Só porque sou a mais extrovertida de todos, me tratam como uma vadia?
Recebi seu abraço carinhoso ao dizer o quanto me considerava especial. Pediu-me que nunca mudasse nada em mim, pois os errados eram os outros. Nos beijamos longamente.
A seguir, concordei em voltarmos ao nosso lar, deixaria para resolver a encrenca em outra oportunidade.
Calculei que os dois medrosos já haviam dado um perdido e carregado com eles parte das evidências.
Mas todo o meu teatro teria sido inútil se eu não trocasse a roupa de cama antes do comandante entrar no quarto.

Nossa, amor, você está exalando um perfume tão doce, quem você pegou no avião? — falei fazendo biquinho.
Ele riu negando qualquer traição.
— Vamos direto para o banho, não quero sentir um cheiro diferente do meu homem na minha cama.

De volta ao apê, o piloto insistiu em entregar primeiro o meu presente de Natal. Pegou sua mala e retirou uma caixa linda, recoberta de veludo preto e detalhes prateados. Era de uma delicadeza riquíssima.
Abri a caixa e fiquei deslumbrada ao ver a joia sensual em seu interior, era a minha cara: uma corrente de quadris e coxa com um tapa-sexo em forma de chuva, tudo feito de prata, segundo ele.
Abracei e beijei muito o homem após dizer que amei demais o seu bom gosto.

Com delicadeza deixei a obra de arte na mesinha de centro e parti para cima do homem o beijando e o despindo. Quando ficou só de cueca…
— Já pro banho, amor, continua com o perfume diferente! — falei em tom de farra e puxando o sujeito pela mão, procurei evitar que fosse ao quarto.

Dessa vez não fizemos amor no box, fui a primeira a sair da ducha e fiz um pedido:
— Aguarda aqui um pouquinho até eu te chamar, tá? — Vou colocar meu presente para você avaliar se fiquei linda.
Como sempre, foi cavalheiro ao dizer que eu era linda de qualquer jeito. Prometeu portar-se como um bom menino e aguardar o sinal verde

Ao chegar no quarto, recolhi rapidamente os vestígios e troquei as roupas de cama. Joguei fronhas e o lençol manchado de porra dentro da máquina de lavar.

Instantes depois, ofegante pela correria, chamei o comandante dando três batidinhas na porta do banheiro e disse:
— Já pode sair, amor! — E corri ficando em pé sobre o sofá.
Ele chegou com a toalha enrolada na cintura, parou e ficou me observando expressando admiração. Eu sorri e dei uma voltinha lenta exibindo meu corpo nu adornado com a joia nos quadris. No pescoço coloquei outra gargantilha, também de prata, um presente que ganhei dele semanas antes.

— Gostou, amor?
— Uau, Mila! Eu já te amava sem roupa, mas adornada assim é covardia, está simplesmente divina.
Ele me pegou nos seus braços e demos um beijo demorado. Senti o calor do seu pau crescendo.
— Vamos pra cama, meu comandante?
— Vamos, deixa eu tirar essa toalha molhada — disse ele.
— Duvido que ela esteja mais molhadinha do que eu — falei com toda minha safadeza.
O homem nu e de pau duro, carregou-me no colo até o quarto e deitou-me delicadamente na cama. A seguir, beijou, chupou e acariciou meus seios.
— Você não faz ideia dos efeitos que sua pele causa em mim, minha princesa. Adoro sentir seu corpo com a minha boca.

Meu parceiro me chupou após abrir com os polegares o tapa-sexo e expor minha fenda. Sua chupada ficou abaixo do seu desempenho costumeiro, talvez pelo receio de danificar a prataria, imaginei. Ou ele sentiu algum sabor de porra alheia em minha boceta? Pensei temerosa, apesar de ter higienizado a periquita com a ducha.

No decorrer do ato percebi que sua preocupação era mesmo um cuidado exagerado com a correntinha, induziu-me a montar em seu pau e cavalgar sobre ele. O homem passou boa parte do tempo apreciando e elogiando a minha nudez ornamentada pela joia de corpo.
— O seu balanço gracioso é tesão puro, amor. — E quando sobe e desce assim tão deliciosamente no meu pau… Ahh, é de enlouquecer! — disse ele e gozou sem poupar.

Durante o intervalo fui conivente permitindo que ele tirasse algumas fotos de recordação.
A seguir, falei:
— Tô só o pó da rabiola, amor.
“Foder noite e dia é bom demais, no entanto, dá uma canseira.” Pensei rindo por dentro.
Meu esposo havia se esforçado para voltar de manhã, a fim de passar o dia de Natal comigo. Ele é muito fofo.
No entanto, a segunda etapa de pegação ficaria para mais tarde. Ele deitou de conchinha comigo e dormimos um soninho gostoso.

Por ora é isso, beijos!

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