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sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Uma “Rapidinha” Como Gorjeta

No sábado em que acordei de ressaca na casa e na cama do Dr. Osvaldo, ao chegar em casa dei mil desculpas furadas para minha mãe por dormir fora de casa. Nenhuma delas colou, levei um baita esporro e tive o meu celular confiscado. Ela ainda me pôs de castigo até segunda ordem. Continuava viva porque ela não descobriu que eu havia dormido com um homem.

Esperei até de noite quando a comandante entrou no banho, então liguei do fixo para o advogado.

— E aí, doutor, já pensou como consigo a autorização da minha mãe para passar o feriado prolongado na Bahia. 

— Já, bolei um plano e até tomei providências. Inventa um casamento no interior, Ribeirão Preto, por exemplo, seria da irmã de uma amiga sua.

— Você não conhece a dona Helena, ela vai pedir o telefone da mãe da minha amiga para falar com ela. 

— Eu pensei nisso, combinei com uma colega, ela vai se passar pela mãe das moças. 

— Aí vai rolar, bem bolado, ganhou uma estrelinha.


No dia seguinte minha mãe estava na cozinha com a Adriana, namorada do Dr. Osvaldo, os dois passariam o domingo na minha casa.

Retomei a conversa sobre o casamento no interior, porém, a dona Helena continuava fazendo jogo duro, achei que não ia rolar. Mas acendeu uma luz no fim do túnel quando ela concordou em ligar para a mãe fake da minha amiga hipotética. Era um bom sinal. 


Provavelmente a tal colega do doutor era uma atriz, em razão da conversa telefônica ter caminhado super bem. Ao encerrar a ligação mamãe estava tranquila e disse que eu poderia ir.

Nem acreditei no sucesso do plano. Só precisei ouvir milhares de recomendações, mas enfim, poderia viajar na manhã de sexta-feira para a Bahia.


Deixei as duas mulheres na cozinha e subi para o meu quarto na intenção de separar umas roupas, mas parei nos aposentos da minha mãe para agradecer o doutor. Ele estava instalando uma versão do Windows no PC da dona Helena. Comentei sobre o êxito do seu plano, viajaria graças a ele. 

Por segurança e em caso de um imprevisto, o doutor queria saber onde eu ficaria hospedada e na companhia de quais pessoas. Omiti os detalhes, óbvio, por razão da companhia ser o meu pai (ele foi sentenciado com uma medida proibitiva de se aproximar de mim ou da mamãe). Também não dei pistas da cidade, seria mais seguro assim.

Mas como era de se esperar, ele pediu uma compensação, talvez motivado por minha recusa em compartilhar meus segredos com ele. Provavelmente deduziu ser algo escuso. 

— Seu trabalho já foi bem pago na última sexta-feira — falei com seriedade. 

— Poxa, anjo! Pense nisso como se fosse uma gorjeta, afinal, eu consegui atender seu pedido, e não foi nada fácil. 

Olhei para os seus olhos de pidão e pensei: por que não, o que poderia dar errado?

Tinha tudo para dar errado, respondi a mim mesma em pensamento, então meu tesão foi à flor da pele. O fato de estarmos nos aposentos da minha mãe, foi mais combustível para alimentar o meu fogo. O tesão supera a razão. 

— Tá bom, mas vai ser só uma chupada.

— Vamos para o banheiro, anjinho! 

— Não, aqui no closet é melhor, eu posso ouvir quando alguém estiver próximo.

Aquele closet trouxe recordações maravilhosas em minha mente, de quando papai ainda morava conosco. Nos divertimos muito em seu espaço discreto.


O advogado safado sentou no banquinho e eu ajoelhei no carpete entre suas pernas. Tirei seu negócio para fora e já começou a crescer só com o contato da minha mão. Quando abocanhei e chupei ele engrossou e encheu toda minha boca e garganta.

Minha libido estava explodindo, desejava senti-lo dentro da minha região mais quente naquele exato momento. 

— Queria tanto transar com você agora, mas é loucura, né? — perguntei já sabendo a resposta, pois apesar de quarentão e advogado, ele era tão louco e irresponsável quanto eu. 

— Também não aguento mais de tesão por você, minha princesa. Bora dar uma rapidinha!? 

— Tem uma camisinha aí no bolso? — perguntei. 

— Safadinha! Também pensei nisso, mas não tenho. Prometo que dessa vez não gozo dentro, vamos nessa minha linda!?

Alisando seu pau com as duas mãos, falei olhando para ele com cara de desconfiança:

— Hum! Sem proteção não rola, mas tenho um plano B. 

Peguei a caixinha secreta da mamãe, contendo gel íntimo e preservativos. Acho que a dona Helena não dará falta de mais uma camisinha, pensei sorrindo por dentro ao surrupiar o bagulho. 


Tirei minha calcinha e ele cobriu seu pênis com a capinha. Trepei no seu colo, de pernas abertas e de frente para ele. Seu membro foi ao fundo das minhas entranhas arrancando meu suspiro e gemidinho. Unidos pelo abraço e bocas coladas num beijo sem fim, balançamos o banquinho sem pensarmos no perigo. 


Ele levou a sério o lance da rapidinha, o apressado chegou muito cedo ao orgasmo. Quando percebi a diminuição do ritmo, murmurei quase chorando:

— Não para, pelo amor de Deus, não para! 

Meu prazer chegava em ondas crescentes, seria um gozo animal, mas na hora H do ápice, minha mãe gritou lá de baixo dizendo que minha amiga Luiza havia chegado. Não respondi, minha voz poderia soar estranha, em razão de ter alcançado o ponto mais alto do meu orgasmo. Meu desejo era o de gemer feito louca. Felizmente ele também não resistiu à ideia de continuarmos até completarmos o momento tão íntimo e delicioso, apesar de corrermos todos os riscos.

Minha amiga já deveria estar próxima do meu quarto naquele instante, ficava antes e ao lado do qual estávamos praticando aquele crime com a porta aberta.

— Nicole? — ecoou a voz da amiga, provavelmente em meu quarto. 

Saí devagar de cima dele separando nossos sexos. Ele foi se recompor no banheiro da suíte enquanto eu vestia minha calcinha rapidinho para ir ao encontro da Luiza.

Ao sair do dormitório da mamãe eu quase trombei com a garota, ela estava prestes a entrar no ambiente do pecado, mas fiz ela dar meia volta e fomos para o meu quarto.

Ela ficou insistindo que eu estava com "a cara do gato que comeu o passarinho". Não foram exatamente suas palavras.

Continuou repetindo:

Você tá tão feliz, Nicole, tava aprontando alguma, né?

Morri de vontade de contar tudo, mas era melhor manter o segredo.

Não demorou muito e ela provavelmente supôs ter rolado algo ao tomar conhecimento da presença do Dr. Osvaldo no aposento ao lado, o qual eu saí com cara de satisfação. 


Sou assim, não ando em busca da felicidade ou de atingir sonhos, muitas vezes impossíveis por conta da realidade do dia a dia. Quando dedicamos um tempo precioso em busca de coisas distantes do nosso alcance, ignoramos haver escolhas mais simples capazes de rechear nossos dias com inúmeros momentos felizes.


Por ora, é isso, beijos!



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