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sábado, 7 de janeiro de 2023

Ano Novo, Assédio em Dobro

 Sábado, 8 de janeiro de 2022.

Acordei e permaneci na cama, sorri feito boba ao reviver em pensamento o ménage daquela última noite com os irmãos Bia e Renan.

Assim que fui para a cozinha, recebi os parabéns dos meus avós pelo meu aniversário. Na sequência, ouvi mais censuras por eu chegar bêbada e de madrugada. Argumentei que estava apenas comemorando meus 18 anos.

— Mas a senhorita só tinha 17 quando saiu ontem à noite — disse meu avô.

Resignei-me, pedi desculpas e fingi ser uma menina boazinha, não seria bom me indispor com o casal, já que pretendia fazer um pedido especial.


Logo após meu avô sair para ler seu jornal nos fundos da casa, cheguei lá toda carinhosa e sentei no seu colo.

— Vô! Queria conversar sério com você.

— De quanto é a facada?

— Hahaha! Não é dinheiro.

— Ufa! Então fale.

— Você deixa eu ficar morando aqui com vocês? 

— Deixar eu deixo, mas o que os seus pais disseram sobre isso? 

— Ah! Eu ainda não falei com eles, mas isso é só um detalhe. 

— O detalhe mais importante, não é, mocinha?

— Mas você deixa, né? 

— Conversa com seus pais primeiro, Milena, depois que eles conversarem comigo, nós resolveremos isso.

Eita! Quando ele me chama de Milena e não, Leninha, o negócio é sério. 

O bagulho era pior do que imaginei, recebi uma péssima notícia: meu pai viria me buscar naquele dia.  Meu avô ligou para ele e contou que andei aprontando. Minha avó deve ter visto algo, ela estava fria comigo e me olhando diferente.

Fiquei arrasada e decepcionada com os dois. Fui condenada, mas eu não era inocente e sabia que eles apenas cumpriram seus papéis de responsáveis. No entanto, poderiam dar um desconto, né? Puta merda! Justo quando estava me divertindo tanto a minha alegria teria um fim. Dei mole demais, reconheci.


Passados uns trinta minutos, saí do banho com a toalha enrolada no corpo. Voltei ao quarto e sentei nua na cama enquanto enxugava os pés e chinelos. De repente pensei numa cena erótica legal para apimentar um conto que estava escrevendo.

Teclei entusiasmada no celular e adorei o texto. Levantei a cabeça suspirando e sorrindo ao recordar a cena que vivi na realidade com o Daniel, foi intenso, um momento de delícias que me deu inspiração para o conto.

Só percebi uma presença por trás de mim quando me tocou. Puta merda! Era meu pai praticamente babando em meu ombro. Torci para que meus mamilos inchados pela excitação, tivessem desviado sua atenção do conteúdo da tela do meu smartphone. Não queria compartilhar com meu pai os meus contos devassos e secretos.

— Uau! Filha, você está se tornando uma mulher maravilhosa — disse ele deslizando a mão em meu ombro.


Já sou uma mulher, papai. Pensei com ironia e também com raiva enquanto levantava cobrindo meu corpo com a toalha, em razão da mão boba ter pousado sobre meu seio. Meu pai é descarado, assim como meu padrasto, os dois têm o mesmo péssimo hábito de invadir minha privacidade para flagrar-me nua.

Meu pai (seu Paulo) talvez continuasse supondo que eu ainda fosse aquela menina inocente que tomava banho com ele e até deixava o homem me ensaboar. Isso acontecia quando  ele ainda era casado com minha mãe. Tampouco sou a garota exibida que um tempo depois, fingia estar morrendo de calor, só para ficar de shortinho e tronco nu mostrando os seios recentes.

Bem… Eu cresci, mas ainda gosto de exibir meu corpo, mas não significa que estou sendo oferecida, é apenas vaidade.


Meu pai me deu um presente de aniversário, um par de fones bluetooth que havia lhe pedido.

Nós iríamos embora só depois do almoço.


Na tarde daquele sábado:

Seu Paulo encheu meu saco o caminho todo. Meus avós contaram para ele sobre meu porre. Também contaram da suspeita do meu envolvimento com o Daniel. Óbvio que neguei e até jurei para todos eles que não houve nada. Todavia, minha avó havia bisbilhotado em minhas coisas e falou sobre o conteúdo da minha necessaire: camisinhas e lubrificante. Continuei negando durante o trajeto de que comprei as coisas só por precaução e usei, sim, mas foi com um menino da minha idade, não foi com o Daniel.


Depois de um longo silêncio:

— O gato comeu sua língua, Leninha, ficou brava?

— Fiquei, interromperam minhas férias só porque bebi um pouquinho no meu aniversário.

— Seus avós ficaram sem dormir e preocupados, filha. Você ainda é muito novinha.

— Eu entendi, tudo bem! — falei virando o rosto. Estava puta de raiva.


Aquela menina sonsa que saiu de férias dias atrás, ficou lá no litoral. Assim como minhas precauções com normas de comportamento que reprimiam minhas ações; deixei tudo enterrado na areia. Serei mais ousada e feliz, doravante. Eles que me aguardem.

