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terça-feira, 1 de novembro de 2022

Marido de Aluguel

Numa manhã (muito de manhã) de uma sexta-feira de setembro de 2022, do nada fiquei frente a frente só de calcinha com um homem na cozinha da minha casa. Havia dormido assim após chegar de porre à uma da manhã, foi só o tempo de jogar os sapatos e o vestido pro lado, deitar e apagar em seguida ouvindo os esporros da mamãe.

Acordei com o estômago embrulhado, um enjoo da porra. Estava acabada por consequência de uma mistura de bebidas ingeridas na festinha da noite anterior. Apesar de ser cedo demais para mim, ainda assim levantei com esforço e desci até a cozinha em busca de um anti ácido.

Abri a gaveta do gabinete em busca do sal de frutas.


Virei assustada ao ouvir a voz de um homem adentrando pela porta dos fundos.

— Dona Helena? — disse ele pensando tratar-se da minha mãe. 

Lembrei dela ter comentado algo sobre um eletricista.

O cara alto, sarado, próximo dos trinta anos e aparência latina, ficou constrangido e pediu desculpas demonstrando respeito. Mas demorou para desviar o seu olhar dos meus seios nus. Só então mirou meus olhos.

Cobri meus seios com as mãos, mas algo chamou minha atenção, e não foi somente o meu lado exibicionista falando alto, foi o fato de ter reconhecido o cara de algum lugar. Liberei uma mão do seio e apontei um dedo para ele ao dizer:

— Eu te conheço de algum lugar…

O homem continuou me comendo com os olhos sem dizer nada. De repente lembrei de onde o conhecia e dos fatos ocorridos. A outra mão apoiou meu queixo enquanto pensava a respeito.

Ficou claro em minha mente, foi quando cursava o último ano do colégio há pouco menos de um ano, em meus retornos para casa, pegava um ônibus urbano.

Todo mundo sabe, né, gente? Quando chegamos num ponto de ônibus, devemos ser educados o suficiente e darmos a preferência de embarque às pessoas que chegaram antes de nós. No entanto, uma dona sem noção chegava sempre após os demais e atropelava a mim e a todos para entrar antes. Um dia até levei um chega pra lá da vadia ao ter o "atrevimento" de tentar tomar sua frente. 


A cavalona, vulgar e mal-educada, descia um ponto antes do meu. Às vezes, um cara de aparência latina a aguardava no ponto. Davam um selinho e se abraçavam enquanto o meu ônibus ia embora. 

Então, pessoal, o cara estava na minha cozinha. Imediatamente brotou em mim um sentimento de vingança contra a vadia do ônibus. Ainda mais quando vi uma aliança em sua mão direita. Conversei com o noivo como se eu estivesse vestida, deixando o gatão explorar meu corpo com seus lindos olhos castanhos.


— Oi! Você é o eletricista, né? — disse enquanto ele provavelmente pensava se também me conhecia.

— Sou. Desculpe, pensei que fosse a dona Helena — disse ele, e precavido ameaçou retornar para os fundos. 

— Espera, tá tranquilo, seu… Qual é o seu nome? 

— Rodrigo. Você é a Nicole?

— Sou, prazer! Sabe como a mamãe chama você? De: "meu marido de aluguel" — falei sem esperar resposta e dei um sorriso maroto.

Ele sorriu, depois disse nomearem assim os profissionais responsáveis por consertos domésticos.

— Já te vi algumas vezes no ponto lá de baixo com uma mulher loira.

— É a minha noiva.

O tal Rodrigo parecia mais à vontade, e eu mais interessada em seduzir o homem, não só por ser simpático, também notei outros atributos, e fui ousada a ponto de fazer uma brincadeira com segundas intenções.

— Também gostaria de ter meu marido de aluguel, você teria um tempinho para mim? 

— Com certeza, qual o serviço?

Antes de lhe responder qual seria o tipo de serviço, ouvi o grito da mamãe me chamando.

— A gente se fala daqui a pouco — disse e saí correndo.

Encontrei com a mamãe no alto da escada. 

— O que tá fazendo uma hora dessa correndo nua pela casa, dona Nicole?

— Nem te conto, mami, fui tomar um sal de frutas e vi alguém na nossa área de serviço. Saí correndo e nem tomei nada. 

— Sua louca! Te falei ontem que viria o eletricista. — Ele te viu? 

— Não, corri a tempo.


