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sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Meu Quarto Virou Motel

Num domingo, próximo do Natal de 2019, a Adriana e o Dr. Osvaldo novamente vieram almoçar na minha casa. Minha amiga Luiza chegou logo depois e também passaria o dia conosco.


Minutos mais tarde, passei de repente da sala para a cozinha e ouvi as palavras finais ditas pela Adriana:

— … goza rápido demais e depois m seurcha me deixando com vontade. 

— Tipo o Moacir — falei essa frase sem pensar. Cacete! Foi uma pegadinha do meu cérebro. 

— O que tem o Moacir, Nicole? — perguntou a Adriana, irmã do cara. 

— Não sei. — O que tem ele? — disse rápido sem olhar para ela. 

— Não se faz de sonsa, você acabou de falar o nome dele — interviu minha mãe com um pé atrás.

— Nem percebi, estava de papo com a Luiza e saí pensando alto. — Calma, gente! — falei num tom de pedido de clemência. 

As duas ficaram caladas e rolou um clima incômodo. Quebrei o silêncio falando que minha amiga pediu um refrigerante e o doutor uma cerveja. Fechei a geladeira já com as latinhas nas mãos e saí rapidinho.


Mancada da porra! Pensei. Continuei analisando a frase da Adriana e achei impossível dela estar falando do Dr. Osvaldo, sou testemunha da sua pegada, nunca falhou e gozei em todas as nossas transas. Por outro lado, o Moacir… Melhor deixar quieto. 


Voltei para a sala e a amiga, assim como o doutor, ficaram sem graça com a minha presença. Conhecia aquela expressão, ambos se pegaram num amasso na minha ausência, deduzi. A amiga me chamou para ir ao banheiro, caminhamos fofocando escadas acima. 


Quando entramos nas dependências sanitárias, fui surpreendida com sua afirmação:

— Vou transar com ele. 

— Ele quem? — perguntei já sabendo a resposta. 

— O advogado, horas! 

— Você é doida, onde e como pretende fazer isso? 

— Aqui na sua casa, miga. Dá uma força aí, vai! 

— Sua louca, a namorada dele está lá embaixo, e ainda tem minha mãe. 

— Eu sei, mas mesmo assim você transou com ele naquele dia, não foi?

— Não viaja, Luiza! 

— Fala sério, Nicole, tava escrito na sua testa. 

Não neguei, nós tínhamos uma cumplicidade. Só queria fazê-la perceber que era mancada ficar invadindo o meu espaço. Contudo, o homem era apenas um ficante de vez ou outra, não era um namorado. Preferi relevar e continuar com a amizade dela, mas pretendia tirar proveito desse lance também.

A danada veio preparada, vestia uma minissaia, geralmente usava calça jeans ou shortinho.


Fomos para o meu quarto. 

— Fica aí, vou trazer o cara, mas o negócio precisa ser rapidinho. Não vão dar mole e chamar a atenção das duas lá embaixo.

— Você tem preservativo, miga? — perguntou ela, toda acanhada.

— Eu consigo um. Adianta aí tirando a calcinha — falei brincando. 


Fui até o quarto da mamãe e roubei duas camisinhas do estoque dela. Desci em seguida, otimista com nossas possibilidades: minha mãe e a Adriana estão ocupadas fazendo o almoço, imaginei termos quase meia hora antes de sermos interrompidos.


Voltei para a sala e peguei na mão do doutor e fiz sinal para não fazer barulho. Deixei a música rolando sem exagero e subi com ele. 


Já no piso superior falei:

— A Luiza quer transar com você. Tá lá no meu quarto. 

— Vocês são duas loucas — disse ele, mas seguiu firme em frente. 

Da porta, olhei para a amiga sentada de perninhas cruzadas em minha cama. Sua carinha de medo encheu-me de tesão. Se ela desistisse eu assumiria de imediato.

— Vai lá, eu fico vigiando — falei e dei um preservativo para ele. 

— Eu devo estar louco também — disse  e sorriu. Pegou a borrachinha e entrou caminhando na direção da amiga. 

Encostei a porta, contudo, deixei um vão para observar os dois. A doidinha levantou e foi direto para os braços dele, se beijaram longamente enquanto ele passeava com as mãos na bunda da garota e levantou sua saia. A maluca tinha mesmo tirado a calcinha. Ele apertou as bochechas da bundinha nua e esfregou sua parte íntima na dela, ainda sob suas roupas.

