segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Almas Gêmeas - Parte 14

<< AINDA ROLAVA A NOITE de sexta-feira, a qual o mestre Vilânio tentou, mas não conseguiu fazer amor comigo. Foi tenso e embaraçoso, mas pelo menos descobri o seu segredo, eu acho. Será que isso acontecia com todas as garotas? Ou foi só comigo? Dane-se! Não me importava sua vida sexual. Só não queria que ele tentasse novamente.
O que desejava dele, é que me deixasse assistir ao meu vídeo com o Amir, também a todos os outros já produzidos com a minha participação. Ele nunca me deixou ver as imagens captadas durante os “trabalhos”. Qual seria o propósito daquelas filmagens? Era exibido para os outros membros pervertidos do grupo? Guardava para ter material de chantagem no futuro? Assistia para se masturbar? Era disponibilizado em sites pornográficos? Aí, meu Deus! E se ele estivesse postando isso na internet? Acabaria de vez com minha vida, mais do que já acabou.

Minutos após meu encontro com o professor Rodrigo na quadra de esportes, saímos em seu carro e ele parou em uma praça fora das dependências do instituto. Seria para uma conversa rápida, a fim de decidirmos para onde ir. Águas Turvas é um vilarejo com predominância rural e de vida diurna. O maior contingente da população pertence ao instituto: alunos, professores, pessoal administrativo, comerciantes e outros ligados à religiosidade. Inexistem atividades fora do instituto durante a noite.

Não rolou uns amassos dentro do carro, pois, mesmo sendo mínima a chance, ainda assim havia o risco de sermos vistos por alguém em trânsito, podendo gerar consequências graves. As relações amorosas entre alunos eram proibidas dentro do perímetro do instituto. Ainda mais agravante seria o namoro entre aluna e professor, seja dentro ou fora daquele universo castrador, seríamos condenados à crucificação e queimados em praça pública, provavelmente.

Meu estado letárgico causou-lhe estranhamento, a ponto de ele iniciar um interrogatório. Tentei tirar a importância da situação, respondendo apenas superficialmente. O assunto era delicado e nem todos podiam saber de tudo.
— O que realmente acontece nesse treinamento remunerado, Gisele?
— Eu aprendo técnicas de desenho, pintura e passo parte do tempo posando para o mestre produzir suas obras de arte.
— Vestida?
— Claro. — Por que todo mundo me pergunta isso?
— Talvez devido aos boatos a respeito de abusos sexuais acontecidos no ateliê, e até o desaparecimento de uma aluna, em um passado recente. — E você voltou tão diferente após o treinamento… Fala para mim, Gisele. — O que realmente acontece dentro daquele espaço?
— Não acontece nada de mais, professor Rodrigo, além disso, eu tenho um compromisso de confiabilidade, não posso comentar nada a respeito. O que acontece no ateliê, fica no ateliê.
— Me chame só de Rodrigo, por favor, linda — disse ele, com simpatia. — E o que acontece fora do ateliê? Também soube que levam estudantes para reuniões em outros locais.
— O que acontece fora é tão top secret quanto. Se te contar, terei que te matar. Hahaha! Brincadeira.
— Se é brincadeira, então conta. Confia em mim, Gisele, eu sei guardar segredo.
— Na real? Preferia estar transando com você agora, ao invés de ficar respondendo esse questionário.
— Uau! Gostei da sinceridade, você é bem direta e de atitude.
Pedi-lhe para esquecer o ateliê e o instituto até segunda-feira, pelo menos.
— Por favor, tira a gente daqui, professor, antes de virarmos assunto de fofoqueiros.
— Tem razão, não quero te complicar. Onde você mora?
— Eu moro em Mogi, mas durmo no alojamento durante a semana e vou para casa só no sábado de manhã.
— Eu também moro em Mogi. — Não gostaria de ir para sua casa agora?
— Adoraria, mas ouviria um monte após darem por minha falta no alojamento. Principalmente dos meus pais.
Quando ele pôs o carro em movimento a caminho do instituto, eu pensei melhor a respeito. “Foda-se!”
— Mudei de ideia. Bora pra Mogi, professor, digo, Rodrigo.
— Tem certeza, linda?
— Tenho. Pensarei numa desculpa depois.

