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terça-feira, 19 de agosto de 2025

Almas Gêmeas - Parte 13

<< Finalmente sextou no vilarejo de Águas Turvas, a semana parecia interminável. Estava morrendo de sono, devido aos trabalhos noturnos estendidos até de madrugada. Principalmente os praticados fora do ateliê.
Iniciava a noite, caminhava pelo complexo estudantil, indo do alojamento para o “treinamento” no ateliê.

Quando percorria a área do estacionamento, encontrei um cara que havia cruzado comigo no corredor do colégio há dois dias. Naquela oportunidade, aconteceu algo incomum, o que me deixou com os pelinhos arrepiados. Foi um momento fugaz quando o olhar penetrante do bonito, me hipnotizou.
Apesar do acontecimento ter durado apenas dois segundos, em razão dele desaparecer em meio à galera agitada, a sensação gostosa de encantamento permaneceu comigo pelo resto do dia.
Posteriormente, pesquisei e descobri o nome do simpático de olhos castanhos e cabelos bagunçados, Rodrigo, um professor recém-chegado no instituto, atuando na área de TI. Será que ele tem namorada? Será que é casado? …

O cara surgiu repentinamente no estacionamento, e dessa vez estávamos a sós. Será uma intervenção divina esse gato cruzando novamente o meu caminho? Pensei, sorrindo por dentro.
Seu olhar penetrante voltou a mexer comigo. Parei quando ele me bloqueou a passagem e deu um sorriso lindo para mim.
— Desculpe-me se parecer assédio ou clichê. Mas eu te conheço de algum lugar? — disse ele.
— Você me viu no interior do colégio, lembra?
— Sim. Como poderia esquecê-la? E anteontem tive a mesma impressão de agora, de conhecê-la há muito tempo.
— Nossa! Fiquei com medo. — Será que foi em outra vida? — falei e sorri, mas sem a intenção de ser irônica.
Ele deu outro sorriso gostoso antes de responder.
— Não precisa ficar com medo, caso tenha razão, eu devo ter te amado muito nessa outra vida.
— Assim eu fico sem graça.
— Você fica ainda mais linda com as bochechas coradas.
Caramba! O cara com o dobro da minha idade estava me azarando grandão… E deu certo, uma vez que fiquei muito a fim dele. Entretanto, aquele bate-papo nas dependências do instituto acabaria dando ruim para nós dois.
— Acho melhor eu ir. Aqui as paredes têm olhos e ouvidos. — Você já conhece as regras, né? — falei demonstrando a minha preocupação.
— Conheço, e acho as regras muito castradoras. Mas você tem razão, melhor sairmos daqui. — Vai para onde? — Eu te dou uma carona.
— Obrigada, mas estou indo para o ateliê, faço treinamento remunerado à noite.
— E a gente pode se ver mais tarde?
— Hoje? — Acho difícil, não tenho hora para sair.
— Poxa! Você está destruindo meus sonhos.
— Desculpa, não tive a intenção, juro!
— Vou assistir ao jogo dos rapazes lá na quadra, são meus alunos. Dá uma passadinha lá, se sair antes das dez.
— Se conseguir antes, eu passo, prometo. Tchau! Tá na minha hora.
— Espero ansiosamente que consiga vir…
— Gisele.
— Eu sou o Rodrigo. Tchau! Gisele.

Saí pensando mil coisas. Será que estou entrando numa roubada? Será uma armadilha do próprio instituto me testando?
Pensaria nisso mais tarde, no momento, precisava correr para não chegar atrasada.


Carícias Caninas.