O homem não perdeu mais tempo, baixou a bermuda e cueca até os pés,  punhetou seu pau terminando de deixá-lo durão e cobriu com a proteção. Tudo sob o olhar arregalado da novinha. Curvou a garota apoiada com as mãos na minha cama, a encoxou e brincou com seus peitinhos ao enfiar as mãos por dentro da sua blusa e sussurrar algo em seu ouvido. 

No instante seguinte, quando ele pegou seu pau e roçou na boceta da minha amiga procurando a entrada, enfiei a mão por dentro do meu shortinho e comecei a me tocar.

Ela gemeu baixinho e longamente. Ele a invadiu, deduzi, e imaginei seu membro também dentro de mim. Suas mãos masculinas fecharam como duas garras envolvendo aquela cintura fininha. Os dedos de uma mão quase tocavam nos da outra enquanto ele mantinha preso o corpinho magrinho. A amiga parecia uma boneca comparada ao homem que a golpeava num ritmo ainda suave. A garota gemia tentando não chamar a atenção, era quase um choro. 


Minutos após, a doidinha começou a dar gritinhos seguidos como se tivesse chegado ao clímax. Ele tapou sua boca com uma mão, prendeu a garota com o outro braço enlaçando seu ventre, e passou a dar estocadas vigorosas. A batida dos corpos tinha o som de palmas. 

Não aguentei, gozei gostoso na minha mão e não vi mais nada ao fechar os olhos curtindo um orgasmo intensificado ao ouvir o arfar do homem. Conhecia bem aquele som característico de quando ele estava gozando.

Caralho! Falei comigo mesma sentindo-me molhada,  abri os olhos e vi uma mancha enorme na minha bermuda.


Abri a porta quando ele tirou de dentro. Fiquei com um tesão louco ao ver seu pau, ainda duro e com a ponta da camisinha cheia de porra. 

— Está vindo alguém? — o doutor perguntou apavorado. 

— Não, mas eu preciso trocar meu shorts. Olha o que vocês fizeram comigo — falei mostrando o ocorrido, parecia ter feito xixi. Rimos juntos.


Dei lenços de papel para os dois e tirei minha roupa, inclusive a calcinha, e na frente do Dr. Osvaldo. Normal, né? Além de cúmplices, éramos praticamente amantes, tantas foram nossas relações nas últimas semanas.


A vontade de transar com ele era absurda, mas até eu, uma ninfomaníaca das situações perigosas, sabia que seria um exagero de imprudência ceder aos instintos sexuais naquele momento.

— Se der, mais tarde será a minha vez, tá bom? — falei pegando no seu pau e olhei para ambos balançando a cabeça em concordância.

O negócio ainda meio ereto voltou a endurecer na minha mão, continuava nua da cintura para baixo.

— Vamos lá, só uma rapidinha — disse o tarado irresponsável. 

Era tudo que precisava ouvir.

— Fica ali na porta, miga — falei para a garota. 

— Isso vai dar ruim — disse acabando de vestir a calcinha.

Dei a borrachinha já fora da embalagem para o homem, a Luiza foi em direção à porta, enquanto eu curvava o corpo apoiando as mãos na minha cama.


Os míseros segundos gastos por ele para pôr a capinha e chegar por detrás de mim roçando a glande em minha boceta, pareceram uma eternidade.

Ahh! Soltei longamente o ar ao senti-lo invadir gostoso. Comecei a mexer os quadris no mesmo ritmo dele. A sensação de perigo era um gás alimentando meu fogo e causando delírios de prazer. No entanto, ouvi a porra do berro da minha mãe vindo lá debaixo:

— Nicole, vem aqui!!!

Gritei de volta sentindo uma raiva do caralho, ao invés de medo:

— Tô indo, mãe!!!

A garota deixou a porta aberta e assistia a nossa transa ainda em pleno acontecimento.

O homem não desgrudou de mim e não parou um segundo com as estocadas.

— Para seus loucos! Parece que a dona Helena está vindo — disse a amiga. Não sei se preocupada ou com ciúmes.

Infelizmente foi preciso interromper a pegada gostosa, meu parceiro tirou de dentro deixando-me na maior fissura. Pretendia terminar aquele lance na primeira oportunidade.

Vesti outro shorts rapidão, sem a calcinha. Em simultâneo falei para a Luiza pegar um estojo porta CDs no armário enquanto o doutor recompunha sua roupa. Fizemos tudo em poucos segundos.

— Viemos aqui escolher uns CDs antigos que papai deixou para mim, ok? — combinei de improviso com eles. 


Desci rápido com minha amiga ao ouvir o segundo grito da mamãe. O advogado foi ao banheiro, precisava desovar as provas do crime.


Fim


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