Durante o trajeto, já na metade do caminho rumo a Mogi das Cruzes, perguntei-lhe se poderia dormir na sua casa. Havia ficado encorajada imediatamente após ele dizer que morava sozinho num puxadinho nos fundos do terreno onde reside a sua irmã mais velha.

Momentos após ele concordar em hospedar-me por uma noite, soube que o jovem adulto já foi casado por cinco anos e separou-se faz dez meses.
— Nossa! Você casou com quantos anos, 18?
— Quantos anos você acha que eu tenho?
— Tem cara de uns 23… 24.
— Tenho um pouco mais, já fiz 29.
— Nossa! Igualzinho à minha mãe. Ela também tem 29 e não parece nem um pouquinho. Todos perguntam se ela é a minha irmã mais velha. Somos muito parecidas.
— Então sua mãe também deve ser muito linda.
— Obrigada! — Que mês você nasceu, Rodrigo?
— Em março.
— Minha mãe nasceu no Dia Mundial do Rock, 13 de julho.
— Eu nasci em 3 de março, numa terça de carnaval.
— Então você é do dia Mundial do Samba, né?
Após os risos, fez a observação de estarmos na rua de sua casa. Passava muito das 10h da noite quando saímos do carro que ficou estacionado na rua. Havia pouca iluminação no sobrado, provavelmente todos estavam em seus quartos. Seguimos pelo corredor lateral sem fazermos barulho. Entramos num puxadinho bem legal, construído nos fundos, com cheirinho de novo e também de limpeza. O térreo era composto por uma cozinha pequena e equipada. Ao lado, uma micro sala e banheiro. Uma escada caracol, de tubos e chapa de ferro, no espaço entre a sala e a cozinha, levava para um quarto de tamanho razoável no piso superior. Naquele cômodo havia uma cama de casal bem convidativa. Incluso no cômodo, havia um lavabo.
— Quer uma camiseta para dormir?
— Não ri de mim, mas… você tem uma camisa social de mangas compridas? Eu sempre morri de vontade de dormir vestida com uma.
Ele me deu uma camisa social branca e desejou-me bom sono e lindos sonhos.
— Eu vou dormir lá no sofá, fica à vontade, meu anjo.
Ganhei um selinho e ele desceu as escadas carregando um travesseiro e um edredom. “Sério que vai me tratar como uma namoradinha virgem e recatada?” Pensei, decepcionada. Vim com a maior intenção de ser a putinha do professor e transar a noite toda com ele.

Minutos depois, trajando apenas a camisa do homem, fiquei deitada na expectativa do seu retorno.
Não demorou e o som do chuveiro ligado no piso térreo me encheu de ideias.

Quando o professor retornou do banho com a toalha lhe cobrindo da cintura para baixo, encontrou-me deitada no sofá, coberta com o edredom.
— Vim dormir com você, mas preferiria que fosse dormir comigo lá no quarto.
— Você é mesmo muito maluquinha, Gisele.
— A propósito, eu não sou mais virgem, tá? — falei e joguei o edredom no chão, exibindo meu corpo nu, em razão da camisa encontrar-se totalmente aberta.
— Uau! Que perfeição. Você é magnífica, princesinha — disse ele, pouco antes de agachar-se para me beijar muito gostoso.
Na subida para o quarto, pelos degraus estreitos, fiz graça rebolando o bumbum parcialmente à mostra. Ele vinha imediatamente atrás, me dando tapinhas na bunda e falando safadezas.
O bonito pegou-me nos braços na porta do quarto e carregou-me até a cama como se fosse nossa noite de núpcias.
Pelo nível das carícias preliminares, minhas expectativas de gozar gostoso naquela noite pareciam estar garantidas. Retribui-lhe o prazer que sua boca proporcionou-me, percorrendo com a minha as suas áreas íntimas e sensíveis. Dei maior atenção ao seu órgão volumoso.
A seguir, o atrito de nossas peles durante o esfregar safado dos corpos incendiou de vez a ambos, induzindo à primeira introdução de arrepiar e arrancar o meu gemidinho longo.