Enquanto viajava em meus pensamentos, tive a oportunidade de pôr em prática as novas atitudes: um cara estava me azarando no carro ao lado, esperando o semáforo abrir. Dei uma piscadinha e um sorriso maroto para ele. Como retorno, recebi um beijo instantes antes do meu pai arrancar novamente com o carro.


Chegando em minha casa, nos despedimos e meu pai foi embora. Ele se separou da minha mãe quando eu tinha nove anos. Mamãe descobriu que ele transava com outra mulher, bem mais nova. Havia engravidado a moça e a história veio à tona. Após o divórcio ele foi morar com a jovem amante. Estão atualmente com três filhos e um deles ainda é bebê. Vivem com simplicidade e dificuldades.

Depois de quase um ano de separação, a minha mãe começou a trazer seu atual namorado para nossa casa, e com muita frequência. Geralmente ele ficava para dormir no quarto com a mamãe. Eu não conseguia ver o que faziam, em razão dela sempre trancar com chave. Mas com o ouvido colado na porta, eu ouvia os sons da pouca-vergonha ocorrida no interior do recinto: eram gemidos, palavrões e um som parecido com palmadas na bunda.

Uns dois meses depois ele mudou-se em definitivo para nossa residência tornando-se meu padrasto. 


Eram 17h quando dei tchau para o meu pai e adentrei a sala de casa. Havia uma festa surpresa de aniversário em minha homenagem. Fiquei duplamente surpresa, não acreditei que a dona Alba havia feito uma festa para mim.

Depois fiquei sabendo que a ideia foi do meu padrasto. De convidados estavam presentes: meu tio Iranildo (irmão da mamãe), sua mulher e as três filhas do casal.


A festinha só durou uma hora e pouquinho, em razão do meu tio ser feirante, ele possui uma barraca de frutas. Minha mãe trabalha com ele há vários meses, era para ser temporário, a princípio. Ambos dormem cedo, em razão de saírem com o caminhão à uma hora da madrugada.


A noite avançou, minha mãe dormia, e meu padrasto continuou me empurrando bebida. Sua conversinha de ser meu segundo pai era hipocrisia, ele deixava o fingimento de lado na ausência da "patroa".

O safado aproveitou a festinha particular para assediar-me descaradamente. Sua atitude não era novidade, mas dessa vez, pareceu-me que ele resolveu apostar todas suas fichas.

Não conseguia deduzir se foi o excesso de bebida, ou o fato de eu ter feito 18 anos, para deixá-lo nessa fissura por mim. Já fui vítima da fração pervertida do seu Eleno (meu padrasto), mas nunca me assediou com tanta depravação como dessa vez. Será que fiz algo involuntário, ou despudorado a ponto de despertar os desejos e a imaginação do homem? Minhas roupas ousadas e com pouco tecido não seria o motivo, porque desde sempre eu me vesti com pouca roupa. Cheguei à conclusão que a culpa não era minha, foi o cara que assumiu em definitivo o seu lado pervertido.


Entre um gole e outro, ouvindo música num volume baixo, houve momentos em que minha mente viajou e o tesão foi forte ao relembrar minhas ações noturnas das últimas noites: companhias agradáveis e romances extasiantes. Aqueles três danados do litoral me fizeram feliz. 


Enquanto isso meu padrasto insistia no argumento do quanto desejava ter uma relação mais íntima comigo.

— Nem pensar, você é praticamente meu pai, caramba! — o adverti novamente. 

Eu só estava ali para aproveitar a ausência da minha mãe e poder curtir a batida gostosa de abacaxi. Continuei administrando o seu jogo de sedução, já estava acostumada.


No entanto, eu costumo passar da conta facilmente e fico alegrinha demais, a ponto de dar um selinho nele, quando seu rosto ficou juntinho ao meu em uma de suas investidas. Ele aproveitou e tentou me beijar pra valer, recusei com as mãos em seu peito o afastando.

— Para, seu Eleno!

Ele segurou em minhas mãos.

— Pode me chamar só de Eleno, minha linda — disse fitando meus olhos como se tentasse hipnotizar-me.

O tarado conduziu sutilmente uma de minhas mãos sobre o volume do seu pau sob a bermuda. 

— Olha como você me deixou, meu anjo.

— Quê isso? — Para seu Eleno, você está me assustando!

Levantei com a intenção de ir para o meu quarto antes que o tarado nos metesse numa roubada.

Fui à cozinha rapinho deixar meu copo, e quando voltei passando pela sala, o bêbado sem noção estava alisando o pinto com a calça arriada. 

— Tem medo do tamanho, meu bem? Eu prometo que serei carinhoso — disse ele com a voz empastada e tropeçando nas palavras.

Eu também bebi demais, pois falei uma besteira ao tentar desdenhar do homem:

— Esperava algo melhor, essa coisinha não deve fazer nem cócegas na minha bunda.

— Então vem provar, deixa eu dar um trato no seu cuzinho! — incitou-me o homem. 

— Tava só zoando, seu louco. Tchau, vou dormir! — falei e saí correndo para o meu quarto. Aquela conversa passou do limite.

Deixei o bebum pervertido sozinho, punhetando seu pau e provavelmente imaginando comer minha bunda.


Fim

Agradeço a atenção de todos vocês!

Última revisão em 07/01/2023.

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