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sábado, 12 de novembro de 2022

O Produto Apresentou Defeito

Fui agraciada por uma sensação de liberdade ao acordar com o sol de Salvador iluminando o quarto do hotel. Estava livre do tiozão mafioso, e ainda teria um domingo inteiro de estadia grátis.

Liguei para o meu pai para informar o horário do meu voo de retorno.

— Infelizmente não poderei voltar a tempo, filha, estou a serviço e retornarei para a Costa do Sauípe somente amanhã.


Após um papo rápido, pois ele foi evasivo demais evitando minhas perguntas, conclui que a impossibilidade dele me encontrar seria devido alguma imposição do Paizão. Achei melhor deixar quieto, curtir o meu último dia em Salvador e voltar para casa. Ligaria para ele na segunda-feira.

Também não vi mais a Rúbia e sua tia.


***


Alguns dias depois da minha volta 


— E aí, Nicole, como ficamos? Não aceitarei outra desculpa.

Era o Moacir ao telefone fazendo nova cobrança, estava em débito com o cara e minha dívida precisaria obrigatoriamente ser paga com meu sexo. 

Um dia antes de viajar para a Bahia, ele flagrou-me na casa do doutor Osvaldo (namorado da sua irmã Adriana), apenas a camisa do doutor cobria meu corpo na ocasião, evidenciando a prática de atos sexualmente explícitos momentos antes.

Essa história está em meu conto: "Pagando por Cumplicidade e Silêncio".


Mesmo sem o chantagista possuir uma prova concreta, ainda assim a exposição do caso desencadearia uma série de complicações, pois a minha simples presença na casa do Dr. Osvaldo já era um problemão, mamãe acreditava que eu estivesse chegando em Ribeirão Preto naquele horário. Seria o caos, e eu como pivô dessa droga toda.

Para evitar tantos transtornos e salvar minha pele e também a do doutor, era mais fácil eu administrar de boa essa chantagem e pagar logo, doeria menos abrir as pernas para o Moacir.

Marcamos em minha casa naquela tarde, após recusar seu pedido para irmos num motel. 


Saí do banho e vesti um shortinho e regatinha. Não caprichei na produção, o cretino não merecia. 


Ele chegou próximo das 16h. Permanecemos na sala e preparei dois drinks para nós.

— Você continua se encontrando com o Osvaldo? — perguntou o enxerido.

— Não, aquela foi a primeira e única vez, como já disse antes, aconteceu por acaso após ele me fazer um favor.

— Afinal, você veio aqui para me interrogar ou para transar? — falei matreiramente acariciando seu pinto por cima da sua roupa, pretendia acabar logo com aquilo.

Ele ficou animadinho, acariciou meu rosto e tentou me beijar. 

— Sem beijo, eu só vou transar com você, não vou namorar. 

Ele iniciou uma DR, mas parou de resmungar quando ajoelhei entre suas pernas e libertei seu membro, brinquei com ele com mãos e boca até ficar completamente rígido. Quando intensifiquei o boquete ele segurou minha cabeça enterrando os dedos nos meus cabelos, mas logo pediu para eu parar. Estava a ponto de gozar, supus.

Afastei um pouquinho e tirei minha regata, peguei dois preservativos no bolso do meu shortinho e dei um para ele.

— Sem proteção não rola — falei.

Enquanto ele se despia da cintura para baixo, tirei minha segunda e última peça de roupa ficando peladinha diante dele. 

O homem maduro de uns trinta e poucos anos comentou novamente sobre a possibilidade da minha mãe chegar.

— Não tem perigo, ela nunca chega antes das 19h, fica tranquilo.


Seu pênis amoleceu quando tentou colocar a capinha. Com minhas mãos deixei seu negócio rígido novamente. Ajeitei o preservativo na minha boca e posicionei sobre sua glande. Desenrolei a borrachinha com os lábios até seu membro entrar em minha garganta. Nessa altura, a camisinha já estava devidamente colocada.

Por que não aproveitar o momento mesmo sendo uma chantagem? Pensei. Levaria de boa curtindo o instante. Sentei de pernas abertas sobre o membro e soltei meu peso devagar sentindo seu deslizar até chegar ao fundo. Comecei a mexer bem devagar curtindo o volume em meu interior. Com as mãos apoiadas nos ombros do cara, olhei para ele com minha carinha de quem gosta de safadeza e está pedindo para ser fodida gostoso. Todavia, a expressão do Moacir era de incômodo, retraiu seu corpo e percebi sua tentativa de evitar um gozo prematuro. 

Ele segurou forte em minha bunda fazendo eu parar com os movimentos… Tarde demais, seu espasmo denunciou sua ejaculação precoce. Tentei prosseguir com a transa, mas seu negócio amoleceu em segundos.

Enfim, saí de cima ouvindo seus pedidos de desculpas.


Após retirar a capinha cheia, chupei seu pau melado de porra e tentei trazê-lo de volta à vida… Não rolou.

Pedi para relaxar e fui preparar outros drinks. 


Após servi-lo e dar um gole no meu, deitei no sofá com as pernas dobradas e fechadas. Fiquei quietinha olhando seu semblante pensativo ao bebericar em seu copo.

— O que foi? — perguntou sério. 

— Estava aqui fantasiando ter a sua língua entre minhas pernas — falei com meu jeitinho de devassa e abri as pernas. 

Ele deixou o copo na mesinha e veio com a boca em meu sexo. Chupou minha boceta e enfiou a língua e dedos por vários minutos. Apesar do seu esforço, não rolou uma química entre nós, faltava algo naquela relação. 


Acho que o gosto do meu sexo animou o indivíduo, pois de repente seu pinto ganhou vida renovando as esperanças. Nem tudo está perdido, pensei.

O fulano demonstrou desejo e agilidade ao montar em mim. Deixaria a foda rolar, mesmo sem preservativo, estava ansiosa para quitar logo aquela conta. Também desejava chegar ao clímax antes que o meu parceiro "desse defeito" novamente.

Foi fácil a introdução em meu sexo molhado por sua saliva e também pelo meu desejo momentâneo.

Senti firmeza nas estocadas iniciais, se ele mantivesse o ritmo eu chegaria rápido a um gozo gostoso. Porém, mal comecei a gemer e já senti seu tremor e a ejaculação nas minhas entranhas. Foram míseros segundos entre a penetração e o bagulho amolecer de novo.

O homem ficou muito nervoso, como se a culpa fosse minha. Dessa vez nem com toda disposição do mundo seria possível ressuscitar o negócio morto e inserido lá dentro, imaginei.


Felizmente o sujeito saiu de cima de mim sem esboçar violência. Fiquei sentada de pernas e braços cruzados assistindo enquanto o carrancudo e incomunicável se vestia. Deu até medo de perguntar algo.

Em seguida disse tchau e foi embora. 


O Moacir deve ter entendido, perdeu sua oportunidade e não haveria uma próxima vez. Nem com toda a chantagem do mundo. O incompetente teria mais a perder, caso eu revelasse para os outros o seu fiasco como amante.


Por ora, é tudo, beijos!


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