Após receber uma série maravilhosa de estocadas, executadas em sintonia com os movimentos circulares dos meus quadris, percebi seu esforço em segurar o gozo, e como consequência, o sêmen.
— Não precisa segurar, estou protegida. — Você quer gozar?
— Você quer que eu goze?
Meu, sim, foi longo e convidativo. Queria sentir um pouquinho mais dele dentro de mim.
Deus! Foi incrível ouvi-lo uivando como um lobo ao abrir a comporta. Acabei-me no prazer do meu clímax, gozando e tentando conter os gritinhos enquanto ele ejaculava litros.

Ainda estávamos recuperando o fôlego e conversávamos. Isso, instantes após o ápice da transa animal. Amei sua observação sobre a minha desenvoltura na cama, senti-me empoderada.
— Garota do céu! Como você consegue ser tão gostosa? Essa foi a melhor transa da minha vida.
O homem demonstrava surpresa com a minha sexualidade precoce.
— Para, vai! Está me deixando envergonhada — falei, fazendo charminho.

É tão bom quando transamos por prazer e não por obrigação. Ainda mais com um parceiro como o Rodrigo, gostoso e generoso. Devo ter feito a maior cara de boba após os momentos deliciosos que acabara de viver em seus braços. Principalmente após seus elogios, enaltecendo meu desempenho. Fiquei muito feliz e orgulhosa de mim mesma.
Essa desenvoltura adquiri em parte com os rituais sexuais dos quais fui obrigada a participar, tanto na sala secreta do ateliê quanto nas orgias da mansão. Pelo menos soube tirar algum proveito dos contratempos infernais que já passei com o grupo de sádicos. Aprendi alguns segredinhos e consegui usar a meu favor, principalmente quando estou fora daquele universo autoritário e abusivo. Transar ficou ainda mais gostoso após ter aprendido a perceber os sinais e adaptar-me ao meu parceiro, assim consigo satisfazê-lo e também deliciar-me com momentos únicos.

O professor Rodrigo ficou com seu pau entre minhas coxas após ter gozado pela última vez naquela noite. Dessa vez, a transa foi na posição de ladinho e assim permanecemos. Adormecemos de conchinha, enquanto eu nem lembrava que existia o instituto.

“Onde não há olhos para vigiar ou lei para punir, os instintos sexuais despertam.”

Continua.


terça-feira, 19 de agosto de 2025

Almas Gêmeas - Parte 13

<< FINALMENTE SEXTOU no vilarejo de Águas Turvas, a semana parecia interminável. Estava morrendo de sono, devido aos trabalhos noturnos estendidos até de madrugada. Principalmente os praticados fora do ateliê.
Iniciava a noite, caminhava pelo complexo estudantil, indo do alojamento para o “treinamento” no ateliê.

Quando percorria a área do estacionamento, encontrei um cara que havia cruzado comigo no corredor do colégio há dois dias. Naquela oportunidade, aconteceu algo incomum, o que me deixou com os pelinhos arrepiados. Foi um momento fugaz quando o olhar penetrante do bonito, me hipnotizou.
Apesar do acontecimento ter durado apenas dois segundos, em razão dele desaparecer em meio à galera agitada, a sensação gostosa de encantamento permaneceu comigo pelo resto do dia.
Posteriormente, pesquisei e descobri o nome do simpático de olhos castanhos e cabelos bagunçados, Rodrigo, um professor recém-chegado no instituto, atuando na área de TI. Será que ele tem namorada? Será que é casado? …

