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sábado, 29 de outubro de 2022

Meu Lobisomem Favorito

Faz exatamente um ano do acontecimento grotesco o qual fui vítima no galpão de reciclados. Só estou viva graças ao Josias meu salvador. Nesta noite de Halloween senti o desejo de homenageá-lo vestindo sua camiseta, somente ela, a mesma a mim ofertada por ele para cobrir meu corpo nu naquela noite de terror. No tecido permanece nítida a marca impressa de sangue deixada por sua pata enorme de lobisomem. Um pouquinho dele dormiria comigo essa noite. 


O Josias, para quem não leu o conto: (Sem Provas, Sem Crime), era meu colega e protetor no colégio. Por sorte, ou infortúnio, ele se transformou em lobisomem e isso possibilitou salvar sua vida e a minha quando éramos estuprados por uma gangue de bandidos juvenis nesta mesma data há um ano.


Hoje contarei uma história com um enredo diferente:

Passava da meia-noite e o calor dificultava meu sono fazendo eu viajar nas ideias. Os pensamentos ganharam um rumo de fantasia e mistério ao imaginar-me fazendo amor com o Josias ainda humano, mas durante a relação o garoto se transformou em lobisomem.

Descoberta e com a camiseta na altura dos seios, toquei seguidamente a periquita com o pensamento distante e olhos sonolentos estando apenas entreabertos enquanto curtia um pequeno prazer.

Não tinha consciência se dormia ou não ao experimentar a sensação de ter olhos me observando, mas como sonhava repetidamente com um lobo me espiando através da janela, talvez por isso subestimei a importância do fato e demorei a acreditar ser real o bicho peludo no interior do meu quarto. O animal postou-se em pé apenas sobre duas patas e permaneceu rente à janela.


Ele é maior que um lobo, pensei confusa antes de bater o pavor. Não é um sonho, pensei aflita arregalando os olhos e assistindo seu caminhar hesitante em minha direção. O ser enorme de músculos impressionantes, contemplou-me com seu olhar terno, praticamente humano.

Puta merda! Isso está mesmo acontecendo, é o Josias. Pensei com um misto de alívio e receio. Reconheceria aquele olhar mesmo após mil anos. 

— Josias? — perguntei com um sussurro. 

Ele balançou a cabeça em um sim.

Só então percebi que ainda estava com a periquita descoberta e o dedo entre os grandes lábios. Desci a camiseta cobrindo o sexo.

— Você veio buscar sua camiseta? — só após terminar a frase, percebi qual idiota foi a pergunta. 

Ele balançou a cabeça em um não e deu mais um passo à frente. Impossível não sentir atração pelo membro em estado intermediário de ereção, tão destacado entre suas pernas.

Seu olhar pidão e a evolução rápida no processo de endurecimento daquela genitália, foram o suficiente para presumir sobre a verdadeira razão de sua presença.


Até onde estaria disposta a ir nesse sonho, ou melhor, nessa louca realidade? Perguntei-me. Algo estranho percorreu meu corpo, um arrepio de pavor e desejo, seus olhos fixos nos meus, era como uma hipnose convidando para um ato de prazer atípico, completamente anormal. 

Tomei uma decisão inconsciente, tirei devagar a camiseta e sentei na beirada da cama, defronte a ele. Deixei-o apreciar minha nudez e decidir o que fazer. Eu o seguiria conforme ele conduzisse a situação. Seu desejo teria meu assentimento. 

Aquele ser musculoso, peludo e animalesco, aproximou-se até ficar ao alcance das mãos. Levantei a cabeça para mirá-lo nos olhos. Era o mesmo olhar infantil do Josias implorando por carinho. Lentamente fui com a mão ao encontro do seu pênis, similar ao de um cachorro, porém, maior que o do nosso pastor alemão. Acariciei com as duas mãos e fiquei impressionada com a rigidez. A aparência era de uma linguiça generosa.

Não estava no meu normal, pois não resisti ao desejo de abocanhar seu membro. Pareceu-me tão convidativo. Contudo, tive dificuldade por conta da dimensão, mas o quase sufocamento, devido ao volume surreal, acabou compensado pela satisfação de ouvi-lo grunhir de prazer. 


Brinquei um tempinho engolindo e chupando, mas não queria que gozasse ainda, o evoluir da libido fez-me desejar algo mais ousado.

Fiquei de quatro na beirada da cama, olhei para trás o incentivando a se aconchegar em mim. Ele encostou cuidadoso, direcionei seu pau todo babado de saliva em minha fenda ensopadinha. Ficou por conta dele o controle, foi carinhoso ao dar um impulso moderado e empurrar deliciosamente adentro. Auuuh! Quem uivou tipo uma loba fui eu ao sentir aquilo se apossando de mim. O próximo desafio seria mexer gostoso os quadris tentando acompanhar o ritmo frenético das suas estocadas.


— Ah! Josias, você está me matando — murmurei na iminência de um gozo precoce. 

Nunca havia chegado ao clímax tão rápido. Continuei saboreando e imaginando ser uma cadelinha no cio sendo possuída por um cão enorme. Ele continuou socando do seu modo doido até gozar… E continuou gozando. Uau! Foi puro deleite ouvir a fera uivar de satisfação. Contudo, provavelmente acordou a mamãe e a vizinhança inteira. A porta do quarto estava destrancada, não saberia dizer qual seria a reação da dona Helena se entrasse e visse aquele bicho enorme de pelos escuros, montado sobre sua filha e a fodendo tresloucadamente. Acredito que morreria de ataque do coração.


Ele foi reduzindo as estocadas até parar e ficou quietinho respirando ofegante.

Eu já havia gozado tudo de direito e um pouco mais. A sensação era de estar completamente inundada, e com um incômodo na vagina devido à dilatação excessiva. Dava a impressão de ter um volume ocupando o meu corpo inteiro. A razão principal era o seu nó peniano, similar aos dos cães; estava inflado bem na entrada da boceta, mas felizmente a remoção transcorreu suave e sem dramas. Apenas não consegui conter o jorro de uma quantidade enorme de líquido vindo de uma só vez. Precisaria fazer uma faxina caprichada e silenciosa antes do amanhecer. E esconder as roupas de cama dos olhos da mamãe.


Aquele ser que um dia foi o Josias, olhou-me como se estivesse agradecendo nosso momento tão íntimo e também dando adeus. Caminhou em direção à janela aberta. 

— Voltaremos a nos ver, Jô? 

Sua expressão e gestos foram de uma fera confusa sem saber como me responder. Desapareceu rápido pulando pela janela do sobrado.


Minutos mais tarde no banho, ao entrar debaixo da ducha morna, senti arder os dois lados da cintura; só então percebi ter sido arranhada pelas garras do Josias. Tinha consciência de tê-lo feito sem intenção. 


Pesquisei na manhã seguinte sobre lobos e acasalamento:

"O lobo faz sexo para garantir a perpetuação da espécie que apresenta apenas uma época de acasalamento ocorrendo uma vez a cada ano.


Então, provavelmente ele voltará no próximo ano, pensei com um misto de desejo e apreensão.


Por ora, é isso, beijos!

Última revisão em 07/02/2024

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