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terça-feira, 8 de novembro de 2022

Fodeu, Papai! A Casa Caiu

Papai costumava chegar mais cedo nas sextas-feiras, isso nos dava tempo de sobra para transarmos antes que minha mãe chegasse.

Era de praxe iniciarmos na cama do casal, dava mais tesão ao arriscar deixar provas do crime no território da adversária.

Sexo oral fazia parte das preliminares na maioria das vezes, o danado quase sempre me levava ao gozo com sua língua e dedos mágicos que conheciam o caminho do meu ponto G. 

Dificilmente ele gozava durante meu boquete, gostava de segurar para prolongar o tempo da sessão de foda e ejacular muito na parte final. Porém, nesse dia, não pediu que eu parasse, nem eu queria parar. Chupava e engolia seu membro que a cada minuto parecia ainda mais delicioso. Meu pai enterrava os dedos em meus cabelos forçando minha cabeça durante o vai e vem em minha garganta. Com certeza, era o melhor boquete que já fizemos, a ponto dele gozar na minha boca desta vez. Seguiu dando pressão e expelindo seu líquido viscoso e ordenou que eu engolisse tudo para não deixar nem uma gota sobre o lençol. Era nosso joguinho em que ele mandava e eu obedecia. Desejei aquele instante nas várias fodas praticadas com ele anteriormente.


Ao terminar as pulsações do seu pau, tirei a boca e levantei o tronco. Fiquei ajoelhada entre suas pernas abertas, ele permaneceu deitado defronte a mim com sua cara de tarado. Olhei para o homem com minha carinha de saciada, passei a costa da mão no canto da minha boca para conter um restinho do sêmen que tentava escapulir. 


Fui ao banheiro da suíte lavar a boca, ele veio atrás. Convidou-me para a brincadeira do banho de espumas. Adoro essa parte da diversão, o contato dos nossos corpos lisos e ensaboados pelo sabonete líquido, o esfregar da minha pele na dele e as trocas de carícias íntimas era uma loucura. 

Instantes depois, seu pau estava novamente no máximo da rigidez. Ele encurralou-me na única parede de azulejos do box e brincou esfregando a glande do meu rego à minha boceta, indo e vindo judiando de mim que estava implorando para ser penetrada. 

O homem atendeu ao meu pedido… Oooh! A invasão foi no meu anelzinho. Apesar da sua calma e cuidado, ainda assim, o início foi dolorido demais, como sempre.


O sofrimento foi passageiro e insignificante, visto que a parte deliciosa chegou e tomou conta daquele ato anal. Curtia cada estocada apoiada com as mãos na parede e mantendo meu corpo curvado. Os gritinhos de deleite eram sonoros e estridentes. Quanto a minha simulação de choro, e recusa, eram teatrais:
— Não, papai, paaara!
— Cala a boca, sua putinha! Mexe gostoso essa bunda!

Amava nosso teatrinho, um jogo de perversão que dava mais tesão quando ele me pegava por trás de um modo tarado bombando forte seu cacete no meu cu.


— Seu filho da puta!!! — ecoou um grito no cômodo. 


Puta que pariu! Mamãe surgiu do nada, havia chegado em silêncio e nos flagrou praticando aquela cena para lá de depravada.

Nem senti quando ele arrancou seu pau de uma só vez da minha bunda. 

A dona Helena estava enraivecida por confirmar suas suspeitas de traição, partiu para cima dele aos tapas e palavrões. Meu pai recuou se defendendo com as mãos e pedindo que ela se acalmasse.

Minha mãe agarrou meu braço com uma força descomunal e praticamente jogou meu corpo para fora do banheiro após arrastar-me até a porta 

— Sai daqui! Minha conversa com você será depois — disse consumida pela raiva. 

A ira dela parecia só aumentar, pegou a escova de banho, uma de cabo longo, e voltou à ofensiva contra o homem  peladão, encurralado no pequeno espaço de vidro. Os ânimos estavam muito exaltados, todos gritavam e ninguém ouvia. Pedia para se acalmarem, mas nem os distinguia mais; parada próxima da porta do banho, só conseguia perceber dois vultos através do vidro verde coberto de vapor. De repente ouvi um impacto forte e o grito do papai:

— Helena!!! 

Corri para a entrada do box e vi mamãe caída no chão molhado com o rosto colado ao vidro. Ela não se mexia, e o corpo numa posição que parecia uma rã morta.

Gritos e desespero total da minha parte. 