O cara surgiu repentinamente no estacionamento, e dessa vez estávamos a sós. Será uma intervenção divina esse gato cruzando novamente o meu caminho? Pensei, sorrindo por dentro.
Seu olhar penetrante voltou a mexer comigo. Parei quando ele me bloqueou a passagem e deu um sorriso lindo para mim.
— Desculpe-me se parecer assédio ou clichê. Mas eu te conheço de algum lugar? — disse ele.
— Você me viu no interior do colégio, lembra?
— Sim. Como poderia esquecê-la? E anteontem tive a mesma impressão de agora, de conhecê-la há muito tempo.
— Nossa! Fiquei com medo. — Será que foi em outra vida? — falei e sorri, mas sem a intenção de ser irônica.
Ele deu outro sorriso gostoso antes de responder.
— Não precisa ficar com medo, caso tenha razão, eu devo ter te amado muito nessa outra vida.
— Assim eu fico sem graça.
— Você fica ainda mais linda com as bochechas coradas.
Caramba! O cara com o dobro da minha idade estava me azarando grandão… E deu certo, uma vez que fiquei muito a fim dele. Entretanto, aquele bate-papo nas dependências do instituto acabaria dando ruim para nós dois.
— Acho melhor eu ir. Aqui as paredes têm olhos e ouvidos. — Você já conhece as regras, né? — falei demonstrando a minha preocupação.
— Conheço, e acho as regras muito castradoras. Mas você tem razão, melhor sairmos daqui. — Vai para onde? — Eu te dou uma carona.
— Obrigada, mas estou indo para o ateliê, faço treinamento remunerado à noite.
— E a gente pode se ver mais tarde?
— Hoje? — Acho difícil, não tenho hora para sair.
— Poxa! Você está destruindo meus sonhos.
— Desculpa, não tive a intenção, juro!
— Vou assistir ao jogo dos rapazes lá na quadra, são meus alunos. Dá uma passadinha lá, se sair antes das dez.
— Se conseguir antes, eu passo, prometo. Tchau! Tá na minha hora.
— Espero ansiosamente que consiga vir…
— Gisele.
— Eu sou o Rodrigo. Tchau! Gisele.

Saí pensando mil coisas. Será que estou entrando numa roubada? Será uma armadilha do próprio instituto me testando?
Pensaria nisso mais tarde, no momento, precisava correr para não chegar atrasada.


Carícias Caninas.

Naqueles quase dois meses de treinamento, o mestre já havia tocado meu corpo algumas vezes, disfarçadamente, ou nem tanto. O cinquentão não dava apenas os frequentes tapinhas em minha bunda nua, ia muito além. Com a suposta intenção de corrigir minha posição durante os trabalhos de captação de imagens, seja em foto, vídeo, desenho ou pintura, ele tocava abusivamente as minhas partes íntimas.
Inúmeras vezes, na posição sentada ou em pé, meus seios foram amparados pela palma da sua mão em forma de concha, ao simular ensinar-me a empertigar o corpo de forma altiva. Na mesma oportunidade, na posição em pé, além de empinar meu corpo, estando por trás de mim, ele também me encoxava e seu pau crescia, alojando-se em meu rego.
Parecia ter uma queda por meu bumbum cheiinho, assim como pelas coxas. Os toques das mãos frias e atrevidas aconteciam quando eu estava em qualquer posição e quando o homem julgava necessário flexionar ou abrir minhas pernas, ou virar meu corpo. Geralmente, dedos escorregadios atingiam a minha vagina ou reto.
Não necessitava da sua intervenção física, saberia posicionar-me sozinha, caso recebesse apenas orientações verbais.
Obviamente, aquele abuso não chegava nem perto das coisas que me obrigaram a fazer naquele ateliê. Assim como era óbvio a clareza da minha condição de “escrava sexual”. Então, soube avaliar o perigo e fui conivente o tempo todo, evitando assim, provocar uma treta de consequências inimagináveis, para mim e minha família, caso expressasse qualquer tipo de reação adversa.
Mas permanecia a minha dúvida: por que, apesar de todo o poder que ele possuía de fazer sexo comigo, o homem ainda não havia tentado? Qual seria o empecilho? Já que me obrigavam a fazer todos os tipos de putaria naquele universo sombrio. Não tinha ideia do porquê, mas agradecia por ele não me obrigar, pois além de medo do tipo sinistro, sentia aversão pelo cinquentão esquelético, de voz infernal, cerca de 1,90 de altura, praticamente albino e feições de cadáver.

Contudo, parecia ser somente uma questão de tempo. Naquela mesma noite de sexta-feira, após ficar encantada com minha conversa com o professor Rodrigo, cheguei na ante-sala do ateliê e tomei o chá que dá um barato diferente na mente, também no estômago. Enquanto isso, o mestre Vilânio posicionou a filmadora e os refletores em tripés.
A propósito da iluminação, o artista quase sempre dava preferência ao tipo de iluminação nomeado de Caravaggio. É uma técnica tenebrista de iluminação, com contrastes fortes entre luz e sombra. Eu sempre ficava à luz e o restante ao meu redor, à sombra, dando um aspecto dramático e sinistro.