Naqueles quase dois meses de treinamento, o mestre já havia tocado meu corpo algumas vezes, disfarçadamente, ou nem tanto. O cinquentão não dava apenas os frequentes tapinhas em minha bunda nua, ia muito além. Com a suposta intenção de corrigir minha posição durante os trabalhos de captação de imagens, seja em foto, vídeo, desenho ou pintura, ele tocava abusivamente as minhas partes íntimas.
Inúmeras vezes, na posição sentada ou em pé, meus seios foram amparados pela palma da sua mão em forma de concha, ao simular ensinar-me a empertigar o corpo de forma altiva. Na mesma oportunidade, na posição em pé, além de empinar meu corpo, estando por trás de mim, ele também me encoxava e seu pau crescia, alojando-se em meu rego.
Parecia ter uma queda por meu bumbum cheiinho, assim como pelas coxas. Os toques das mãos frias e atrevidas aconteciam quando eu estava em qualquer posição e quando o homem julgava necessário flexionar ou abrir minhas pernas, ou virar meu corpo. Geralmente, dedos escorregadios atingiam a minha vagina ou reto.
Não necessitava da sua intervenção física, saberia posicionar-me sozinha, caso recebesse apenas orientações verbais.
Obviamente, aquele abuso não chegava nem perto das coisas que me obrigaram a fazer naquele ateliê. Assim como era óbvio a clareza da minha condição de “escrava sexual”. Então, soube avaliar o perigo e fui conivente o tempo todo, evitando assim, provocar uma treta de consequências inimagináveis, para mim e minha família, caso expressasse qualquer tipo de reação adversa.
Mas permanecia a minha dúvida: por que, apesar de todo o poder que ele possuía de fazer sexo comigo, o homem ainda não havia tentado? Qual seria o empecilho? Já que me obrigavam a fazer todos os tipos de putaria naquele universo sombrio. Não tinha ideia do porquê, mas agradecia por ele não me obrigar, pois além de medo do tipo sinistro, sentia aversão pelo cinquentão esquelético, de voz infernal, cerca de 1,90 de altura, praticamente albino e feições de cadáver.

Contudo, parecia ser somente uma questão de tempo. Naquela mesma noite de sexta-feira, após ficar encantada com minha conversa com o professor Rodrigo, cheguei na ante-sala do ateliê e tomei o chá que dá um barato diferente na mente, também no estômago. Enquanto isso, o mestre Vilânio posicionou a filmadora e os refletores em tripés.
A propósito da iluminação, o artista quase sempre dava preferência ao tipo de iluminação nomeado de Caravaggio. É uma técnica tenebrista de iluminação, com contrastes fortes entre luz e sombra. Eu sempre ficava à luz e o restante ao meu redor, à sombra, dando um aspecto dramático e sinistro.

Após tudo pronto, posicionou-me nua no divã e suas atitudes foram estranhamente carinhosas. Ao posicionar-me deitada de costas, pernas erguidas e abertas, deduzi que a arte simularia uma cena de relação sexual.
Não me enganei, aconteceria sexo… Dele comigo. O homem enfiou a cara entre minhas pernas, lambendo, chupando e enfiando os dedos na minha boceta.
Fiquei atordoada com o frenesi da sua investida silenciosa. E, apesar de uma boca gulosa causar prazeres em contato com meu sexo, fiquei apreensiva sem saber o motivo.
“Isso vai dar ruim”, dizia minha intuição. Nem fui capaz de sentir prazer, apesar de amar um oral.
O momento crucial chegou, a penetração iminente ficou clara ao montar sobre mim, com a túnica erguida e nu da cintura para baixo.
Seu membro ereto e sem proteção foi pincelado em meus grandes lábios. Eu limitei-me a olhar para o teto e rezar para ele gozar logo e ficar satisfeito comigo. Seria muito melhor assim, pelo menos para mim.

Ele enfiou devagar, tentava ser carinhoso, eu acho. Não há como não sentir prazer nessa primeira enterrada, a gente esquece quem é a abusada e quem é o agressor.