— Você matou minha mãe — fiquei repetindo aos prantos. 

Ele se defendeu dizendo que ela escorregou e caiu sozinha. Chamei o homem de mentiroso, entre outras coisas, e ia mexer com minha mãe para ver se estava viva. 

Meu pai falou para não tocar nela, ou poderia ser prejudicial.

— Ela está respirando, vou chamar o resgate — disse e saiu correndo. 


Os paramédicos chegaram rapidamente e fizeram os primeiros atendimentos no local. Quando a carregaram para dentro da ambulância, ela já estava consciente. 


Mais tarde no hospital:

A dona Helena é durona, ganhou uns hematomas no rosto e uma luxação no braço, nada grave. Teria alta no mesmo dia, mas só voltaria comigo para casa, depois que meu pai saísse de lá com suas coisas, foi a exigência dela. 


Deu Ruim para o seu Flávio, e foi pior que ele podia imaginar. O caso não seria só uma questão de incesto e traição conjugal, muito menos ficaria só em família. Ele responderia por violência contra a mulher. Minha mãe prestou queixa de agressão, além de acusá-lo de abuso sexual de menores. 


Abaixo, a versão resumida que meu pai contou para a delegada. Anteriormente, havia contado uma semelhante para mim. 

"Minha esposa chegou e ficou muito nervosa ao descobrir a traição. Puxou a Nicole para fora do banho e voltou muito alterada caminhando com dificuldade no piso molhado e liso. Quando ela tentou golpear-me com a arma improvisada (a escova), fui mais ágil e consegui desviar da pancada. A Helena deu o golpe no ar e escorregou perdendo o equilíbrio; na queda ela bateu seu rosto com muita força na parede de vidro. E permaneceu inerte enquanto eu fui solicitar uma ambulância."


Versão resumida contada pela minha mãe:

"Fiquei desconfiava de estar ocorrendo alguma perversão em minha casa, encontrei vestígios de atos sexuais por mais de uma vez. Pensava num modo de flagrar meu marido.

Comecei nesta sexta-feira, voltando para casa num horário alternativo. Aconteceu de flagrá-lo na minha primeira tentativa, peguei o canalha praticando sexo com a minha filha. No mesmo instante fiquei com o estômago embrulhado imaginando ser diária aquela cena nojenta. Perdi parte do controle e peguei a escova de banho para afastá-lo da minha filha e, ao mesmo tempo, defender-me.

No instante seguinte, ao interpelar o pervertido, levantei a escova somente com a intenção de intimidá-lo para que não viesse para cima de mim. Ele reagiu com brutalidade me agredindo com um soco no braço e chutou-me dando uma solada no meu quadril quando eu já estava sem equilíbrio. Caí e bati de frente contra o vidro, senti uma dor horrível na cabeça e devo ter desmaiado. Lembro de ter acordado somente no interior do carro de resgate."


Minha versão resumida contada para a delegada:

"De onde estava, eu só conseguia distinguir dois vultos através do vidro verde embaçado pelo vapor. Ouvi o barulho de impacto e corri para o interior do box. Encontrei minha mãe já caída e desmaiada."


Quanto ao fato da acusação de abuso sexual: disse para a delegada que foi consensual o sexo entre nós, eu já tinha quinze anos e permiti desde o início. Meu pai nunca me forçou a nada e jamais recorreu à força ou foi violento comigo. Muito menos foi-me oferecido dinheiro.


Horas antes, no hospital, havia combinado com papai que contaríamos a verdade sobre nosso lance sexual, não havia mais como esconder. Todavia, quanto à data de início da relação, seria sensato mentir dizendo que começamos nas duas últimas semanas, e com minha permissão, óbvio. 


Enfim, meu pai saiu de casa e os dias seguiram adiante. Ele não foi preso, posto que a acusação de agressão não foi comprovada. Ao final daquela parte da história, além do divórcio do casal, o homem também foi sentenciado com uma medida restritiva e não poderia se aproximar de mim ou da minha mãe.


Quanto a mim, fui considerada uma vítima da situação e obrigada a fazer terapia. Disseram que eu estava sofrendo da Síndrome de Estocolmo, porque defendia meu pai, mesmo tudo conspirando contra ele. 


Por ora é isso. Beijos!


A definição “formal” da Síndrome de Estocolmo é: a vítima de agressão, sequestro ou abuso, desenvolve uma ligação sentimental ou empatia por seu aproveitador.



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