Após tudo pronto, posicionou-me nua no divã e suas atitudes foram estranhamente carinhosas. Ao posicionar-me deitada de costas, pernas erguidas e abertas, deduzi que a arte simularia uma cena de relação sexual.
Não me enganei, aconteceria sexo… Dele comigo. O homem enfiou a cara entre minhas pernas, lambendo, chupando e enfiando os dedos na minha boceta.
Fiquei atordoada com o frenesi da sua investida silenciosa. E, apesar de uma boca gulosa causar prazeres em contato com meu sexo, fiquei apreensiva sem saber o motivo.
“Isso vai dar ruim”, dizia minha intuição. Nem fui capaz de sentir prazer, apesar de amar um oral.
O momento crucial chegou, a penetração iminente ficou clara ao montar sobre mim, com a túnica erguida e nu da cintura para baixo.
Seu membro ereto e sem proteção foi pincelado em meus grandes lábios. Eu limitei-me a olhar para o teto e rezar para ele gozar logo e ficar satisfeito comigo. Seria muito melhor assim, pelo menos para mim.

Ele enfiou devagar, tentava ser carinhoso, eu acho. Não há como não sentir prazer nessa primeira enterrada, a gente esquece quem é a abusada e quem é o agressor.

Fodeu! Deu ruim o negócio e não rolou como deveria. Eu acabara de entrar no clima e não consegui segurar um suspiro longo de frustração. Fiz isso segundos após o seu gozo precoce. Cacete! Sua ejaculação aconteceu ao iniciar as estocadas. O pior foi a queda imediata da ereção e o empurrão que levei quando ele tirou de dentro, como se a culpa fosse minha.
Fiquei sem ação, de pernas dobradas, abertas e sentindo o sêmen ralo escorrendo pela vagina. Continuei quietinha e com medo até de respirar. Apenas aparava a meleca com a mão.
— Vou sair e volto logo. E não se atreva a levantar daí — disse ele, em tom de irritação.
Pelo menos, ele me deu um rolo de papel higiênico, mas eu queria mesmo era ir ao banheiro. Porém, era prudente segurar o xixi, o coroa estava muito contrariado.
O Amir observava tudo, quietinho em seu canto. Assim que o homem saiu e trancou a porta de acesso ao mezanino, o Rottweiler veio se solidarizar comigo. Fiquei deitada de costas, com as pernas fechadas, prendendo um volume de papel higiênico em meu vão íntimo.
Esse cachorro era meio humano e cheio de artimanhas, aproximou-se de mansinho, grunhindo suave ao aconchegar-se ao meu lado. Achei fofo demais quando ele subiu no divã e deitou a cabeça em meu peito.
— O que foi, meu amor, tá carente? — disse, ao dar-lhe carinho.
Ele levantou animado, dando lambidas em meu rosto. Tentei defender-me das investidas do grandalhão.
— Na boca, não, bonitão, dá sapinho.
Cachorro danado! Pareceu ter entendido, foi ágil em rodear meu corpo e invadir-me por trás, no vão das minhas pernas. Eu permaneci deitada de costas e com as pernas dobradas e fechadas, sentindo seu focinho cheirando meu sexo coberto pelo papel.
Meu tesão falou mais alto. Abri minhas pernas, permitindo que invadisse a minha privacidade ao retirar com lambidas a cobertura de papel. Foi divino sentir o toque do focinho gelado fungando sobre toda a zona íntima. Quando sua língua firme lambeu meu sexo, arrepiei-me todinha. Mas a sensação gostosa da sua língua passando seguidamente na entrada da minha fenda seria só o começo dos momentos de intenso prazer.
Não conseguia mais afastar o peludo, e nem tentei. Ele montou em mim, mas a posição não lhe favorecia, mesmo com ele fazendo um esforço incomum para deitar sobre mim, mas apenas a cabeça do seu pau tocava a minha boceta.
— Eu não vou judiar de você, Léo (eu o chamava de rei Leônidas, escondido do mestre).
Iria facilitar para ele, pois o tesão me consumia.
Saí debaixo do Amir, ajoelhei no chão, debruçada sobre o divã. O restante deixei com o danado. Montou em mim, cutucando minha zona sexual. Delicioso foi senti-lo fodendo as minhas coxas, pois o taradão não conseguia me penetrar. No entanto, aquilo não satisfazia totalmente a mim, e nem a ele, eu acho. Por isso peguei seu pau e guiei para dentro da minha boceta…
— Ahh! Léo, você é muito gostoso — murmurei ao senti-lo dentro e socando rápido.
Havia uma ligeira diferença do chá alucinógeno, ingerido nos dias de trabalho na ante-sala, não era potente como o que era servido na sala secreta, então, não rolou alucinações do tipo: ser abusada por um brutamontes ou por um urso gigante. Naquele momento, amei saber que transava com o meu peludo amado.
O Amir socou sem trégua. Seu saco escrotal, de tamanho enorme, alargava a minha entrada, alimentando meu tesão e arrancando meus gritinhos e gemidos.
Cheguei ao auge do prazer, gozando alucinada. Mas ele tornou possível que o auge fosse além. Isso aconteceu com o pulsar do seu pinto, ejaculando sem parar. Ahhh! Sorri feito boba, tamanho foi a intensidade do meu gozo. Rebolei incansavelmente, curtindo cada fração do instante.
Quando ele tirou de dentro, continuei debruçada, saboreando a sensação de prazer e sentindo uma quantidade enorme de líquido escorrendo de dentro de mim.
De repente, veio-me à mente o retorno do mestre Vilânio. A seguir, a lembrança da câmera montada sobre o tripé. Quando pensei em levantar para verificar se estava filmando, o mestre entrou na sala e foi direto para ela, desligou e recolheu o equipamento.
— Encerramos por hoje, pode ir embora.
Ele foi para seu escritório no mezanino. Eu fui fazer a higiene e vestir minha roupa.