Pouco depois, desci novamente e consegui ter uma conversa rápida e particular com o cara. Marquei para ele vir na tarde seguinte e instalar uma tomada no meu quarto. Todavia, minha mãe não poderia saber, falei. Ele concordou.


Ainda não tinha certeza se deixaria rolar até os finalmentes e enfeitaria com um par de chifres a cabeça da cretina do ônibus, só estava tentando me divertir e conquistá-lo. 


Era sábado, e ele chegou no horário combinado. Não necessitava dos seus serviços de eletricista, só estava praticando meu joguinho preferido: o de seduzir. Vesti apenas um robe de seda, vermelho e curtinho. Toda cheia de charme, fui até o portão receber o cara. Havia saído do banho minutos antes, e minha pele macia e cheirosinha ansiava por um carinho. Costumo agir de improviso, mas durante meus passos até o portão, já havia decidido anteriormente que deixaria rolar. Minha decisão foi quando passava um creme para o corpo, minha imaginação fluiu ao massagear meu sexo, e desejei com muita força transar com o homem.


— A dona Helena está em casa? — perguntou o gatão perfumado. 

— Minha mãe foi para Barra Bonita com o namorado, só retornará amanhã à noite — respondi deixando claro o tempo disponível para praticarmos todos os tipos de intimidades.

Levei o homem direto para o meu quarto.

— Onde deseja a tomada? — perguntou ele de praxe. Estava me testando, deduzi. 

Abri meu robe bem devagar, depois o deixei ir ao chão. Fiquei nuinha defronte o homem e meu tesão dobrou vendo sua cara de guloso e sua expressão de admiração.

— Desejo aqui — falei do modo mais safado que jamais imaginei ser.

— Uau! — foi sua reação.

Abri meus braços o convidando a aproximar-se. 

Ele soltou a caixa de ferramentas no chão e partiu pro ataque.

No primeiro abraço seguido de beijo, tive a certeza do homem ter vindo preparado para transar e, não, para trabalhar, pois não havia nenhum odor de suor. Deliciei-me com um corpo exalando apenas perfumes naturais e outros de marcas boas.

Em instantes, juntos o deixamos nu da cintura para baixo. O movimento seguinte foi ouvir suas expressões de satisfação enquanto ele se divertia fodendo na minha boca. Engoli seu pau todinho com algum esforço. E foi prazeroso ao extremo.


Minha recompensa chegou durante minha vez de sentir sua língua em meu sexo, deitados sobre a minha cama. Nessa altura, também podia admirar a nudez do "meu marido de aluguel".


Infelizmente percebi que o oral não era sua especialidade. Sem problemas, pensei, ele tinha outra ferramenta para me levar ao gozo de um modo mais gostoso. Isso ficou evidente quando montou entre minhas pernas abertas, beijou-me safadamente, e foi cruel pincelando eternamente em minha fenda antes de enterrar e me foder num delicioso papai e mamãe. O novo beijo na boca foi do jeito que eu amo. Também suas estocadas divinas.


Estava bom demais para ser verdade. Meu parceiro continuava controlando seus movimentos tentando prolongar aquele momento de deleite. Queria poder ficar por horas sentindo o calor daquele corpo e seu nervo introduzido se movendo firme dentro de mim. Mas nem tudo é perfeito, um som veio atrapalhar nosso instante tão íntimo:

— É o alarme do meu carro — disse ele. 

— Deve ser de outro — falei. 

— Eu conheço, é o meu — disse e parou de bombar sem retirar o negócio. 

Abracei o homem com força e mexi feito doida embaixo dele. O homem até retomou as estocadas, mas não como antes. 

— Preciso ir lá, Nicole! — murmurou. 

— Você não tem seguro? — sussurrei tentando diminuir a importância do problema. 

— Tenho — respondeu ofegante. 

— Então me fode gostoso e deixa a franquia por minha conta — falei entre gemidos de prazer. 

Porém, seu pau estava perdendo a potência. 

— Desculpe, minha linda, mas não consigo continuar. 

Enfim, ele tirou de dentro e saiu de cima. Vestiu-se a jato e foi ver a porra do carro.

Não houve tentativa de furto, uma dona bateu de leve atrás ao estacionar e disparou o alarme. Ela ainda estava lá e arcaria com as despesas, disse.


Tudo resolvido, contudo, não havia mais clima para retomarmos a transa. Meu marido de Aluguel tinha outro compromisso. 

Pedi para vir almoçar comigo no dia seguinte. Ele confirmaria sua presença via whatsApp mais tarde.


Fim


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