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sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Almas Gêmeas - Parte 12

>> Na tarde de sábado, 02 de agosto, ficaria em casa assistindo ao jogo Brasil e Colômbia pela final da Copa América feminina, mas a minha colega Karina convenceu-me a ir com ela na exposição imersiva da floresta amazônica.
Acabou dando bom, encontrei o doutor Enrique sozinho lá no prédio da exposição (Farol Santander). Há dias que não falava com ele. Em minha última mensagem enviada a fim de um novo encontro, ele foi evasivo e ficou de dar retorno. Continuei aguardando sem forçar a barra, apesar de a voz interior ficar insistindo: “Liga para ele, Gisa!”.

Não contei para a Karina, nem para mais ninguém, sobre o meu caso com o doutor. Para todos, ele era apenas o médico que cuidou da minha perna depois do acidente com a bicicleta.
Ficamos em sua companhia durante o passeio, e a conversa foi somente sobre a exposição.

Pegamos uma carona com ele no início da noite. Durante uma conversa informal, ele comentou sobre a viagem da sua noiva para Rio Claro naquela manhã. Fiquei cheia de intenções de ir para sua casa. Mas meu fogo deu uma esfriada quando ele insistiu no assunto da noiva.
— Há semanas que não conseguia um dia de folga, a patroa tem feito marcação cerrada lá em casa, inclusive pernoitando.
Desconfiei que ele estava usando o ciúme da noiva como desculpa para me dispensar.
“É melhor começar a esquecer essa paixão, garota, acho que ele perdeu o tesão por nós.”
“Já disse que não estou apaixonada, eu só gosto dele.”
Meu papo mental foi interrompido pela Karina ao nos aproximarmos de sua residência.
— Pode me deixar ali na esquina, por favor?
Houve uma transformação no ânimo do homem após minha colega descer e ele retomar a marcha do veículo.
— Vamos lá pra casa, linda? — disse ele.
“Oba!”
— Demorou, doutor. Pisa fundo.
“Gostou, né, safadinha?”
“Amei.”

Estava enganada, o tesão dele continuava como um vulcão em erupção e nossa química combinava à perfeição. Iniciamos as carícias ainda na garagem, dentro do carro. Após os botões da minha camisa serem abertos, meus seios foram massageados e sugados, aumentando a chama da minha fornalha.
A seguir, aninhada em seus braços, fui transportada para o interior da residência com a minha camisa totalmente aberta. Sentia o frio da noite em meu peito exposto, mas estava aquecida pelo calor do seu corpo e pela febre do desejo de transar com ele.

Passados dois ou três minutos, já sem a calça jeans, sem a calcinha e de quatro sobre sua cama, fui agraciada pelo seu membro super ereto, indo e vindo dentro da minha vagina.
“Ahh, Gisa, como isso é bom.”
“Ele é gostoso demais, esse pinto me enlouquece.”

O doutor não ficou poupando energia para prolongar a transa, ele me fodia em alto impacto, fazendo o meu tesão chegar ao extremo. Urrei recebendo uma saraivada de golpes fortes e profundos, e gritei quando ele gozou, pois também cheguei ao clímax e saboreamos juntos aquele instante delicioso de vibrações intensas e corpos fundidos.

Ao final, ao tirar de dentro, o sentimento era de satisfação e não de satisfeita, pois a noite ainda prometia várias horas de loucuras e prazeres.

Ele pediu uma refeição. Enquanto aguardávamos a entrega, fomos para o banho tomar uma ducha rápida. No entanto, quando parei diante do espelho do gabinete, observando os meus cabelos bagunçados, ele colou em mim, beijando e chupando carinhosamente o meu pescoço, falando safadezas no meu ouvido e colocando-me curvada sobre o gabinete. Senti um tesão danado quando um gel geladinho foi depositado em meu ânus e seus dedos massagearam meu rego. Um dedo atrevido invadiu meu buraquinho, me fazendo ronronar e balançar o bumbum.
Quando o dedo saiu, não cheguei a ficar ansiosa pelo seu próximo movimento, pois aconteceu rápido, ele brincou esfregando seu pênis no meu ânus sem judiar muito com a preliminar, partindo logo para a penetração cuidadosa e de movimentos suaves.
“Ohhh, Gisa! Como isso dói.”
“É só no começo, sinta como está ficando bom demais.”
“É verdade, ai… Dói gostoso.”
Gemi baixinho com as estocadas lentas do início. Saboreei curtindo a facilidade com que seu membro deslizava deliciosamente, entrando e saindo, agora sem dor, devido ao gel com propriedades anestesiantes.
Logo a pegada ficou intensa, curti demais as estocadas vigorosas e o homem se apossando inteiramente do meu corpo, uma mão apertando meu seio e outra com os dedos enfiados em minha boceta. O som das batidas do seu corpo em minha bunda parecia um espancamento, mas eram pancadas de amor.
Consegui abrir os olhos ao chegar o momento sublime, foi quando o seu sêmen me inundou… Ahhh! Pelo reflexo do espelho, vi meu parceiro urrando de prazer. Meu gozo chegou ao auge instantes após o dele. Não saberia descrever tamanha gostosura. Fechei os olhos, saboreando o momento raro e de puro deleite.