Ao sair mais cedo do ateliê, pouco antes das nove da noite, continuava louca sob o efeito do alucinógeno.
Fui até a quadra.
— Oi, professor!
— Oi, Gisele! Que bom que conseguiu sair mais cedo.
— Consegui, e aceito a carona para irmos aonde você quiser — sussurrei em seu ouvido para que os outros não ouvissem.
— Você bebeu, Gisele? — falou, sussurrando.
— Magina, eu tô legal, juro. — Vamos logo, preciso voltar antes da meia-noite, ou viro abóbora — disse e ri alto demais, constrangendo-o.
O professor Rodrigo me tirou dali, antes que eu fizesse mais besteiras.

Continua.


sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Almas Gêmeas - Parte 12

>> Na tarde de sábado, 02 de agosto, ficaria em casa assistindo ao jogo Brasil e Colômbia pela final da Copa América feminina, mas a minha colega Karina convenceu-me a ir com ela na exposição imersiva da floresta amazônica.
Acabou dando bom, encontrei o doutor Enrique sozinho lá no prédio da exposição (Farol Santander). Há dias que não falava com ele. Em minha última mensagem enviada a fim de um novo encontro, ele foi evasivo e ficou de dar retorno. Continuei aguardando sem forçar a barra, apesar de a voz interior ficar insistindo: “Liga para ele, Gisa!”.

Não contei para a Karina, nem para mais ninguém, sobre o meu caso com o doutor. Para todos, ele era apenas o médico que cuidou da minha perna depois do acidente com a bicicleta.
Ficamos em sua companhia durante o passeio, e a conversa foi somente sobre a exposição.

Pegamos uma carona com ele no início da noite. Durante uma conversa informal, ele comentou sobre a viagem da sua noiva para Rio Claro naquela manhã. Fiquei cheia de intenções de ir para sua casa. Mas meu fogo deu uma esfriada quando ele insistiu no assunto da noiva.
— Há semanas que não conseguia um dia de folga, a patroa tem feito marcação cerrada lá em casa, inclusive pernoitando.
Desconfiei que ele estava usando o ciúme da noiva como desculpa para me dispensar.
“É melhor começar a esquecer essa paixão, garota, acho que ele perdeu o tesão por nós.”
“Já disse que não estou apaixonada, eu só gosto dele.”
Meu papo mental foi interrompido pela Karina ao nos aproximarmos de sua residência.
— Pode me deixar ali na esquina, por favor?
Houve uma transformação no ânimo do homem após minha colega descer e ele retomar a marcha do veículo.
— Vamos lá pra casa, linda? — disse ele.
“Oba!”
— Demorou, doutor. Pisa fundo.
“Gostou, né, safadinha?”
“Amei.”