Fodeu! Deu ruim o negócio e não rolou como deveria. Eu acabara de entrar no clima e não consegui segurar um suspiro longo de frustração. Fiz isso segundos após o seu gozo precoce. Cacete! Sua ejaculação aconteceu ao iniciar as estocadas. O pior foi a queda imediata da ereção e o empurrão que levei quando ele tirou de dentro, como se a culpa fosse minha.
Fiquei sem ação, de pernas dobradas, abertas e sentindo o sêmen ralo escorrendo pela vagina. Continuei quietinha e com medo até de respirar. Apenas aparava a meleca com a mão.
— Vou sair e volto logo. E não se atreva a levantar daí — disse ele, em tom de irritação.
Pelo menos, ele me deu um rolo de papel higiênico, mas eu queria mesmo era ir ao banheiro. Porém, era prudente segurar o xixi, o coroa estava muito contrariado.
O Amir observava tudo, quietinho em seu canto. Assim que o homem saiu e trancou a porta de acesso ao mezanino, o Rottweiler veio se solidarizar comigo. Fiquei deitada de costas, com as pernas fechadas, prendendo um volume de papel higiênico em meu vão íntimo.
Esse cachorro era meio humano e cheio de artimanhas, aproximou-se de mansinho, grunhindo suave ao aconchegar-se ao meu lado. Achei fofo demais quando ele subiu no divã e deitou a cabeça em meu peito.
— O que foi, meu amor, tá carente? — disse, ao dar-lhe carinho.
Ele levantou animado, dando lambidas em meu rosto. Tentei defender-me das investidas do grandalhão.
— Na boca, não, bonitão, dá sapinho.
Cachorro danado! Pareceu ter entendido, foi ágil em rodear meu corpo e invadir-me por trás, no vão das minhas pernas. Eu permaneci deitada de costas e com as pernas dobradas e fechadas, sentindo seu focinho cheirando meu sexo coberto pelo papel.
Meu tesão falou mais alto. Abri minhas pernas, permitindo que invadisse a minha privacidade ao retirar com lambidas a cobertura de papel. Foi divino sentir o toque do focinho gelado fungando sobre toda a zona íntima. Quando sua língua firme lambeu meu sexo, arrepiei-me todinha. Mas a sensação gostosa da sua língua passando seguidamente na entrada da minha fenda seria só o começo dos momentos de intenso prazer.
Não conseguia mais afastar o peludo, e nem tentei. Ele montou em mim, mas a posição não lhe favorecia, mesmo com ele fazendo um esforço incomum para deitar sobre mim, mas apenas a cabeça do seu pau tocava a minha boceta.
— Eu não vou judiar de você, Léo (eu o chamava de rei Leônidas, escondido do mestre).
Iria facilitar para ele, pois o tesão me consumia.
Saí debaixo do Amir, ajoelhei no chão, debruçada sobre o divã. O restante deixei com o danado. Montou em mim, cutucando minha zona sexual. Delicioso foi senti-lo fodendo as minhas coxas, pois o taradão não conseguia me penetrar. No entanto, aquilo não satisfazia totalmente a mim, e nem a ele, eu acho. Por isso peguei seu pau e guiei para dentro da minha boceta…
— Ahh! Léo, você é muito gostoso — murmurei ao senti-lo dentro e socando rápido.
Havia uma ligeira diferença do chá alucinógeno, ingerido nos dias de trabalho na ante-sala, não era potente como o que era servido na sala secreta, então, não rolou alucinações do tipo: ser abusada por um brutamontes ou por um urso gigante. Naquele momento, amei saber que transava com o meu peludo amado.
O Amir socou sem trégua. Seu saco escrotal, de tamanho enorme, alargava a minha entrada, alimentando meu tesão e arrancando meus gritinhos e gemidos.
Cheguei ao auge do prazer, gozando alucinada. Mas ele tornou possível que o auge fosse além. Isso aconteceu com o pulsar do seu pinto, ejaculando sem parar. Ahhh! Sorri feito boba, tamanho foi a intensidade do meu gozo. Rebolei incansavelmente, curtindo cada fração do instante.
Quando ele tirou de dentro, continuei debruçada, saboreando a sensação de prazer e sentindo uma quantidade enorme de líquido escorrendo de dentro de mim.
De repente, veio-me à mente o retorno do mestre Vilânio. A seguir, a lembrança da câmera montada sobre o tripé. Quando pensei em levantar para verificar se estava filmando, o mestre entrou na sala e foi direto para ela, desligou e recolheu o equipamento.
— Encerramos por hoje, pode ir embora.
Ele foi para seu escritório no mezanino. Eu fui fazer a higiene e vestir minha roupa.

Ao sair mais cedo do ateliê, pouco antes das nove da noite, continuava louca sob o efeito do alucinógeno.
Fui até a quadra.
— Oi, professor!
— Oi, Gisele! Que bom que conseguiu sair mais cedo.
— Consegui, e aceito a carona para irmos aonde você quiser — sussurrei em seu ouvido para que os outros não ouvissem.
— Você bebeu, Gisele? — falou, sussurrando.
— Magina, eu tô legal, juro. — Vamos logo, preciso voltar antes da meia-noite, ou viro abóbora — disse e ri alto demais, constrangendo-o.
O professor Rodrigo me tirou dali, antes que eu fizesse mais besteiras.

Continua.


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