Pouco mais tarde, depois da refeição e uma e meia garrafa de vinho, falei que ficaria para dormir com ele, apesar da sua insegurança, pois a noiva havia ligado e disse que estava tudo bem com a mãe dela, uma senhora de 88 anos.
— Ela virá próximo do meio-dia e prometeu trazer o almoço — disse o homem.
— Eu juro que sairei cedinho, logo quando o galo cantar. Mas se quiser, eu fico para o almoço e fazemos um ménage — disse e sentei no colo dele.
— Engraçadinha — disse ele, e nos beijamos.
Estava vestida só com uma de suas camisas sociais. Minha bunda nua sentiu seu pau começando a ganhar vida novamente sob sua cueca de malha fria.
Fomos para o quarto e transamos gostoso até sermos vencidos pelo sono.

O alarme do meu celular soou às 6h30 da manhã. Meu primeiro pensamento foi que iria ouvir um monte quando chegasse na casa do meu tio, pois ele não acreditou na minha mensagem dizendo que eu dormiria na casa de uma amiga.
Em quinze minutos estava pronta para sair, pedi para ele não esquecer de mim e mandar mensagem quando quisesse me ver.
— Vou nessa, antes que a chifruda chegue.
— Não chame ela de chifruda — disse em tom de irritação.
— E como eu chamo?
— Esquece ela, você não tem nada a ver com isso.
— Tá bom, desculpa. — Não vai comigo até lá fora?
— Estou só o pó, vou dormir mais um pouco. Bata a porta da sala e da rua quando sair, ok?
— Entendi. Beijo, dorme com os anjos.
Ele não respondeu.
— Tchau, né!
— Tchau! — disse o homem, secamente.
Essa foi a nossa primeira DR.
“Beijo, meu amor!”
“Sua boba, ele não está nem aí.”

Esqueci seu mau-humor e fui saindo satisfeita e agradecida pela deliciosa noite de amor.
“Foi muito gostoso, não foi, novinha?”
“Eu amei, não vejo a hora de voltar…”
A conversa telepática congelou quando abri o portão e dei de cara com uma mulher que estava com a chave na mão, pronta para inserir na fechadura. Levei o maior susto.
— A senhora é a mãe do doutor Enrique? — perguntei automaticamente, pois a mulher tinha cara de cinquentona, apesar de recauchutada por alguma clínica de harmonização facial, retocada em salão de beleza e finalizada com um banho de loja de grife.
— Imagina! — disse a mulher após estalar a língua no céu da boca e fazer pose de superioridade. — Eu sou a noiva dele. E quem é você, menina?
“Fodeu!” Fiquei sem ação e sem fala ao saber que era a fulana chifruda.
“Você veio tirar uma dúvida com o médico”, disse minha voz interior.
— Responde, garota, perdeu a língua?
— Eu vim tirar uma dúvida com o doutor.
— Domingo a essa hora da manhã? Que dúvida urgente é essa?
“Diz que é particular e saí fora, Gisa!”
— Não é da sua conta, dona — disse, já saindo no gás.
— Volte aqui, sua atrevida! — gritou a mulher exaltada.
“Hahaha, corre, sua louca.”

Denúncia Anônima

Na segunda-feira, após chegar do colégio no início da noite, meu tio Armando estava assistindo a um daqueles programas policiais que não acrescentam nada na vida da gente, assim como os de fofocas, os de pastores e vários outros. A propósito, é raro encontrar programas televisivos de qualidade aceitável.
No entanto, a minha atenção voltou-se para a reportagem mostrando uma casa onde a polícia encontrou uma clínica de aborto clandestino. Eu reconheci aquele consultório.
Dizia o repórter: “No momento da chegada da polícia, havia uma paciente sendo atendida pelo médico em uma ante-sala com uma maca e escrivaninha, apenas. Todavia, em uma sala anexa havia medicamentos e equipamentos para a prática do aborto.
O médico, doutor Enrique Mello Ayala, com formação em clínica geral na Bolívia, não possui licença para exercer a profissão no Brasil. Ele tem dupla cidadania: boliviana e brasileira.
No Distrito Policial, o delegado deverá arbitrar uma fiança para ele poder responder à acusação em liberdade.”

“Caraca, Gisa! É o doutor Enrique.”
“Meu Deus! Que loucura. Nem ginecologista ele é.”

No dia seguinte, ao consultar outras reportagens, soube que os policiais encontraram a clínica do doutor Enrique, mediante uma denúncia anônima.
“Foi aquela dona, a noiva, tenho certeza. Vingança de mulher traída.”
“E agora, Gisa?”
“Agora é esperar ele pagar a fiança e marcar um novo encontro.”
“E se ele ficar preso?”
“Daí eu marco uma visita conjugal no presídio. Hahaha!”
“Você é louca!”

Continua.

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