Estava enganada, o tesão dele continuava como um vulcão em erupção e nossa química combinava à perfeição. Iniciamos as carícias ainda na garagem, dentro do carro. Após os botões da minha camisa serem abertos, meus seios foram massageados e sugados, aumentando a chama da minha fornalha.
A seguir, aninhada em seus braços, fui transportada para o interior da residência com a minha camisa totalmente aberta. Sentia o frio da noite em meu peito exposto, mas estava aquecida pelo calor do seu corpo e pela febre do desejo de transar com ele.

Passados dois ou três minutos, já sem a calça jeans, sem a calcinha e de quatro sobre sua cama, fui agraciada pelo seu membro super ereto, indo e vindo dentro da minha vagina.
“Ahh, Gisa, como isso é bom.”
“Ele é gostoso demais, esse pinto me enlouquece.”

O doutor não ficou poupando energia para prolongar a transa, ele me fodia em alto impacto, fazendo o meu tesão chegar ao extremo. Urrei recebendo uma saraivada de golpes fortes e profundos, e gritei quando ele gozou, pois também cheguei ao clímax e saboreamos juntos aquele instante delicioso de vibrações intensas e corpos fundidos.

Ao final, ao tirar de dentro, o sentimento era de satisfação e não de satisfeita, pois a noite ainda prometia várias horas de loucuras e prazeres.

Ele pediu uma refeição. Enquanto aguardávamos a entrega, fomos para o banho tomar uma ducha rápida. No entanto, quando parei diante do espelho do gabinete, observando os meus cabelos bagunçados, ele colou em mim, beijando e chupando carinhosamente o meu pescoço, falando safadezas no meu ouvido e colocando-me curvada sobre o gabinete. Senti um tesão danado quando um gel geladinho foi depositado em meu ânus e seus dedos massagearam meu rego. Um dedo atrevido invadiu meu buraquinho, me fazendo ronronar e balançar o bumbum.
Quando o dedo saiu, não cheguei a ficar ansiosa pelo seu próximo movimento, pois aconteceu rápido, ele brincou esfregando seu pênis no meu ânus sem judiar muito com a preliminar, partindo logo para a penetração cuidadosa e de movimentos suaves.
“Ohhh, Gisa! Como isso dói.”
“É só no começo, sinta como está ficando bom demais.”
“É verdade, ai… Dói gostoso.”
Gemi baixinho com as estocadas lentas do início. Saboreei curtindo a facilidade com que seu membro deslizava deliciosamente, entrando e saindo, agora sem dor, devido ao gel com propriedades anestesiantes.
Logo a pegada ficou intensa, curti demais as estocadas vigorosas e o homem se apossando inteiramente do meu corpo, uma mão apertando meu seio e outra com os dedos enfiados em minha boceta. O som das batidas do seu corpo em minha bunda parecia um espancamento, mas eram pancadas de amor.
Consegui abrir os olhos ao chegar o momento sublime, foi quando o seu sêmen me inundou… Ahhh! Pelo reflexo do espelho, vi meu parceiro urrando de prazer. Meu gozo chegou ao auge instantes após o dele. Não saberia descrever tamanha gostosura. Fechei os olhos, saboreando o momento raro e de puro deleite.

Pouco mais tarde, depois da refeição e uma e meia garrafa de vinho, falei que ficaria para dormir com ele, apesar da sua insegurança, pois a noiva havia ligado e disse que estava tudo bem com a mãe dela, uma senhora de 88 anos.
— Ela virá próximo do meio-dia e prometeu trazer o almoço — disse o homem.
— Eu juro que sairei cedinho, logo quando o galo cantar. Mas se quiser, eu fico para o almoço e fazemos um ménage — disse e sentei no colo dele.
— Engraçadinha — disse ele, e nos beijamos.
Estava vestida só com uma de suas camisas sociais. Minha bunda nua sentiu seu pau começando a ganhar vida novamente sob sua cueca de malha fria.
Fomos para o quarto e transamos gostoso até sermos vencidos pelo sono.

O alarme do meu celular soou às 6h30 da manhã. Meu primeiro pensamento foi que iria ouvir um monte quando chegasse na casa do meu tio, pois ele não acreditou na minha mensagem dizendo que eu dormiria na casa de uma amiga.
Em quinze minutos estava pronta para sair, pedi para ele não esquecer de mim e mandar mensagem quando quisesse me ver.
— Vou nessa, antes que a chifruda chegue.
— Não chame ela de chifruda — disse em tom de irritação.
— E como eu chamo?
— Esquece ela, você não tem nada a ver com isso.
— Tá bom, desculpa. — Não vai comigo até lá fora?
— Estou só o pó, vou dormir mais um pouco. Bata a porta da sala e da rua quando sair, ok?
— Entendi. Beijo, dorme com os anjos.
Ele não respondeu.
— Tchau, né!
— Tchau! — disse o homem, secamente.
Essa foi a nossa primeira DR.
“Beijo, meu amor!”
“Sua boba, ele não está nem aí.”

Esqueci seu mau-humor e fui saindo satisfeita e agradecida pela deliciosa noite de amor.
“Foi muito gostoso, não foi, novinha?”
“Eu amei, não vejo a hora de voltar…”
A conversa telepática congelou quando abri o portão e dei de cara com uma mulher que estava com a chave na mão, pronta para inserir na fechadura. Levei o maior susto.
— A senhora é a mãe do doutor Enrique? — perguntei automaticamente, pois a mulher tinha cara de cinquentona, apesar de recauchutada por alguma clínica de harmonização facial, retocada em salão de beleza e finalizada com um banho de loja de grife.
— Imagina! — disse a mulher após estalar a língua no céu da boca e fazer pose de superioridade. — Eu sou a noiva dele. E quem é você, menina?
“Fodeu!” Fiquei sem ação e sem fala ao saber que era a fulana chifruda.
“Você veio tirar uma dúvida com o médico”, disse minha voz interior.
— Responde, garota, perdeu a língua?
— Eu vim tirar uma dúvida com o doutor.
— Domingo a essa hora da manhã? Que dúvida urgente é essa?
“Diz que é particular e saí fora, Gisa!”
— Não é da sua conta, dona — disse, já saindo no gás.
— Volte aqui, sua atrevida! — gritou a mulher exaltada.
“Hahaha, corre, sua louca.”

Denúncia Anônima

Na segunda-feira, após chegar do colégio no início da noite, meu tio Armando estava assistindo a um daqueles programas policiais que não acrescentam nada na vida da gente, assim como os de fofocas, os de pastores e vários outros. A propósito, é raro encontrar programas televisivos de qualidade aceitável.
No entanto, a minha atenção voltou-se para a reportagem mostrando uma casa onde a polícia encontrou uma clínica de aborto clandestino. Eu reconheci aquele consultório.
Dizia o repórter: “No momento da chegada da polícia, havia uma paciente sendo atendida pelo médico em uma ante-sala com uma maca e escrivaninha, apenas. Todavia, em uma sala anexa havia medicamentos e equipamentos para a prática do aborto.
O médico, doutor Enrique Mello Ayala, com formação em clínica geral na Bolívia, não possui licença para exercer a profissão no Brasil. Ele tem dupla cidadania: boliviana e brasileira.
No Distrito Policial, o delegado deverá arbitrar uma fiança para ele poder responder à acusação em liberdade.”

“Caraca, Gisa! É o doutor Enrique.”
“Meu Deus! Que loucura. Nem ginecologista ele é.”

No dia seguinte, ao consultar outras reportagens, soube que os policiais encontraram a clínica do doutor Enrique, mediante uma denúncia anônima.
“Foi aquela dona, a noiva, tenho certeza. Vingança de mulher traída.”
“E agora, Gisa?”
“Agora é esperar ele pagar a fiança e marcar um novo encontro.”
“E se ele ficar preso?”
“Daí eu marco uma visita conjugal no presídio. Hahaha!”
“Você é louca!”

Continua.